Obrigatória para boa parte das empresas brasileiras, a adequação à normal contábil internacional IFRS (International Financial Reporting Standard) traz grandes desafios relacionados ao inventário patrimonial.
Cada ativo, seja ele uma grande máquina ou computador de mesa, envolvido no inventário, possui características específicas, vida útil e valor de recuperação variáveis.
Por isso, é necessário fazer o inventário corretamente do patrimônio e realizar os testes de recuperabilidade (impairment) a partir de parâmetros atualizados de mercado e de projeção da vida útil e de recuperação de cada bem¸ e do retorno que ele oferece à produção.
Sobre esse aspecto, Marli Vitória Ruaro, coordenadora de projetos do sistema de patrimônio da Sispro – Serviços e Tecnologia para Administração, chama a atenção para as diferenças entre as empresas.
“Uma pode ter um plano de manutenção do patrimônio melhor realizado e isto interfere diretamente na avaliação de cada item. Ao mesmo tempo, esta mesma empresa pode ter pago menos pelo mesmo modelo e marca de maquinário, por exemplo, por um valor com desconto obtido devido a muitas facilidades de crédito, negociação etc. O uso deste equipamento também pode ser diferente, o que torna necessário esta análise em última instância”, afirma.
Muitas dificuldades também se apresentam porque os profissionais responsáveis pela adequação das normas podem ter interpretações diferentes, principalmente quando se possui ativos em diferentes usos.
Um exemplo é quando a empresa possui equipamentos contabilizados como ativo de baixo valor residual. Mesmo sendo antigo e já ter sido pago (integralizado) eles são geradores de caixa e, na nova regra do IFRS, devem ter novo tratamento no balanço contábil e patrimonial.
“Eles devem ser avaliados de acordo com a sua capacidade geradora de caixa e com o seu valor recuperável”, avisa Marli.
“Outra dificuldade verificada é a contabilização do mesmo equipamento em um valor financeiro que pode gerar tributos, entre eles IR”, afirma.
Segundo ela, a Sispro oferece serviços de inventário e de adequação patrimonial ao IFRS que resolvem estas questões de interpretação. O foco são as empresas enquadradas na Lei 11.638/07, nas normativas da CVM (Comissão de Valores Mobiliários), na norma IAS 36 (International Accounting Standards) e nas exigências do CPC (Comitê de Pronunciamentos Contábeis) no que tange a teste de impairment e determinação da vida útil do bem.
Os serviços oferecidos pela Sispro inclui controle do inventário de bens do Ativo Fixo, que envolve a completa reorganização de todos os bens patrimoniais constantes e/ou do ativo fixo da empresa, mediante a realização de inventário físico.
O pacote pode incluir a avaliação patrimonial para estabelecer os valores atuais de reposição, depreciação e mercado de todos os itens que compõem o patrimônio da companhia.
A empresa também comercializa o software Sispro Patrimônio, que permite o armazenamento das informações do cadastro de bens, movimentação mensal e de cálculos.
O sistema controla e disponibiliza as informações necessárias para que a empresa possa integrar o controle de crédito de ICMS sobre os bens patrimoniais à sua solução fiscal legada.
O inventário patrimonial com tags RFID (tecnologia de identificação por radiofrequência) é um serviço opcional, cujo objetivo é garantir total controle e segurança na automação e gestão dos ativos físicos a partir de uma tecnologia que vem tendo grande aceitação e utilização em vários segmentos da economia.

 

http://www.tiinside.com.br/14/12/2011/inventario-patrimonial-e-um-desafio-para-as-empresas-na-adequacao-ao-ifrs/gf/253957/news.aspx

Enviar-me um e-mail quando as pessoas deixarem os seus comentários –

Para adicionar comentários, você deve ser membro de Blog da BlueTax - Conteúdos Validados por Especialistas.

Join Blog da BlueTax - Conteúdos Validados por Especialistas

Comentários

  • O inventário patrimonial tem por escopo demonstrar a realidade da empresa perante terceiros e possibilitar ao interessado em promover negócios com ela, maior segurança nas relações jurídicas e comerciais, em todos os sentidos.

  • O governo além de sufocar as empresas com a alta carga tributária, como se não bastasse, agora está gerando um alto custo com a implantação de sistemas sem levar em consideração a capacidade de pessoal e financeira das empresas (SPED e IFRS).

This reply was deleted.