Para professor da UnB, contribuinte não reclama do volume de impostos, mas quer que o governo gaste com qualidade Cacau Araújo, de EXAME.com 15/07/2010 | 14:24 Arrecadação no primeiro semestre de 2010 foi recorde na série histórica Brasília - A marca recorde de R$ 379,491 bilhões atingida pela arrecadação federal no primeiro semestre de 2010 é reflexo da carga tributária pesada, associada ao forte crescimento do Brasil - especialmente no primeiro trimestre -, avalia o professor de Economia da Universidade de Brasília (UnB) Vander Lucas. Segundo ele, a carga tributária no país é muito elevada e, quanto mais impostos, mais despesas o governo faz. "Deveria haver uma preocupação maior com a qualidade dos gastos. A população não reclama por pagar impostos, mas quer ver o dinheiro bem aplicado", afirma o professor. De acordo com o economista, o governo diz que não está gastando em excesso, pois o limite de despesas é atrelado ao Produto Interno Bruto (PIB). "O dinheiro não está sendo bem aplicado, tem muito gasto a fundo perdido", diz Mendes. Para ele, o governo não está investindo o necessário para sustentar o crescimento da economia brasileira. "Sem aumentar os níveis de investimento, podemos ter graves problemas inflacionários mais adiante", alerta. Previsão para o 2º semestre Vander Lucas Mendes, da UnB, avalia que o segundo semestre vai ter um crescimento econômico mais moderado. Mesmo assim, o economista acredita que a arrecadação pode continuar em expansão. "A estrutura tributária do Brasil só faz com que a pressão fiscal seja maior", pondera. O professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV) Fernando Rezende concorda que a pressão fiscal é grande no Brasil, mas acredita que a previsão de desaceleração da economia não deve mexer com as contas de 2010. "Este ano já está fechado de certa forma. No segundo semestre e a partir do ano que vem, a discussão mais madura sobre uma ampla reforma fiscal pode vir à tona." O economista prevê que a questão possa surgir em discursos eleitorais e tomar força no início de 2011. "É necessário rediscutir o problema da qualidade dos gastos e da reforma orçamentária. Está na hora desta questão ser encarada com mais vigor. É preciso sair da armadilha da reforma pontual ou parcial", defende o economista da FGV. Apesar de acreditar que a discussão tomará fôlego no início do ano que vem, Rezende diz que "o cenário de 2011 ainda não está muito claro." Fonte: Exame http://portalexame.abril.com.br/economia/noticias/populacao-quer-ver-dinheiro-impostos-aplicado-diz-economista-578825.html
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