sexta-feira, 8 de janeiro de 2010, 14h48O número de empresas que conseguiram cumprir os prazos determinados para adesão ao Sistema Público de Escrituração Digital (SPED) é significativo. Entretanto, boa parte delas pretende fazer retificações o conteúdo das informações transmitidas ao Fisco.Esse cenário foi apontado por uma pesquisa realizada pela IOB com 348 empresas de diversos ramos de negócios. Desse universo, 53% faturam até R$ 20 milhões por ano, 21% registram receita anual entre R$ 20 milhões e R$ 100 milhões e 14% movimentam volume de negócios superior a R$ 600 milhões.Divulgada, a pesquisa IOB SPED avaliou o estágio de adequação, a segurança e a qualidade das informações tributárias das empresas entregues através de arquivos digitais. Além disso, analisou os pontos críticos para o sucesso da implementação da escrituração digital.A inconsistência no conteúdo é atribuída à expectativa de prorrogação do prazo de adoção ao SPED. “Inicialmente, muitas empresas acreditavam que teriam mais tempo para se adequar. Entretanto, os prazos para entrega da NF-e e do SPED Contábil foram mantidos. Isso significa que muitas delas, na corrida para atender o prazo, podem ter transmitidos dados com algum tipo de inconsistência”, diz José Adriano, diretor de soluções da IOB.Segundo ele, o cumprimento do prazo não significa, necessariamente, que as empresas estão totalmente preparadas ou adaptadas ao SPED. “Ainda há muitos problemas com o conteúdo das informações”, enfatiza.Segundo a pesquisa, das empresas que atenderam a data-limite para adequação ao SPED Fiscal, 29% informaram que pretendem retificar os arquivos.Os motivos principais da retificação podem ser justificados através do desconhecimento da obrigatoriedade ou a postergação da implantação e, consequentemente, a falta de tempo para revisão de pontos importantes e cruciais para a qualidade das informações.Na pesquisa realizada, 19% apontaram a falta de tempo como principal dificuldade na implantação da Escrituração Fiscal Digital (EFD). “Um dos grandes problemas da retificação é que às vezes ela funciona como um convite para que o Fisco olhe suas informações com mais rigor, uma vez que o sistema vai identificar que houve alteração nos dados”, destaca Adriano.Já no caso do SPED Contábil, 38% das empresas consultadas declararam que tiveram que transmitir os arquivos digitais até 30 de junho de 2009. Desse grupo, 92% transmitiram o arquivo dentro do prazo, mas 15% afirmaram que terão de retificar os arquivos.Em relação à Nota Fiscal Eletrônica, chama a atenção o fato de que 53% dos entrevistados não souberam dizer se estão – ou a partir de quando estarão – obrigados a emitir o documento fiscal.“Uma possível justificativa deste número é que o Protocolo ICMS 42 de 03 de julho de 2009 listou 556 códigos de atividade econômica obrigados a gerar a NF-e a partir de 2010 e representa a maior parte das empresas. Isso contrasta com a baixa quantidade de pesquisados que declararam estar cientes da obrigatoriedade”, complementa José Adriano.A pesquisa realizada pela IOB revelou que uma pequena parcela das empresas afirmou ter total segurança nas informações transmitidas ao Fisco: 14% disseram ter total segurança em relação à acuracidade dos dados; 16% nos cadastros (produtos e CNPJ); 15% nos processos e 16% em relação aos sistemas.“Os números mostram que ainda há uma grande insegurança em relação ao conteúdo das informações transmitidas. E o receio não é à toa. No intuito de atender o prazo, muitas empresas não deram à devida atenção ao conteúdo, e eventuais erros que, mesmo involuntários, podem trazer grandes prejuízos às empresas”, finaliza Adriano.http://www.tiinside.com.br/GestaoFiscal/News.aspx?C=323
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  • Fonte:
    Veículo: B2B Magazine - São Paulo/SP
    Data: Dezembro/2009 e Janeiro/2010
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