O SPED já vem com a pipoca...

Conhece aquele ditado que diz ‘Enquanto você compra o milho, eu já estou com a pipoca’? Pois é o que o Sped está fazendo. Mal os empresários se prepararam para a implantação do Sistema Público de Escrituração Digital e a Receita já está com novidades para atualizar o sistema.



Desde 2006, o Sped tem aos poucos ganhado seu espaço. Na metade daquele ano, pela primeira vez foi utilizado um programa-piloto para tornar eletrônica toda escrituração contábil e fiscal e a nota fiscal. Em 2008, mais empresas participaram do teste e, no início de 2009, a escrituração contábil passou a ser obrigatória para mais de 10 mil empresas.


Nota-se que já foram mais de 3 anos tratando do assunto e, ainda assim, mais de 80% das empresas ainda não estão prontas para recebê-lo.


Com as atualizações do sistema, então, o número de despreparadas aumenta ainda mais. Uma reportagem do
Financial Web aponta que apenas 17% das companhias estão aptas para a implantação da próxima fase, que contemplará a segunda geração da Nota Fiscal Eletrônica e o envio de informações de folha de pagamento, financeiras e solicitadas por agências reguladoras.


A pesquisa constatou que o maior problema que os empresários encontram para justificar sua insegurança quanto à chegada da segunda fase reside na gestão de riscos e na incompreensão e conversão de aspectos contábeis e tributários. Em outras palavras, muitos não entendem completamente do assunto e, com o Sped, isso não é possível: é necessário ser grande conhecedor da contabilidade e de seus impactos, tanto para o planejamento financeiro/tributário da empresa quanto em relação à fiscalização.


Nessa segunda fase, que está prevista para começar em 2011, a Receita vai:


  • Criar um módulo para PIS/Cofins, que hoje não existe dentro do Sped Fiscal, para
    converter as tabelas no sistema e enxugar o layout.
  • Desenvolver um módulo que trate da relação produto e insumo, ferramenta que vai checar
    e cruzar dados de quanto aquilo que foi comprado por uma companhia gerou
    receita durante uma venda.
  • Incrementar o Sped Contábil, para tornar mais transparente o Lucro Real das empresas.
    Para isso, será retomado neste ano o desenvolvimento do módulo e-Lalur.

A Receita afirma que o tempo que ela gasta auditando uma empresa reduzirá de um ano e meio para quatro
meses. Dados do Banco Mundial apontam que o Brasil é o país campeão em tempo gasto para cumprimento de obrigações fiscais, com 2.600 horas reservadas para a atividade por ano nas empresas. Quer ajuda?


Fonte: Informe Skill Ano XXXL no. 046 de 16/03/2010 (www.gruposkill.com.br)

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