Mais da metade das empresas brasileiras (51%) não possuem um plano de recuperação de incidentes no seu departamento de TI (Tecnologia da Informação) e poucas são aquelas que estão realmente preparadas para enfrentar desastres naturais e retornar aos negócios com rapidez. A informação faz parte de uma pesquisa divulgada na quinta-feira (5) pela Regus.

Para se ter uma ideia, de acordo com o levantamento, o percentual de companhias que não apresentam qualquer perspectiva de continuidade dos negócios, caso sejam afetadas por desastres ou fenômenos naturais, é ainda mais alarmante, chegando a 57%.

Risco evidente

Além disso, o resultado denuncia uma outra situação: a de que muitas empresas colocam em risco os ativos de acionistas, já que não se preocupam com tal situação.

"Quase um terço das empresas no Brasil associam a recuperação de desastres a altos custos. Contudo, muitas delas até aceitariam pagar uma mensalidade para ter acesso a um local de trabalho dedicado à recuperação de desastres em caso de emergência”, diz o diretor-geral da Regus no Brasil, Guilherme Ribeiro.

Para ele, ainda que muitas companhias contem com a sorte, a mentalidade sobre o assunto já passa por mudanças no universo corporativo. “Com a chegada de produtos e serviços mais acessíveis, mais empresas deixam de torcer para que uma catástrofe não aconteça e começam a se preparar para possíveis situações de emergência", diz.

Para se ter uma ideia, segundo o levantamento, dois terços dos entrevistados no Brasil (66%) declararam que investiriam na recuperação de desastres para o local de trabalho, se o serviço tivesse um preço razoável. No mundo, esse percentual é de 55%.

Dados globais

Hoje, as companhias brasileiras estão menos propensas a perceberem o custo da recuperação de desastres como algo proibitivo (31%) ou mediano (33%).

Apesar de as companhias de grande porte no Brasil estarem mais bem preparadas do que as empresas menores para eventos de recuperação de desastres, em média, 49% delas ainda não contam com instalações dedicadas a uma eventual situação de risco, diz o estudo.

As empresas de tecnologia da informação e de telecomunicações (56%), bem como as consultorias (40%), têm mais chances de contarem com um plano de continuidade dos negócios, e isso, apesar de 65% delas não possuírem um plano de recuperação de desastres para o local de trabalho.

A pesquisa

O estudo realizado pela Regus avaliou a opinião de mais de 12 mil profissionais de 85 países.

Fonte: InfoMoney - Eliane Quinália

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