SPED: Backup

Otimo artigo do Sr. Roberto Dias Duarte

SPED: Livro Guia de Implantação de NF-e – Lista de Atividades – III – 5

3.6. Cópia de Segurança – backup

“Em informática, cópia de segurança é a cópia de dados de um dispositivo de armazenamento a outro para que possam ser restaurados em caso da perda dos dados originais, o que pode envolver apagamentos acidentais ou corrupção de dados.

Meios difundidos de cópias de segurança incluem CD-ROM, DVD, disco rígido, disco rígido externo (compatíveis com USB), fitas magnéticas e a cópia de segurança externa (online). Esta transporta os dados por uma rede como a Internet para outro ambiente, geralmente para equipamentos mais sofisticados, de grande porte e alta segurança. Outra forma pouco difundida de cópia de segurança é feita via rede. Na própria rede local de computadores, o administrador ou o responsável pela cópia de segurança grava os dados em um formato de arquivo, processa e distribui as partes constituintes da cópia nos computadores da rede, de forma segura (arquivos são protegidos), criptografada (para não haver extração ou acesso aos dados na forma original) e oculta (na maioria das vezes o arquivo é ocultado).

Cópias de segurança são geralmente confundidas com arquivos e sistemas tolerantes a falhas. Diferem de arquivos, pois, enquanto arquivos são cópias primárias dos dados, cópias de segurança são cópias secundárias dos dados. Diferem de sistemas tolerantes a falhas, pois, cópias de segurança assumem que a falha causará a perda dos dados, enquanto sistemas tolerantes a falhas, assumem que a falha não causará.

As cópias de segurança devem obedecer vários parâmetros, tais como: o tempo de execução, a periodicidade, a quantidade de exemplares das cópias armazenadas, o tempo que as cópias devem ser mantidas, a capacidade de armazenamento, o método de rotatividade entre os dispositivos, a compressão e encriptação dos dados. Assim, a velocidade de execução da cópia deve ser aumentada tanto quanto possível para que o grau de interferência desse procedimento nos serviços seja mínimo. A periodicidade deve ser analisada em função da quantidade de dados alterados na organização, no entanto se o volume de dados for elevado, as cópias devem ser diárias. Deve-se estabelecer um horário para realização da cópia, conforme a laboração da organização, devendo ser preferencialmente noturno. Para uma fácil localização, a cópia deve ser guardada por data e categoria, em local seguro.”

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Cópia_de_segurança

“Tipos de Backup

Tendo como base as diferentes ferramentas de backup disponíveis atualmente, constata-se que não existe consenso na definição dos tipos básicos de backup que podem ser realizados num procedimento de cópia de dados. Este texto utiliza a definição de tipos de backup de [Cougias, Heiberger e Koop 2003], com a ressalva que não se faz distinção entre backups armazenados em disco ou dispositivo removível.

  • Completo (Full backup):

Todo o conteúdo é copiado do início ao fim, sem levar em consideração backups anteriores. Este backup tem como resultado um espelho do sistema monitorado. A recuperação dos dados é a mais rápida, visto que todos os dados podem ser obtidos numa mesma operação.

  • Diferencial (Differential backup):

Apenas os arquivos modificados entre o estado atual e o último backup completo são copiados. Este backup contém exatamente a diferença entre o estado atual e a última cópia completa realizada. O processo de recuperação é um pouco mais lento, já que é necessário que se faça duas operações: (1) recuperação do backup completo e (2) recuperação do backup diferencial. Neste caso a recuperação somente é possível se houver acesso ao backup completo.

  • Incremental (Incremental backup):

Neste tipo de backup apenas o conteúdo modificado no sistema desde o último backup, é copiado, independente do tipo do último backup. O resultado é a diferença entre o estado atual e a última cópia realizada. A recuperação neste caso é mais complexa, visto que é necessário que o sistema seja reconstituído até o estado anterior, o que pode representar diversas operações, para então ser aplicado o backup incremental. Para restaurar um backup incremental é necessário que estejam disponíveis, no mínimo, (1) o último backup completo; (2) o último diferencial entre o completo e o incremental que se deseja recuperar; (3) todos os incrementais desde o último diferencial; caso contrário, a recuperação é inviabilizada.

Um ciclo de backup tem início com um backup completo e prossegue com backups incrementais ou diferenciais subsequentes. Quando um novo backup completo é realizado, um novo ciclo é iniciado.

