Adoção do eSocial exige esforço

Com previsão de entrar em vigor a partir de abril de 2016 para as organizações de grande e médio portes e, a partir de setembro do próximo ano, para as demais, o Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas (e-Social) já está se tornando uma realidade para as empresas brasileiras. Ainda assim, muitas ainda não estão se preparando e poderão receber multas e outras punições.

A terceira edição da pesquisa da PricewaterhouseCoopers (PwC) intitulada "Como as companhias estão se preparando para lidar com as obrigações da nova ferramenta do governo" mostra uma evolução junto aos entrevistados sobre os preparativos para a adoção do e-Social.

O sócio da PwC Brasil e líder de gestão de capital humano, João Lins, explica que o processo de conformidade às novas regras para o envio de informações aos diversos órgãos governamentais é complexo e exige um esforço que envolve diversas áreas internas da cada empresa. Por isso, segundo ele, a sistematização no fornecimento de informações ao e-Social obriga as organizações a racionalizar e automatizar diversos processos, especialmente os relacionados à gestão de pessoas, entretanto não restrito a eles.

"O projeto está em pauta há muito tempo e a mobilização para a adequação de rotinas e processos por parte das organizações vem ocorrendo em etapas e deve se intensificar agora que o governo publicou a regulamentação. Da primeira pesquisa para esta percebemos que houve um avanço na preparação por parte das empresas, mas ainda existe muito trabalho a ser feito", explica.

A pesquisa contou com a participação de 153 empresas de diversos segmentos, a maioria de grande porte, com capital nacional, e mostrou que aproximadamente 77% delas já têm um projeto ou ações voltadas à adaptação ao ambiente do e-Social.

Segundo o levantamento, 56% das empresas afirmam já ter uma estrutura interna dedicada ao projeto de adequação ou já ter contratado uma consultoria especializada para auxiliar no projeto - um avanço de 14 pontos percentuais em relação ao realizado no ano passado.

Lins ressalta que, entre as empresas que já possuem uma estrutura interna preparada para conduzir o projeto de adequação, a maioria é representada por organizações de grande porte, com mais de 3 mil empregados. Empresas que têm entre 500 e 2 mil empregados já definiram uma estrutura interna para o projeto, embora ainda não estejam preparadas para conduzi-lo.
Impacto complexo - Além disso, em 2014, 23% das empresas não tinham uma visão completa dos impactos ou entendiam que as mudanças eram uma questão restrita ao software de folha de pagamento. Este ano, esse percentual caiu para 10%, reforçando a percepção de que as empresas estão mais conscientes de que o impacto de adequação é complexo.

Das empresas pesquisadas, 42% estão levantando os gaps de informações e analisando a adequação, a qualidade e a segurança das informações ou avaliando a exposição a riscos trabalhistas, previdenciários e fiscais. As empresas que já concluíram o diagnóstico e estão na fase de implementação, desenvolvendo soluções sistêmicas e adequando os processos internos, correspondem apenas a 29% da amostra. Por fim, 6% já estão na fase de monitoramento, aguardando a versão final do manual para fazer os últimos ajustes necessários.

Porém, o sócio da PwC Brasil lembra que uma parcela relevante da amostra (23%) ainda não realizou qualquer atividade com relação ao e-Social. "Esse dado é preocupante, porque o prazo para adequação às novas normas é suficiente, mas não muito longo quando considerada a aplicação de um sistema que vai exigir tanta mudança. Mais uma vez, quem se preparar, vai sair na frente, inclusive na redução dos custos", observa.

 

As informações são do Diário do Comércio via http://www.anfipmg.org.br/index.php/informacoes/noticias/item/1042-ado%C3%A7%C3%A3o-do-e-social-exige-esfor%C3%A7o

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