A adoção das Normas Internacionais de Contabilidade (IFRS) no Brasil, a missão do International Accounting Standards Board (IASB) e os desafios e oportunidades da profissão de auditor independente foram os temas abordados durante a palestra ministrada pelo membro do Board IASB, Amaro Luiz de Oliveira Gomes, durante o primeiro dia da Conferência Brasileira de Contabilidade e Auditoria Independente – Ibracon 40 anos.
O membro do Board IASB destacou a importância da adoção das IFRS globalmente, tendo em vista que esse processo é de fundamental importância na economia do País. “A crise financeira demonstrou que a globalização é definitiva, em aspectos que diz respeito à economia emergente e fluxo de capitais. Por isso, a criação de um sistema que permite unificar dados contábeis, como é o caso das IFRS, chega para consolidar esse processo de globalização.”, explicou.


Dentro desse cenário, Amaro Luiz Gomes abordou o avanço significativo da adoção das IFRS em termos globais. Para empresas listadas em bolsa, ao todo, 123 países adotaram ou já assumiram o compromisso de aplicarem as normas em empresas listadas em bolsa. Para empresas não listadas em bolsa, 98 países adotaram ou já assumiram o compromisso de aplicarem as IFRS. Já para as pequenas e médias firmas (PMEs), 73 países adotaram ou assumiram o compromisso de aplicarem as IFRS. “O Brasil se destaca pela forma em que se apropriou no processo de adoção das normas.”, ressaltou.

 

Outro assunto apresentado foi a missão do IASB perante a adoção das IFRS. A entidade buscou desenvolver um conjunto de normas de contabilidade de alta qualidade, para serem utilizadas globalmente e que sejam apresentadas de maneira transparente e comparáveis e assim, promover a aplicação consistente das IFRS. “Para que as normas sejam aplicadas de maneira consistente, a parceria do trabalho deve envolver desde o contador até a gestão interna e todos os graus de governança da empresa sendo importante que a responsabilidade do auditor é fundamental para que a adoção das IFRS seja feita corretamente.”, disse.
Para finalizar a palestra, Amaro Luiz Gomes apresentou os principais desafios e oportunidades do auditor independente, diante do processo de adoção das IFRS. Desafios: complexidade: organizações e negócios; normas baseadas em princípios (julgamento profissional); escrutínio público: responsabilidade por fraudes e concentração; atração e manutenção de talentos; educação e treinamento. Oportunidades: Foco na essência econômica; aprimorar informação multidisciplinar; maior conhecimento do negócio; cooperação com supervisores.
“Ressalto que o papel do auditor é fundamental no processo de adoção das IFRS.”, finalizou Amaro Luiz Gomes.

 

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