A Comissão de Valores Mobiliários (CVM)pretende padronizar a divulgação daquela que é uma das medidas deresultado operacional mais usadas pelas companhias abertas brasileiras, oLAJIDA, ou EBITDA, em inglês.

A sigla quer dizer lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização, mas, na prática, algumas empresasdescontam outros itens ao divulgar seu LAJIDA nos comunicados sobre osresultados, e, em alguns casos, usam o lajida como um substituto dolucro líquido.


Segundo a CVM, as companhias têm divulgado esse indicador de forma "peculiar". Para tratar dessa questão, a autarquia colocou ontem em audiência pública uma minuta de instrução pararegulamentar a divulgação de indicadores de resultado operacional "nãocontábeis". Os comentários devem ser feitos até 18 de novembro.


Além do LAJIDA, a CVM pretende ordenar também a divulgação do lucro antes de juros e impostos sobre renda(LAJIR, ou EBIT). Apesar de não fazer parte das demonstraçõesfinanceiras obrigatórias, fiscalizadas pela CVM, essas medidas sãobastante usadas no mercado. "Verificamos que as empresas estão usandometodologias diferenciadas para calcular o lajida", comentou José CarlosBezerra da Silva, gerente de normas contábeis da CVM.


Segundo ele, algumas empresas "excluem" alguns itens não recorrentes (por exemplo, a venda de uma máquina, ou deuma operação) do cálculo clássico do LAJIDA alterando o resultado finale dificultando a comparação com outras empresas.


A minuta procura deixar claro que as empresas deverão utilizar o conceito amplo do lajida, considerandosomente os valores apresentados nas demonstrações contábeis, sem excluiros itens não recorrentes, não operacionais e os relacionados aoperações descontinuadas.


"Se a empresa optar por divulgar [o LAJIDA], tem que fazer o cálculo pelo conceito amplo [tradicional]. Elapode usar, se assim desejar, uma metodologia alternativa desde que oconceito amplo tenha sido divulgado. E, no caso de um métodoalternativo, tem que justificar porque está usando", completou Bezerra.


Para definição de evento não recorrente, a CVM sugere que seja algo que não tenha ocorrido dois anos antes e quenão seja esperado para os dois anos seguintes.


Fonte: Valor Econômico

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