BRASÍLIA - Em discurso de improviso na 33ª reunião da Cepal, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu ontem a alta carga tributária do País, alegando que "quem tem carga tributária de 10% não tem Estado" e "o Estado não pode fazer absolutamente nada". Lula ironizou lembrando o que chamou de "brigas apoteóticas" entre os ex-ministros da Fazenda do Brasil e da Argentina, Pedro Malan e Domingo Cavallo, respectivamente, querendo saber quem era mais amigo dos países ricos. "O FMI mandava todo dia um agente aqui para dar palpite, funcionários do FMI, e essas pessoas achavam que faziam bem pros seus países. Eu penso que estamos construindo um mundo mais verdadeiro", desabafou Lula, avisando que "tem orgulho" da carga tributária do País hoje. "Tem gente que se orgulha de dizer, 'olha, em meu país, a carga tributária é de apenas 9%, no meu país é apenas 10%'. Quem tem carga tributária de 10% não tem Estado. O Estado não pode fazer absolutamente nada." "E estamos aí cheio de exemplos para a gente ver. É só percorrer o mundo para perceber que exatamente os Estados que têm as melhores políticas sociais são os que têm a carga tributária mais elevada, vide Estados Unidos, Alemanha, Suécia, Dinamarca", declarou Lula. "Os que têm carga tributária menor não têm condição de fazer absolutamente nada de política social, é só fazer um recorrido pela América do Sul", defendeu. Sindicatos Mais cedo, durante discurso a funcionários da Volkswagen, em São Bernardo do Campo (SP), Lula disse que seu governo atendeu a todas as demandas do movimento sindical. "Vou terminar 8 anos de mandato com a convicção de que o movimento sindical brasileiro só não conquistou o que não reivindicou", disse. Ex-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Lula atribuiu ao movimento as conquistas de sua vida política e até mesmo o fato de ter-se mantido na Presidência por dois mandatos. Ele lembrou que em 2005, quando estourou o escândalo do chamado mensalão, o sindicato fez uma campanha a favor de seu governo. O presidente ainda exaltou o papel da mulher na sociedade brasileira e disse que pedirá votos, sem citar a pré-candidata do PT, Dilma Rousseff. Ele, no entanto, expôs que não se afastará da Presidência. O presidente Lula defendeu a alta carga tributária do País, alegando que "quem tem carga tributária de 10% não tem Estado" e "o Estado não pode fazer absolutamente nada". http://tv2.panoramabrasil.com.br/noticia.asp?id_editoria=14&id_noticia=329346
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