Resultado representa uma queda real de 16,39% ante abril, mas é 7,18% maior do que registrado em maio de 2010

 

BRASÍLIA - A arrecadação das receitas e contribuições federais atingiu o valor recorde para o mês de maio de R$ 71,534 bilhões, segundo os dados da Receita Federal divulgados nesta quinta-feira, 16. O resultado representa uma queda real (deflacionado pelo IPCA) de 16,39% ante abril, mas é 7,18% maior do que registrado em maio do ano passado. 

 

A queda de 16,39% na arrecadação de maio ocorreu por fatores sazonais, segundo a Receita Federal. Isso porque, em abril, há o pagamento da primeira cota ou cota única do Imposto de Renda da Pessoa Física, ano-base 2010.

Além disso, também houve em abril o pagamento da primeira cota ou cota única do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) referente à apuração trimestral do lucro, encerrada em março. Ainda encerrou em abril o prazo para pagamento do saldo de IRPJ e CSLL referente ao ajuste relativo ao ano de 2010.

O resultado, no entanto, ficou dentro do intervalo esperado pelos analistas ouvidos pelo AE Projeções, de R$ 67,60 bilhões a R$ 74,87 bilhões e superou a mediana, de R$ 70,800 bilhões. No acumulado de janeiro a maio, a arrecadação totalizou R$ 382,883 bilhões, alta real de 10,69% em relação aos cinco primeiros meses do ano passado.

O crescimento da arrecadação no acumulado do ano tem perdido fôlego, segundo os dados da Receita. O recolhimento de tributos começou o ano com uma alta de 15,34% em janeiro ante janeiro de 2010, diminuiu a 13,01% no acumulado do primeiro bimestre e passou a 11,96% nos três primeiros meses. Até abril, o avanço da arrecadação foi de 11,51% e, agora, no acumulado dos cinco primeiros meses, passou a 10,69% em relação ao mesmo período do ano passado.

As receitas previdenciárias totalizaram R$ 20,928 bilhões em maio, segundo os dados da Receita Federal. Esse valor representa um aumento real de 7,93% em relação a maio de 2010 e uma queda de 2,92% ante abril deste ano.

No acumulado de janeiro a maio, as receitas previdenciárias somaram R$ 101,879 bilhões, alta real de 9,35% em relação ao mesmo período de 2010. 

PIS e Cofins

O aumento das vendas e das importações ajudou a elevar a arrecadação de PIS e Cofins no mês de maio, segundo os dados da Receita Federal. O crescimento da Cofins foi de 8,62% em relação a maio de 2010, enquanto que o recolhimento do PIS subiu 10,92% no mesmo período de comparação. O resultado também foi influenciado pelo acréscimo de 30,64% no pagamento de PIS e Cofins pelas entidades financeiras. A arrecadação de Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) subiu 8,47% no mês passado ante maio de 2010 e a CSLL cresceu 2,97%.

O pagamento de IPI (Outros) cresceu 11,37% em maio em relação ao mesmo período do ano passado. O recolhimento do IPI sobre automóveis teve alta de 5,93% mesmo com a queda nas vendas de veículos em abril (fato gerador para o pagamento do imposto). A arrecadação de IOF cresceu 17,41% em função do aumento das operações de crédito no País e das elevações de alíquota nas operações de câmbio e de crédito da pessoa física.

A arrecadação do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) registrou alta de 57,53% em maio, ante maio de 2010, principalmente por causa do ganho de capital nas alienações de bens.

Renata Veríssimo, da Agência Estado - 16 de junho de 2011 | 14h 47
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Comentários

  • Arrecadação de tributos federais cresce 7% em maio, diz Receita

    A arrecadação de tributos federais cresceu 7,1% em maio, na comparação com o mesmo mês do ano passado, e chegou a R$ 71,5 bilhões, de acordo com dados divulgados pela Receita Federal.

     

    Em relação a abril, porém, há uma queda de 16,3% porque naquele mês há um aumento sazonal no recolhimento por conta do pagamento de impostos como o Imposto de Renda e a CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido) trimestral.

     

    Um dos principais tributos que contribuiu para o aumento em relação ao ano passado foi o Imposto de Renda pessoa física, cujo pagamento subiu 57,5% em maio.

     

    Segundo a Receita, esse crescimento é resultado de uma maior arrecadação decorrente da tributação sobre o ganho das pessoas com a venda de bens.

     

    No ano, o crescimento real da arrecadação (já descontada a inflação do período) é de 10,7%. De janeiro a maio, o governo federal já recolheu R$ 388 bilhões em impostos e contribuições.

     

    17/06/2011 - Fonte: Folha de S.Paulo

     

    http://www.financialcontabil.com.br/noticia.php?id_not=273

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