Se a queda do dólar tem efeito negativo sobre a receita das empresas exportadoras e reduz a competitividade de parte da indústria local diante dos concorrentes estrangeiros no mercado interno, o outro lado da moeda é o impacto positivo que a valorização do real tem sobre a dívida bruta de muitas companhias.
Entre o fim de junho e o de setembro, o dólar recuou 6,2% ante o real, em comparação com uma leve alta de 1,3% verificada no segundo trimestre. A moeda estrangeira ficou no menor patamar em dois anos, motivando medidas do governo para conter o avanço do real.
A redução do valor da dívida aparece diretamente no resultado financeiro e no lucro líquido das empresas, que é usado como base para o pagamento de dividendos aos acionistas. Esse efeito benéfico da alta do real na dívida pode ser significativo em empresas de papel e celulose, petróleo, siderúrgicas, frigoríficos e aviação, por exemplo.
Nesses setores, Petrobras, Vale, Fibria, Suzano, Klabin, Braskem, Usiminas, Gerdau, CSN, JBS, B