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03/12/2009
Embora a Declaração de Débitos e Créditos de Tributos Federais (DCTF) seja obrigatória para as empresas optantes pelo lucro presumido, sua periodicidade de entrega tem sido semestral, o que possibilita às empresas tempo hábil para sua elaboração, em meio a tantas outras obrigações existentes.
Com o advento do Sped fiscal (entrega eletrônica de registros fiscais), a expectativa das empresas – coerente, por sinal – é que grande parte destas obrigações sejam extintas, pois, a Receita Federal do Brasil, bem como, as Secretarias da Fazenda dos estados, terão acesso às informações fiscais em tempo real.
Ocorre que, contrariando essas expectativas e as políticas de desburocratização até então implantadas, gradativamente, pelos entes fiscais, a Receita Federal do Brasil, através da Instrução Normativa (IN) 974/2009, alterou a periodicidade de entrega da DCTF para mensal, causando assim, significativo aumento das despesas das empresas com pessoal e controles utilizados para o cumprimento de obrigações fiscais.
“Constitui um retrocesso absurdo esta alteração”, disse a tributarista Tânia Gurgel. “Convoco o empresariado brasileiro a se mobilizar contra esta IN, pois, já existem dezenas de declarações a serem entregues, demandando tempo e dinheiro das empresas para cumpri-las – complementou.
A intenção do fisco é otimizar a fiscalização e, no prazo de uma semana da entrega da DCTF denegar os pedidos de certidão negativa de débitos (CND).
“É nítido o caráter arrecadatório da medida, pois, conforme disse o próprio coordenador-geral da Receita, Marcelo Lins ao jornal Valor Econômico, a missão da Receita é cobrar no tempo certo para que o crédito tributário fique disponível”, entretanto, a Receita não está levando em consideração que, na maioria das vezes, o impedimento para emissão de CND se dá por erros de preenchimento ou, por questões de fluxo de caixa das empresas, que, nem sempre recebem o que faturam, finalizou, Tânia Gurgel.
Visando mobilizar as entidades representativas dos contabilistas e empresários, a tributarista manifestou sua indignação ao presidente do Sescon de São Paulo, à Associação dos Empresários da Zona Sul e à OAB de São Paulo para juntos buscarem uma solução ao problema.
Fonte: www.valor.com.br