Do papel para o mundo virtual

Entre as transações fiscais, o papel perde a validade. A partir deste ano, valem as informações virtuais, enviadas para a Secretaria da Fazenda por meio de processos online. A obrigatoriedade, para a maioria dos segmentos da construção civil, começou a valer desde abril de 2010. E para atender as novas exigências da Nota Fiscal Eletrônica (NF-e), todo lojista deve adquirir uma solução de TI. E, de repente, o varejo da construção civil se depara com a tecnologia da NF-e. O Estado avança no uso de tecnologias, adotando sistemas informatizados. Deixa, portanto, de ser um órgão fiscalizador, para se tornar um agente consultor e preventivo. Não penaliza o comerciante que emite NF-e errada. Apenas não deixa acontecer e previne o erro, o qual, se acontecer, será passível de multa. O papel do governo se tornou relevante para o lojista, em todos os setores: construção civil, alimentação, vestuário, eletrodomésticos e eletroeletrônicos, elétrico, automobilístico, papelaria, entre tantos outros. Vem dele a premissa das novas operações comerciais, envolvendo o ato de compra e venda. A partir de agora, o varejo inicia uma corrida em busca da informatização, dos sistemas operacionais de PDV, emissões de NF-e, cadastros e controles de fluxo de mercadorias. Parece um processo complicado para você, caro leitor? Nem tanto. Das minhas conversas com lojistas e clientes, percebo o quanto o mercado convive com dúvidas, embora praticamente todas as lojas, hoje, utilizem a informática com pleno domínio. Embora as ferramentas estejam cada vez mais modernas e disponíveis na internet, ainda é necessário esclarecer muito bem como os movimentos no caixa serão praticados. Uma boa dica? Seguir o caminho mais fácil e tradicional: conversar com seu contador. E agora é hora de analisar o quanto o serviço desse profissional é importante, confiável e atualizado. Usando um software de gestão, as revendas poderão emitir a NF-e sem mistérios. Toda mídia eletrônica mudou, e o Estado passou a gerenciar as transações comerciais. Cada CNAE (Classificação Nacional de Atividades Econômicas) tem sua periodicidade para aderir ao sistema. Basta você verificar no seu cartão CNPJ o número correspondendo do seu CNAE. E essa adesão independe do lucro e porte do estabelecimento. Na verdade, o Estado está cumprindo com a sua função, ao eliminar papéis. E, principalmente, está acabando com a informalidade do mercado. A emissão de uma NF-e envolve a solicitação de autorização para a Secretaria da Fazenda que, por sua vez, confirma a operação para saber se o contribuinte é válido. O Estado passa a ter controle sobre os estoques das empresas, sobre o quê é comprado ou vendido, sobre o preço de compra e de venda. Tendo como aliado a Nota Fiscal Paulista, uma estratégia inteligente que o governo criou para mudar a cultura dos brasileiros, incentivando o consumidor a solicitar sua NF em todas as suas compras. O revendedor pode aproveitar o momento para realizar uma análise tributária de seu estabelecimento. Porque o fim da informalidade é a grande tendência. Ou emite-se uma NF-e ou não haverá um jeito de manter o meio termo, ou termos como meia-nota, NF de baixo valor ou sem-nota, que cairão em desuso. O sistema também colocará um fim nas sonegações de impostos. Será quase impossível sonegar. Toda a cadeia comercial seguirá uma conduta de respeito à NF-e, a partir do fabricante de matéria-prima até chegar ao produto final e, claro, ao consumidor final. Se você, lojista, pretende atender aos seus clientes sem o auxílio da informatização, acredite: você será um herói. Porque será complicado atender o mercado sem se integrar aos processos eletrônicos de emissão de notas fiscais. O Estado não quer saber quanto foi negociado, mas o que foi negociado. Persistirá uma unicidade de mercado, um universo comercial integrado, culminando no U-Commerce, onde todos os módulos e sistemas estão integrados, trabalhando em saudável harmonia de convergências tecnológicas e móveis. As empresas de menor porte, que emitem uma pequena quantidade de notas fiscais, podem adotar um software emissor gratuito, disponível para download no site das Secretarias de Fazenda. Para as médias e grandes empresas, existem diferentes soluções disponíveis no mercado, adequadas para emitir grandes volumes de NF-e. Se sua empresa se enquadra nesse perfil, é importante escolher um fornecedor idôneo e que ofereça benefícios e assessoria completa para acompanhar os ajustes iniciais de implantação do sistema. Márcio Lopes Sanson é diretor da Uno Soluções http://www.tiinside.com.br/15/09/2010/do-papel-para-o-mundo-virtual/gf/199234/news.aspx
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