Por Alexandro Martello

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Procurado para falar sobre o assunto, o economista Carlos Alexandre Costa, da campanha do candidato Jair Bolsonaro, informou que outro economista, Marcos Cintra, seria o responsável por tratar desse assunto. Mas o G1 não obteve resposta.

Em artigo publicado em sua página na internet na semana passada, Cintra propõe utilizar os pagamentos realizados no sistema bancário, instituindo o Imposto Unificado sobre Pagamentos (IUP), que teria uma alíquota em torno de 1,14%. Esse imposto eliminaria tributos arrecadatórios como Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), Cofins, as contribuições previdenciárias patronais, Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e o Imposto Territorial Rural (ITR).

Segundo ele, um IUP com alíquota de 0,7% "nos pagamentos e recebimentos nos bancos, suficiente para gerar a mesma receita daqueles três tributos, impacta em média 3,7%".

No artigo, Cintra não vincula a proposta a um eventual governo Bolsonaro.

A possível criação de um tributo nos moldes da CPMF (incidente nos pagamentos e recebimentos nos bancos) já foi rechaçada pelo candidato do PSL, Jair Bolsonaro, em 21 de setembro. Esse tema, inclusive, gerou tensão na campanha e apreensão no mercado.

Em 9 de outubro, em entrevista ao programa Pânico, da rádio Jovem Pan, o economista Paulo Guedes, coordenador da área econômica da campanha de Bolsonaro, porém, reafirmou a possibilidade de recriar um tributo nos moldes da CPMF. Segundo ele, essa proposta seria "a favor dos mais pobres", pois eliminaria impostos indiretos, regressivos (que penalizam as pessoas com renda menor), em troca dessa tributação.

"Eliminar todos os impostos indiretos, regressivos, simplificar tudo isso e criar um imposto único federal, criar um imposto só. Eliminar 10, 20, 30 impostos indiretos, todo tipo de incidência perversa. Pobre compra remédio, comida, tudo o que ele compra, o imposto incide sobre os pobres. É uma estrutura regressiva, perversa", declarou na ocasião.

A proposta de Marcos Cintra, disse Guedes na entrevista, é de tributação "progressiva" (taxa os mais ricos) porque elimina impostos que afetam os mais pobres. "O Marcos Cintra, assim que baixarem as paixões politicas, e assim que baixar essa temperatura um pouquinho, vai dar todos os esclarecimentos. Nesse esquema dele, a alíquota era de 15% [do Imposto de Renda]. Eu fui conservador e disse para manter em 20%", afirmou Guedes na ocasião.

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Íntegra em https://g1.globo.com/politica/eleicoes/2018/noticia/2018/10/26/saiba-mais-sobre-as-propostas-de-bolsonaro-e-haddad-para-unificacao-de-tributos.ghtml

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