Mais dois servidores públicos que foram apontados pela Polícia Civil durante a Operação Impostor serão ouvidos nesta quarta-feira (21). Os suspeitos estavam foragidos e, conforme a polícia, devem se apresentar à Delegacia Fazendária. Um deles se apresentou na última quarta-feira (15) e após prestar depoimento foi liberado. A operação investiga o suposto esquema de desvio de recursos da arrecadação de impostos da Prefeitura de Cuiabá. Até o momento, uma auditoria interna realizada pela prefeitura revelou o desvio de mais de 1,3 milhão em apenas 10 dias.

A Polícia Civil informou ainda que sobe para 17 o número de servidores envolvidos com o esquema criminoso, além de 40 empresas. Porém, a polícia disse que pode haver mais pessoas envolvidas que poderão ser presas até o fim da investigação. De acordo com o secretário de Fazenda do município, Guilherme Müller, as fraudes foram identificadas após as dívidas oriundas de impostos terem desaparecido do sistema da prefeitura. “Os próprios servidores organizavam esquema de desvio de tributos com o auxílio de intermediários que tinham acesso ao banco de dados da prefeitura”, afirmou o secretário.

O inquérito policial foi instaurado em 19 de junho deste ano para apurar “incoerências” no recolhimento do Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU). As investigações revelaram que a fraude se estendia também na arrecadação dos impostos ISSQN e ITBI e aos serviços de emissões de certidões, alvarás, aprovações de projetos, multas/fiscalização, habite-se e dívidas da antiga Companhia de Saneamento da capital (Sanecap).

No dia 9 de novembro, 14 pessoas foram presas na capital pela Delegacia Especializada em Crimes Fazendários e Contra a Administração durante a Operação Impostor. Eles vão responder à Justiça pelos crimes de inserção de dados falsos no sistema de informação, corrupção ativa e passiva e formação de quadrilha.

O prefeito de Cuiabá, Chico Galindo, afirmou em coletiva à imprensa que todos os servidores envolvidos no esquema de desvio serão afastados e exonerados do cargo. “Somente na primeira fase das investigações já foi estimado um prejuízo de mais de R$ 1 milhão dos cofres públicos, mas que poderá chegar a um valor muito maior”, disse.

 

http://g1.globo.com/mato-grosso/noticia/2012/11/suspeitos-de-fraudar-impostos-em-mt-devem-se-apresentar-policia-na-4.html

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