Carência no país deverá chegar a 117 mil profissionais até o próximo ano
Alvo de investimentos cada vez maiores, o segmento de tecnologia da informação e comunicação cresce a passos largos no Brasil e já movimenta mais de US$ 60 bilhões, segundo a Associação Brasileira de Empresas de Software (Abes). Mas, ao mesmo tempo em que o setor evolui, atraindo um grande número de empresas, ele esbarra na falta de mão de obra qualificada.
De acordo com pesquisa realizada pelo International Data Corporation (IDC), atualmente, o país apresenta uma carência de quase 40 mil profissionais de tecnologia e, até 2015, esse número deve chegar a 117 mil. Em Minas Gerais, empresas do setor desenvolvem estratégias para superar o problema.
Há 20 anos no mercado de softwares em Belo Horizonte, a Mastermaq Softwares encontrou na qualificação interna a solução para o problema da carência de profissionais qualificados. Segundo a gerente de Pessoas da empresa, Cristina Franco, como todos os processos da empresa estão diretamente ligados à TI, a dificuldade de achar mão de obra está nos diferentes setores. “Nossos serviços exigem alto grau de qualificação dos funcionários, desde o desenvolvimento do software até a venda, pois quem vai comercializar também precisa entender a demanda do cliente”, explica.
Para resolver a questão, a empresa investe na qualificação dos funcionários e na formação de estagiários e jovens aprendizes. Para isso, a empresa tem a academia corporativa, departamento que oferece treinamentos e cursos para os profissionais da Mastermaq e também para os funcionários dos clientes da empresa. “Também temos um programa de estágio e de jovem aprendiz, que identificam no mercado pessoas com pouca experiência, mas com grande capacidade de aprendizado e aderência à nossa cultura. Muitos que foram treinados lá dentro tiveram a oportunidade de fazer carreira na empresa”, afirma.
Além das estratégias internas da empresa, a gerente acredita que o governo e as próprias escolas com cursos na área de TI poderiam ajudar a resolver esse problema de falta de mão de obra. Ela afirma que, apesar do aumento da oferta de cursos técnicos e graduações na área, o profissional ainda chega ao mercado sem a expertise necessária. “É preciso investir na aproximação das escolas com o mundo corporativo para que esses alunos tenham maior noção da prática no mercado de trabalho e não saiam tão crus e imaturos”, propõe.
Fonte: Diário do Comércio
http://blog.mastermaq.com.br/setor-de-ti-enfrenta-falta-de-mao-de-obra/
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