Por Leandro Saldanha , Giusepe Giorgi , Gisele Carneiro e Carlos Antonag

Análises feitas pela Ernst & Young mostram que um dos principais desafios das empresas com a chegada do eSocial é a mudança cultural pela qual devem passar. “A adoção do projeto pelas companhias exige envolvimento e integração de diversos setores, para que seja possível o reporte integral e tempestivo das informações exigidas”, disse Gisele Carneiro, gerente das áreas Trabalhista e Previdenciária da consultoria, em palestra ao comitê de Gestão de Pessoas da Amcham, em 28/03.

Além disso, a EY ressalta a importância de forte atuação das áreas de Comunicação ao longo da adaptação ao projeto, da clara definição dos papéis e responsabilidades de cada um, da atenção ao cumprimento dos prazos estabelecidos e do cuidado com reporte de informações sigilosas.

Mesmo com tantos desafios, o sistema digital deve facilitar o dia a dia das empresas. “O eSocial vai melhorar muito o acompanhamento dos dados de aposentadoria, afastamento e benefícios previdenciários”, falou Carlos Alberto Antonaglia, também da EY e palestrante ao comitê da Amcham. “A Receita Federal tem sido extremamente aberta em receber as críticas e sugestões das grandes empresas do país em relação às dificuldades operacionais do projeto”, completa Gisele.

Giusepe Giorgi, diretor de Recursos Humanos para a América Latina da Pirelli, conta que a companhia vai deixar de lado processos conduzidos manualmente e informações descentralizadas. “Estamos desenvolvendo um novo software de RH em plataforma SAP, para consolidar as informações numa base única, providenciando adequações no sistema de pagamento e revisando processos internos”, falou durante encontro do comitê da Amcham.

A Claro passa por um processo semelhante quanto à unificação de informações em uma única plataforma e aos esforços de integração entre as áreas. Leandro Saldanha, especialista de Projetos Sped da empresa, recomenda a preparação do ambiente de trabalho, revisando processos e políticas, resolvendo eventuais gaps e definindo uma matriz de estratégias e responsabilidades.

Outra vantagem do eSocial será a redução da informalidade no mercado de trabalho. De acordo com Antonaglia, isso deve contribuir para que a Receita Federal arrecade R$ 20 bilhões no primeiro ano de funcionamento do projeto. “Em 2013, o déficit previdenciário foi de R$ 48 bilhões. O eSocial deve contribuir com a redução de quase 50% desse valor no seu primeiro ano, daí sua importância e robustez”, diz.

http://www.amcham.com.br/gestao-empresarial/noticias/integracao-das-areas-da-empresa-e-fundamental-para-o-esocial-dizem-especialistas-7408.html

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