“Até meados deste ano, pelo menos 1,4 milhão de certificados estarão nas mãos de empresários, contabilistas e executivos. É um público interessado em facilidade e eficiência. Além das obrigações tributárias, as operações financeiras fazem parte do dia-a-dia desses profissionais. À medida que o certificado é compulsório, pela Receita, o retorno melhora se for usado para financiamentos, contratos e outras atividades que envolvem circulação de papel”, argumenta Igor Rocha, presidente de negócios de Identidade Digital da Serasa Experian.
Para Sandra Turchi, superintendente de marketing da ACSP (Associação Comercial de São Paulo), o questionamento das empresas é legítimo. “Há um questionamento inicial legítimo: é obrigatório, é um custo novo e quem ganha imediatamente é o Governo. Mas a obrigatoriedade é um caminho que dá escala e acelera a migração (da autenticação manual à eletrônica). Há um ‘custo cego’ com burocracia e temos agora uma boa oportunidade de criar e disseminar processos novos, apoiados na tecnologia”, pondera.
Junto às INs referentes às declarações, há ainda a evolução do Sped (Sistema Público de Escrituração Digital) que, no início do trimestre, estendeu a obrigatoriedade da NFe (Nota Fiscal Eletrônica) a mais cerca de 250 mil empresas. Igor Rocha explica que, embora sejam tecnicamente iguais, na prática o certificado que assina as NFes tem aplicação diferente do eCPF e o eCNPJ, usados de forma mais pessoal e genérica. No caso da nota, geralmente se usa o Certificado de Pessoa Jurídica, cujo titular tem procuração para uma função específica. Normalmente o certificado que assina as notas fica em uma máquina, que pode ser, inclusive, de um provedor terceirizado.
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