Uma história bem contada

Por José Maria Chapina Alcazar

Muitas vezes quando dizemos a alguém que somos contadores, logo nos imaginam mergulhados em intermináveis somas e multiplicações. De certa forma fazemos isto, mas com os resultados das empresas e seus protagonistas, que diariamente tentamos ampliar. Em última instância, lidamos com o desempenho da própria nação, já que tanto ela depende dos empregos e riquezas gerados por esses negócios, com seus mais variados portes e naturezas.
Para mim e outros tantos colegas, a contabilidade também se tornou uma razão de viver, estado de ânimo não raro compartilhado com nossas famílias, durante décadas de muito trabalho, comprometimento e dedicação. O amor à profissão frequentemente é intenso a ponto de levar cônjuges e filhos a abraçar a mesma causa, o que talvez explique o fato de sermos, hoje, uma das áreas empresariais que mais se originam, literalmente, dentro de casa.
Realmente, ser contador tem sido mais significativo do que apenas fazer cálculos, preencher planilhas, gerar relatórios. Tudo isso faz parte da atividade, ninguém duvida, mas nem de longe pode ser considerado a essência e o propósito da nossa ciência. Na verdade, o que perseguimos, acima de tudo, é a ordem. Dos números, trazemos à tona resultados e diretrizes para que pessoas e empreendimentos tenham nas mãos informações confiáveis, autêntico pré-requisito à tomada das melhores decisões.
Mergulhar nesse verdadeiro sacerdócio nos trouxe reconhecimento, a ponto de 2013 ter sido escolhido, oficialmente, como o Ano da Contabilidade no Brasil, motivo de orgulho para os profissionais normalmente lembrados a cada 25 de abril e, desta vez, de forma especial durante 365 dias. Um marco, sem dúvida, que certamente ficará gravado na memória de todos. Nada mais justo, pois sem ordem não há progresso, nação ou qualquer outra coisa que valha a pena contar, qualquer que seja o sentido emprestado à palavra.
Melhor ainda será quando tivermos um Estado mais justo e descomplicado na maneira de tributar e, principalmente, pródigo em devolver sob a forma de bons serviços o muito que arrecada de suas empresas e cidadãos. Possivelmente, só falta mesmo isto para que o exercício da profissão contábil seja mais gratificante ainda em nosso gigantesco e promissor país.

Fonte: DCI – SP

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