SPED muda vida das empresas

16 de outubro de 2009 às 17:02 Por Welinton Mota Desde o início deste ano as empresas brasileiras do lucro real passaram a se integrar ao Sistema Público de Escrituração Digital (SPED) Contábil e a perspectiva é que no futuro próximo todas empresas do país se vejam obrigadas a se adaptarem ao sistema. Entretanto, apesar da importância dessa mudança, ainda é pequeno o movimento das empresas que estão buscando ferramentas para se adequar a essa nova realidade, o que poderá refletir em pesadas multas para os empresários no futuro. Essa baixa procura se deve, principalmente, por falta de conhecimento da legislação tributária das empresas e de alguns escritórios contábeis e também da necessidade de arcar com custos para a criação de uma estrutura tecnológica. Mas quando as empresas percebem a importância dessa adaptação elas partirão imediatamente para a implantação do sistema. Uma das grandes dificuldades enfrentadas por esse sistema é que as pessoas pensam que ele é apenas uma forma de fiscalização, o que é uma visão errada, pois o projeto SPED é muito mais amplo do que isso, possibilitando a escrituração eletrônica das operações contábeis e fiscais das empresas brasileiras, isto é, a digitalização dos processos tributários. Em outras palavras, é o envio ao Fisco de tudo o que estiver nos computadores das empresas, que engloba a movimentação dos estoques de mercadorias e matérias-primas, receitas e despesas de toda natureza, pagamentos a sócios e os tributos incidentes nessas operações. Com o SPED, a boa notícia é que está previsto na legislação a eliminação de uma série de obrigações acessórias que hoje consomem, de forma geral, o tempo das empresas. É o caso da DIPJ, DACON, entre outras. Também será o caso dos arquivos eletrônicos denominado MANAD (Manual Normativo de Arquivos Digitais) e dos arquivos eletrônicos contábeis previstos na Instrução Normativa 86, de 2001, da Receita Federal. Isso porque a regra diz que as empresas devem encaminhar os arquivos eletrônicos de suas informações contábeis e financeiras ao Fisco federal e à Previdência Social. Essa modernização nas áreas tributária e fiscal das empresas é formada por três sistemas que trabalharão em conjunto com a Receita Federal e as secretarias estaduais de Fazenda. Os sistemas são o SPED Contábil, que transforma os livros Diário e Razão em um único arquivo eletrônico que passa a ser recebido pela Receita, além de ser autenticado pelas juntas comerciais; o SPED Fiscal, que receberá em um servidor central as informações de faturamento lançadas nos softwares fiscais das empresas, já apurando os impostos federais e estaduais devidos; e a Nota Fiscal eletrônica, fechando o ciclo que permitirá aos fiscos da União e dos estados centralizar todas as movimentações dos contribuintes e evitar a sonegação. Outro benefício para as empresas é a redução dos custos com impressão e papel, pois como tudo será digital as empresas poderão salvar as informações em seus computadores. Entretanto, é necessário backup constante desses arquivos para que não fique vulnerável as constantes falhas dos sistemas. Por outro lado, investimentos em sistemas de TI terão de ser feitos, principalmente entre as empresas com baixo índice de atualização tecnológica. Tenho observando que o número de empresas que fornecem esse tipo de tecnologia é crescente, mas é necessária uma análise das opções existente no mercado para optar pela que mais se adeque à contabilidade já existente na empresa. http://www.administradores.com.br/noticias/sped_muda_vida_das_empresas/26876/
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