Plataforma reduz a corrupção corporativa

Muito mais do que a tradução literal do inglês: “conformidade”, o termo Compliance tem implicado significativo conjunto de práticas de adequação de produtos e processos. Mais recentemente, o termo passou a designar também o direcionamento ético de uma corporação, materializado nos seus códigos de ética e conduta, mas não restrito a eles. Empresas começam a notar que nem tudo pode ser controlado e fiscalizado internamente, por isso, procuram alternativas para mitigar os custos da corrupção privada, tão ou mais grave do que aquela que afeta as instituições públicas, uma vez que negociações e políticas comerciais privadas geralmente são sigilosas.

O artigo “The Economic Costs of Corruption: A Survey and New Evidence, 2005”, de Axel Dreher e Thomas Herzfeld, sugere que um aumento de 1% na corrupção resulta em queda do PIB de 0,13%. O Banco Mundial estima que cerca de USD 1 Trilhão sejam pagos em suborno anualmente, cerca de 1.3% do PIB mundial. No Brasil, a percepção é de que o problema seja ainda mais grave, a exemplo do ranking da perceção de corrupção, elaborado pela ONG Transparência Internacional, aonde o Brasil ocupa o 79° lugar dentre quase 180 países.

Embora o cálculo dos custos da corrupção seja complexo, a Cheap2Ship, startup catarinense que atua na intermediação de fretes internacionais, estima que de 1 a 1,2 bilhões de reais por ano sejam desviados em algum ponto do processo de contratação de serviços logísticos no Brasil.

A institucionalização privada do combate a corrupção ainda é recente, a exemplo da certificação ISO 37001, relativa a sistemas de gestão antissuborno, de 2016 – ainda em processo de adequação no Brasil, ao sistema ABNT-NBR. A ISO 37001 requer que as organizações avaliem criticamente os riscos de suborno nos seus processos internos e que coloquem em prática um plano de ação para mitigar estes riscos medindo financeiramente os resultados e façam o aprimoramento da gestão da informação. É considerada um avanço em relação à ISO 19600 (selo de empresa “Pró-Ética”) por ir além de políticas, permitindo a implementação de um sistema antissuborno com certificação internacional.

Íntegra em https://exame.abril.com.br/negocios/dino/plataforma-que-reduz-a-corrupcao-corporativa-na-cotacao-do-frete-internacional-de-importadores-e-exportadores-e-sucesso-no-brasil/

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