Por Marta Watanabe

Apesar de todas as medidas recentes do governo federal para elevar a competitividade por meio da redução de custo tributário, apenas 4,1% dos executivos brasileiros acreditam que a legislação e a política tributária brasileira são direcionadas para estimular crescimento econômico. Essa é uma das conclusões de pesquisa realizada durante o primeiro trimestre pela consultoria Grant Thornton, na qual foram entrevistados representantes de cerca de três mil empresas em 44 países. Os entrevistados responderam sobre o que achavam do sistema tributário de seus respectivos países.

Nessa questão, o Brasil ficou com a pior avaliação, praticamente com o mesmo resultado da Armênia - onde 4% têm a mesma opinião sobre o sistema tributário local. O percentual brasileiro está bem abaixo da média de 30,9%, levando em conta o total de países pesquisados.

Mesmo com uma situação econômica desfavorável, na Argentina 45,1% dos pesquisados acreditam que a política tributária é voltada para o crescimento. A média na América Latina é de 23,2%. Na China e na Índia, as participações são de 59,4% e 56,4%, respectivamente. Nos países que compõem os Brics, a média é de 22%. "Isso mostra que não há uma percepção de grande efeito das medidas tributárias recentes, como a desoneração da folha de salários", diz Leandro Scalquette, sócio da área de tributos da Grant Thornton Brasil.

Outro dado que chama a atenção é que 56,8% dos executivos brasileiros declaram que a tributação no país é desfavorável à redistribuição de renda. Para Scalquette, o que pesou nessa resposta é a alta regressividade do sistema tributário, muito baseado em impostos e contribuições que incidem sobre faturamento. "Quando a carga tributária é extremamente baseada em consumo, a população de baixa renda é prejudicada porque arca, proporcionalmente, com a mesma carga de impostos de quem possui rendimento maior."

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Fonte: Valor Econômico

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