No nosso país, onde, freqüentemente, as regras fiscais e tributárias sofrem alterações sem o menor aviso, contar com um escritório de contabilidade capacitado para acompanhar, interpretar, suportar e orientar os contribuintes está se tornando uma tarefa cada vez mais árdua. Isto se dá devido não somente à dinâmica dos tecnocratas, mas também, infelizmente, pela falta de capacitação profissional ou até mesmo pela falta de experiência. É dever de todo contabilista manter o empresário do ramo de logística informado e devidamente atualizado, uma vez que ele é o detentor e talvez o único que efetivamente entenda as informações sobre os resultados das entidades, principalmente das micro e pequenas empresas. Além de contratar o trabalho de contabilidade, as empresas do segmento de logística precisam se habituar a questionar sobre as regras e tributações vigentes. No presente cenário de implantação do SPED (Sistema Público de Escrituração Digital), o profissional contábil torna-se a peça chave no cumprimento desta nova ferramenta instituída pelo fisco federal. Quando bem amadurecido, o SPED pode se tornar uma excelente ferramenta digital para a tomada de decisões, haja visto que todo o processo interno das empresas deverá sofrer um grande estudo e autoconhecimento. Só por este impacto, o SPED já tem seu mérito, pois muitas entidades empresariais, nesta jornada, encontraram situações ingratas que passavam despercebidas e que refletiam diretamente em seus custos. O profissional contábil deixa de ser um mero apurador de impostos e passa a ser um consultor cada vez mais dinâmico e sua pró-atividade contribuirá para o sucesso dos empreendedores. Apesar da automação reinante, a capacidade de interpretação e tomada de decisões ainda pertence ao ser humano, daí a necessidade de preparação. Para isso, ele deve desenvolver seu conhecimento e experiências na execução de seu trabalho e, o mais importante, também necessitará se aprimorar nas mais variadas formas de gestão, agregando conhecimento em diversas áreas. O perfil do contador moderno é o de uma pessoa de valor, que agrega conhecimento e que tem consciência plena de suas funções. Atualmente, as empresas de logística exigem profissionais cada vez mais gabaritados e competentes, pois neste universo de informações, organizações e procedimentos, são necessários elementos com base bastante sólida e que estejam em constante reciclagem, acompanhando toda a dinâmica atual. No Brasil esta atividade ainda é relativamente nova e não há uma legislação fiscal especifica, principalmente no ICMS o que cria zonas cinzentas perigosas. Existem hoje algumas formas de operadores logísticos dos quais destacamos: a) Armazém Geral: modalidade muito usada pelos operadores logísticos para armazenagem e distribuição de bens. Em alguns casos, as empresas detentoras das mercadorias abrem filiais dentro do armazém geral, de forma a facilitar o fluxo de bens e de documentos. O detalhe é sempre a observação da tributação do ICMS, que deve ser bem analisada, tanto pelo armazém geral, que nas operações interestaduais também é responsável, como pelo depositante e a atenção duplica nas operações que envolvam ICMS-ST. b) Deposito Fechado: geralmente é uma extensão do próprio estabelecimento detentor dos bens. A vantagem é que o ICMS é devido somente pelo estabelecimento remetente. c) Operações Logísticas “In House”: é quando o operador logístico desenvolve suas atividades dentro das dependências do contratante. Fato importante é que o ISSQN é devido no município em que o serviço está sendo prestado, independente da localização do operador logístico, que pode até estar em outro Estado. E para cada caso existe sua regulamentação própria. Logo, conclui-se que as entidades necessitam de profissionais à altura da complexidade que a legislação a cada dia se encontra. Bem orientada, o crescimento da empresa pode ser mensurado gradativamente e isso somente pode ser feito com inteligência, destemor de novos conhecimentos e muita dedicação. Encontrando um escritório contábil com essas características que reputo apenas como essenciais, o empresário pode ter a plena segurança de que, apesar de estar navegando por mares nunca dantes navegados, sabe que pode contar com um excelente profissional na hora da tempestade. * Robison Chan Tong, com mais de 25 anos de experiência na área fiscal, é gerente do setor fiscal da Prolink Contábil, (www.grupoprolink.com.br), especializada em assessorias e serviços contábeis, fiscais e folha de pagamento. http://www.paranashop.com.br/colunas/colunas.php?op=opiniao&id=20769
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