Por Edson Valente

Uma pesquisa global da consultoria Ernst & Young (EY) apontou que uma relação estreita entre CFOs e diretores de recursos humanos está ligada a um melhor desempenho do negócio.

Companhias em que esse relacionamento se tornou mais colaborativo nos últimos três anos reportaram uma alta maior de Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) e avanços mais significativos em métricas de capital humano, incluindo engajamento e produtividade.

O estudo com 550 CFOs e diretores de RH descobriu que 41% das empresas com uma boa interação entre as duas áreas apresentaram um crescimento de Ebitda maior que 10% no ano passado, ao passo que apenas 14% das menos eficientes nesse aspecto atingiram resultados semelhantes.

Além disso, 44% das melhores essa parceria registraram um progresso significativo no engajamento dos empregados no mesmo período, ante 9% das demais. Com relação à percepção de ganho em produtividade, a diferença foi de 43% contra 10%.

O estudo da EY identificou quatro fatores que contribuíram para a aproximação entre finanças e RH. A primeira delas se explica pela escassez de talentos, que faz com que as companhias, especialmente as de mercados maduros e de rápido crescimento, tenham de entender melhor a relação entre custos e performance. Devido a isso, e também à alta de custos trabalhistas, uma abordagem mais acurada do gerenciamento dos custos do capital humano torna-se imperativa.

Outra questão é o aumento da importância do departamento de RH na hierarquia das empresas, que reconhecem a necessidade de um alinhamento mais próximo entre a estratégia corporativa e a de recursos humanos.

O cenário globalizado dos negócios tem também papel atuante nessa proximidade. Ele requer que as companhias estejam continuamente adaptando suas estratégias e lançando novos produtos e serviços para se manterem competitivas. Envolver tanto o CFO como o diretor de RH nos processos de tomada de decisão assegura que as estratégias abarquem impactos humanos e monetários.

Finalmente, muitas organizações têm alterado seus modelos de negócio, transformando continuamente funções-chave como finanças, RH e TI. A busca por eficiência tem feito com que as empresas se movam em direção a um modelo de serviços multifuncional e global, visando ao crescimento em novas regiões. Esse movimento tem implicações significativas em finanças e recursos humanos.

As empresas com melhores resultados operacionais mostraram vários pontos em comum, segundo a EY. Na média, por exemplo, elas despendem 50% mais tempo na relação entre CFO e diretor de RH. E 51% das companhias dizem que seu CFO está fortemente envolvido na identificação e no acompanhamento de métricas de RH, ante 10% das outras.



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