Os contabilistas não são contrários à adoção das novas regras, mas, sim, discordam dos critérios definidos e da forma como o processo está sendo conduzido.
Em pedido protocolado junto ao Conselho Federal de Contabilidade (CFC), Augusto Marquart Neto, que está concorrendo pela oposição à presidência do Conselho Regional (CRCSC), sugere o seguinte cronograma de implantação:
Empresas com ações na bolsa de valores – a partir de 2011;
Empresas operadoras no mercado internacional – a partir de 2012;
Empresas com capital internacional – a partir de 2014;
Empresas optantes do lucro real – a partir de 2016;
Demais empresas, incluindo micro e pequenas – tratamento diferenciado, de forma optativa e de acordo com suas necessidades.
“Os custos de implantação e a burocracia serão um novo entrave para a sobrevivência dos micro e pequenos empresários”, argumenta Marquart. “Além disso, o CRCSC está fazendo terrorismo com os contabilistas, ameaçando com fiscalização e punição aqueles que não seguirem as normas”.
Marquart lembra ainda que menos de 20% dos países do mundo estão adotando as regras e que potências econômicas como a França e a Alemanha já as rejeitaram completamente.
Fonte: http://www.economiasc.com.br/index.php?cmd=mundo-corporativo&id=8306
Comentários
Contrários a exigência da implantação das IFRS (normas internacionais de contabilidade) para as micro e pequenas empresas, os Sescons de Santa Catarina encaminharam, nesta segunda-feira (10), ao presidente do Conselho Federal de Contabilidade (CFC), Juarez Domingues Carneiro, ofício em defesa dos empresários da contabilidade.
O ofício, assinado pelo presidente do Sescon/SC, Elias Nicoletti Barth, cobra as alterações na implantação das normais internacionais da contabilidade (IFRS), isentando as micro e pequenas empresas dessa obrigação. As entidades apóiam o projeto das IFRS para as grandes empresas que operam no mercado internacional ou que tenham negociação de ações em bolsa de valores, pois para estas, é importante que as demonstrações contábeis e financeiras tenham todos os seus ativos e passivos apresentados em valores atuais.
Por outro lado, as entidades (Sescon/SC, Sescon Grande Florianópolis e Sescon Blumenau) não aceitam que os empresários contábeis sejam punidos pela falta da implantação das IFRS nas demais empresas, especialmente, as micro e pequenas. Para estas, a aplicação deve ser optativa, ou seja, as empresas aplicarão as normas de acordo com as suas necessidades e interesses.
"Importante lembrar o direito ao tratamento diferenciado para as micro e pequenas empresas é constitucional e nenhuma norma pode modificar a lei maior em prejuízo ao contribuinte", afirma Barth
Clique aqui e leia o ofício protocolado no CFC
Fonte: SESCON/SC
http://www.portalcontabilsc.com.br/v2/?call=conteudo&id=7495