Por Daniela Maciel
Diante das estimativas de um ano duro, de baixo desenvolvimento da economia
nacional, alguns profissionais se tornarão ainda mais estratégicos para os
resultados das corporações. De acordo com o diretor da Fesa em Minas Gerais e
Centro-Oeste, David Braga, os três principais executivos mais demandados em
Minas Gerais serão: CFO (financeiro), vendas e supply chain.
Os três profissionais assumirão novas responsabilidades e terão na comunicação
uma habilidade exigida ao extremo. Integração será palavra de ordem. O CFO deve
assumir as atividades sobre a tecnologia da informação (TI), recursos humanos
(RH), relações com investidores (quando for o caso), entre outras.
Já o executivo de vendas irá muito além do simples "tirar o pedido". Ele terá
missões de integração dos setores, relacionamento e comunicação com os
compradores muito mais complexas, acumulando setores como call center e
pós-venda.
O gestor de supply chain vai atuar das compras de insumos à logística. Ele será
estratégicos porque as negociações tendem a ser muito mais duras do que as
realizadas nos últimos anos.
"Percebemos claramente a seniorização do meio da pirâmide organizacional. O
número de gerências e diretorias deve diminuir, os executivos vão acumular
funções e os salários devem subir. Será mais proveitoso para as empresas, que
vão passar por um período de corte de custos e busca por eficiência, pagar
melhor menos profissionais e enxugar as estruturas, aproveitando melhor o espaço
e otimizando todo o sistema de apoio e monitoramento", explica Braga.
Dentro desse cenário o departamento de recursos humanos tem ampliada a sua
importância estratégica. O processo de busca desses profissionais precisa ser
extremamente assertivo. Estratégias de atração e retenção, com a criação de
valor por meio de um pacote de benefícios, precisam estar claras. "O índice de
terceirização na contratação desses profissionais vai aumentar. As empresas mais
estratégicas vão buscar consultoria em empresas especializadas e certificadas
para fazer essa contratação. As empresas precisam saber que não existe escassez
de mão de obra no mercado, mas faltam, sim, talentos", destaca o diretor da Fesa
em Minas Gerais e Centro-Oeste.
Minas Gerais se apresenta como um mercado atrativo para esses profissionais. A
presença de grandes empresas, inclusive multinacionais, além de características
como boa qualidade de vida e bons salários dão destaque ao Estado. "Tanto a
Capital como o interior têm atraído profissionais de muita qualidade. A
proximidade de outros centros importantes, a qualidade de vida e os salários são
grandes atrativos. Em muitos casos estamos pagando melhor que São Paulo e Rio de
Janeiro", aponta.
Comentários