O primeiro chip brasileiro, que utiliza a tecnologia RFID (sigla em inglês de identificação por radiofrequência) tem data marcada para entrar em produção: será a partir de março do próximo ano.
Desenvolvido pela Ceitec (Centro Nacional de Tecnologia Eletrônica Avançada), vinculada ao Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), o chip será utilizado para registro de temperatura durante o transporte e o armazenamento de alimentos.
Representantes do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) visitaram as instalações da Ceitec, em Porto Alegre (RS), na última semana de outubro. Da comitiva participaram Nelson Fujimoto, secretário de Inovação, e Humberto Ribeiro, secretário de Comércio e Serviços.
Fujimoto destacou a importância de o Brasil passar a produzir esse tipo de tecnologia, que atualmente é todo proveniente do exterior. “A equipe da Ceitec está capacitada para fazer todo o processo de elaboração de um chip, desde o desenho até a prototipação. A partir de 2012, será a única fábrica com essas condições na América Latina. A idéia é aproveitar todo esse investimento no sentido de adensar conhecimento à cadeia tecnológica brasileira”, afirmou.
Na avaliação de Ribeiro, há pelo menos três frentes para explorar a produção nacional da tecnologia de semicondutores RFID. A primeira, segundo ele, está focada na diretriz de bem-estar do consumidor, prevista no Plano Brasil Maior, o que engloba verificar se as soluções de radiofreqüência poderiam facilitar a questão de etiquetas inteligentes e assim eliminar erros de preço nas gôndolas dos supermercados.
A segunda é a melhoria do sistema logístico brasileiro, para que as empresas de transporte possam ter soluções mais eficientes de controle, gestão e de entrega. “A terceira dimensão é de governo e seria o ganho de transparência e eficiência na gestão de processos protocolares para abertura, declaração ou encerramento de empresas”, afirmou.
A expectativa dos secretários é de que o Brasil possa exportar aos países vizinhos a tecnologia que, em breve, começará a ser produzida.
“Além de ativar o mercado interno brasileiro e melhorar o bem-estar do consumidor, a ideia será também contribuir com o aumento de exportações do Brasil, e assim fortalecer nossa balança comercial na área de tecnologia”, finalizou Ribeiro.
A empresa Novus, também do Rio Grande do Sul, é parceira do Ceitec no desenvolvimento do projeto do chip brasileiro.

 

Fonte: TI Inside

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