O Serpro vai fechar 16 escritórios espalhados pelo país, localizados nas cidades de Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Brasília, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre e Florianópolis.
São Paulo e Rio de Janeiro tem dois escritórios cada, o que fecha o número de 16.
Segundo relata o site Convergência Digital, a medida foi anunciada pelo Antonino dos Santos Guerra, no encontro realizado na estatal com representantes da Fenadados e da Frente Nacional dos Trabalhadores em Informática (FNI) nesta sexta-feira, 10.
A informação sobre os fechamentos foi obtida pelo Convergência Digital junto aos sindicalistas. O Serpro não quis falar sobre o tema.
Ainda de acordo com as informações dos participantes da reunião, Guerra teria dito que o Serpro poderia seguir operando normalmente com 30% a menos de funcionários, cortando 3 mil posições de um total de 10 mil existentes hoje.
A diminuição da equipe deve ser estimulada por um programa de demissão voluntária, a serem concluídos nos próximos dois ou três meses.
No final do ano passado, o Serpro começou a cadastrar fornecedores para desenvolvimento de software em uma ampla gama de tecnologias, preparando o que parece ser um movimento de terceirização para o ano que vem.
Em nota, a estatal federal de tecnologia explicou que a ideia é subcontratar a parte "braçal” do desenvolvimento para “ganhar fôlego na realização da transformação digital do governo brasileiro”.
O Serpro não está sozinho na sua decisão de enxugar a operação.
Na semana passada, o Dataprev anunciou que ia fechar 20 filiais espalhadas pelo país, com a meta de demitir 493 empregados, 15% do quadro total da estatal de tecnologia.
Ficarão ativas apenas sete unidades da Dataprev, localizadas no Distrito Federal, Rio de Janeiro e São Paulo, onde a estatal tem data centers e no Ceará, Paraíba, Rio Grande do Norte e Santa Catarina, onde estão instalados centros de desenvolvimento.
As demissões serão feitas por meio de um programa que oferecerá pacotes de até R$ 300 mil, considerando verbas rescisórias e incentivos de desligamento.
Tanto Serpro quando Dataprev estão entre as primeiras estatais federais a serem privatizadas.
As medidas anunciadas devem tornar Serpro e Dataprev mais atrativas para um eventual comprador. A venda tem avançado em outros campos também.
Em dezembro, o Tribunal de Contas da União (TCU) divulgou uma avaliação afirmando que Serpro e Dataprev poderiam manter seus contratos com o governo assinados sem exigência de licitação até o término dos mesmos, mesmo se forem privatizadas.
A privatização não significa necessariamente a venda total das estatais.
Em alguns casos, o governo pretende manter uma participação acionária ou parte do ativo. Para cada uma dos projetos está sendo estudada uma modelagem, segundo explicou ao G1 a secretária especial do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), Martha Seillier.
https://www.baguete.com.br/noticias/14/01/2020/serpro-vai-fechar-regionais
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