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Por Miguel do Rosário

Há um diálogo no filme Meia Noite em Paris, do Woody Allen, que para mim revela como se pode usar a arte para dar um pouco de leveza à polarização política.

O protagonista, um jovem escritor de temperamento liberal, eleitor democrata, após um início de discussão com o pai de sua namorada, um empresário republicano e conservador, tenta distensionar a atmosfera fazendo uma observação que nunca me saiu da cabeça:

“Ora, não vamos brigar só por causa de uma pequena diferença sobre o que devemos fazer com nossos impostos”.

Num regime democrático, cuja arquitetura institucional não está mais em discussão, e onde os valores básicos estão consolidados, onde está, de fato, a polarização?

Nos impostos!

Uma parte da sociedade acha que os impostos devem ser aplicados em programas sociais de combate à pobreza. Outra prefere aplicá-los em segurança pública. Tem aqueles que gostariam de dar prioridade absoluta à educação. E ainda os que tem planos grandiosos para o uso do dinheir

Saiba mais…