Métodos de Rotação de Dispositivos

A rotação de dispositivos é um aspecto prioritário na definição de uma política de backups. Em situações onde a quantidade de dispositivos físicos a serem utilizados para backups é limitada, em algum momento será necessário que os dispositivos sejam reciclados, uns após os outros, seguindo uma lógica que definimos como o método de rotação de dispositivos. Se não houver rotação, o sistema de arquivos que armazena os backups crescerá indefinidamente, o que geralmente não é desejado. São apresentados a seguir os métodos clássicos de rotação segundo [Cougias, Heiberger e Koop 2003]. As descrições se baseiam em esquemas diários e considera que o espaço livre nos volumes não se esgota no processo, entretanto o conceito de pools pode ser usado de forma análoga.

  • Rotação cíclica semanal:

São mantidos três volumes, havendo sempre um localmente e outros dois guardados em um lugar seguro, fisicamente distante do sistema. No início de cada semana é realizado um backup completo e diariamente um backup incremental. Após o último procedimento de backup da semana, um volume é trazido para o local do sistema e trocado com o que armazenou os backups da semana, o qual é transferido para a outra localidade. A qualquer momento haverá pelo menos um volume local e um em outro lugar seguro, que deve ser usado em caso de desastre. A recuperação das cópias de segurança é simples e segura, basta recuperar o último backup completo disponível e em seguida todos os incrementais armazenados no mesmo volume. Cada backup é mantido por 3 semanas, e a cada semana se começa um novo ciclo.

  • Rotação “Filho”:

Este é o primeiro conceito do esquema “Avô, pai, filho”. Um backup completo é feito diariamente. Existem sete volumes para serem utilizados durante a semana, na qual um ciclo termina e outro começa a cada dia. Esta é forma mais simples de fazer backup e a recuperação é imediata, já que todas as cópias são completas. Por outro lado, é a mais custosa em termos de espaço e duração do procedimento de backup.

  • Rotação “Pai, filho”:

Este esquema é uma mistura de backups completos e incrementais. Desta vez é considerado um mínimo de oito volumes, sendo dois para backups completos e seis para incrementais. Uma vez por semana é realizado um backup completo, e nos outros dias são feitos incrementais. Os volumes incrementais são reciclados cada semana, exatamente no mesmo dia que ele foi usado na semana anterior, havendo um volume para segunda-feira, outro para terça-feira, e assim por diante. Já os volumes usados em backups completos são revezados e utilizados semana sim, semana não. Portanto, a qualquer momento pode-se recuperar um estado anterior do sistema com precisão máxima de um dia na última semana, e precisão de uma semana na semana anterior. Para aumentar o alcance deste método, pode-se aumentar o número de volumes utilizados em backups. Se houver um maior número para backups completos, o que tem um custo bastante elevado será possível armazenar os dados por mais tempo, já que a reciclagem de dispositivos demorará um pouco mais para acontecer. Por outro lado, se houver mais volumes incrementais, estende-se o período em que se tem a precisão de um dia. Porém, se o número de volumes incrementais for muito grande, a reconstituição torna-se bastante lenta, visto que será necessário restaurar cada um dos backups incrementais entre o último completo e o que se deseja restaurar.

  • Rotação “Avô, pai, filho”:

Neste esquema têm-se backups completos, incrementais e diferenciais. A cada mês é feito um backup completo, a cada semana é feito um diferencial e diariamente é feito um incremental. Para um esquema de backups diários, são necessários pelo menos doze volumes, sendo dois para backups completos, quatro para backups diferenciais e seis para incrementais. Com este cenário, consegue-se uma precisão de no máximo um dia na última semana, uma semana no último mês e um mês nos últimos dois meses. Analogamente ao esquema anterior, estes períodos podem variar de acordo com a quantidade de volumes disponibilizados para cópias completas, incrementais e diferenciais. Devido a sua eficiência e boa relação custo/benefício, este certamente é o método mais utilizado atualmente.

Persistência de Dados

Aliado aos métodos de rotação de dispositivos é possível adotar uma medida para que alguns estados do sistema se tornem perenes, ou persistentes. Por exemplo, pode-se fazer uma cópia mensal do backup completo do sistema em outro dispositivo que não faça parte da rotação, o que caracteriza uma política persistente mensal. Numa política persistente total, ou simplesmente persistente, todos os volumes são perenes. Esses volumes são guardados separadamente, até que um administrador decida descartá-los permanentemente, quando eles não forem mais relevantes para a organização.”

Fonte: FAPESP em

http://conhecimento.incubadora.fapesp.br/portal/trabalhos/tassia/wiki/ConceitosImportantes


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