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Por Emanuel Neves

Minimizar custos, maximizar resultados. A catarinense Senior pode apresentar a sua trajetória ascendente como um exemplo nítido de eficácia. Orientada pela produtividade, a empresa de Blumenau tem conseguido emplacar altas taxas de crescimento por anos a fio. Em 2013, obteve um faturamento de R$ 135,7 milhões, com alta de 18% frente ao exercício anterior. A rentabilidade evidencia ainda mais o bom desempenho: foram R$ 15,4 milhões de lucro, uma margem de 12% sobre a receita líquida – de R$ 127 milhões –, o que a coloca na posição de mais rentável do sul no setor de Informática e Automação. 

Além da otimização de processos, a Senior foi alavancada pela legislação do Sistema Público de Escrituração Digital – as chamadas Leis de Sped. Essas normas demandaram novos soft­wares para automatizar a remessa de informações corporativas ao governo federal. “Fomos uma das primeiras empresas adaptadas a esse nicho. Isso nos trouxe acréscimos importantes”, afirma Hermínio Gastaldi, diretor de mercado da Senior Sistemas. Uma fatia considerável do faturamento da empresa, diz ele, vem desse segmento. 

Iniciada com a Nota Fiscal Eletrônica, a política ganhou um novo módulo em 2013, a partir da criação do eSocial. O projeto possibilita a entrega de várias declarações trabalhistas de uma vez, reduzindo a burocracia para a quitação de obrigações com a União. A Senior já trabalha com um software destinado ao eSocial e o adequou a boa parte de sua base de clientes em 2014. 

Olhar para novos mercados é regra dentro da Senior. Em 2012, a companhia elaborou o Go UP, uma ferramenta adaptada à realidade de pequenas e médias empresas. Com baixo custo e fácil instalação, o Go UP é uma espécie de porta de entrada para o tradicional Enterprise Resource Planning (ERP) – carro-chefe dos sistemas de gestão da Senior. A customização de soluções ganha destaque no projeto Varejar. Três vezes ao ano, o programa reúne grupos de varejistas para debater as necessidades do setor, com participação de analistas, programadores e engenheiros de software. “O objetivo é sair dali com um produto do jeito que eles querem”, diz Hermínio. 

A principal inovação, no entanto, é o pacote de soluções via cloud computing – na qual os dados podem ser acessados, pela web, de qualquer lugar, diminuindo custos de infraestrutura de TI. O segmento representa apenas 5% do faturamento da Senior, mas a aposta é em um crescimento exponencial para os próximos anos. “Acreditamos que esses produtos chegarão a 2020 respondendo por até 40% da receita”, projeta o diretor. Segundo a consultoria Frost & Sullivan, o mercado de cloud computing deverá ter uma expansão de 44% no Brasil, em 2014. Até 2016, os dados alojados em nuvem devem pular de 7% para 36%. Não por acaso, a Senior já destacou um de seus canais de distribuição para comercializar produtos 100% na nuvem. 

Possuir um cabedal de vendas robusto e capilarizado, aliás, é uma das estratégias da Senior para atingir suas metas. A companhia projeta encerrar o ano com um faturamento na ordem de R$ 190 milhões – 18% desse montante será reinvestido em pesquisa e inovação. No primeiro trimestre de 2014, a empresa acumulou R$ 85,6 milhões em receita – superando em 37% o valor registrado no mesmo período de 2013. Ao que tudo indica, a eficácia segue a pleno.

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