Qualificação das Auditorias com o SPED

Por Cláudio Loredo

 

Com a implantação do SPED (Sistema Público de Escrituração Digital), a forma como  são feitas as auditorias, nas médias e grandes empresas, mudou bastante. Se antes, o trabalho era feito em cima de papeis, hoje ele é feito sobre documentos eletrônicos assinados digitalmente. A imensa quantidade de informações, que agora o fisco  tem a sua disposição, exige o uso de técnicas de estatística e auditorias mais aprimoradas.

Cabe ao contribuinte montar este arquivo eletrônico e enviá-lo ao fisco. Ao cumprir esta obrigação acessória, as empresas ganham uma melhor organização contábil. Por parte do fisco, mais importante do que cobrar o envio desses arquivos, é saber aproveitar bem a quantidade de informações recebidas, para a tomada das melhores decisões, visando o aperfeiçoamento do sistema tributário.

O SPED exige de cada secretaria de fazenda estadual o aprimoramento constante dos seus profissionais. Deve haver uma boa coordenação das tarefas a serem executadas por cada um, pois o SPED é um projeto multidisciplinar . Envolve conhecimentos contábeis, administrativos, tecnológicos e jurídicos entre outros. Uma só pessoa não consegue reter todo o conhecimento necessário para trabalhar com este sistema. É necessário desenvolver melhor o trabalho em grupo, para que cada um colabore com a parte do conhecimento que domina. Se o fisco cria uma obrigação acessória, ele deve dar o melhor proveito a esta cobrança.

Graças ao SPED, o Brasil tem hoje uma menor sonegação fiscal. Ele é um dos motivos do aumento da arrecadação de impostos. Muitos tipos de fraudes foram descobertos. Estes arquivos permitiram um entendimento melhor sobre o sistema tributário brasileiro e suas deficiências, que abrem brechas para o não pagamento de impostos devidos. Deve-se atacar estas deficiências para garantir a justiça fiscal.

O sucesso do trabalho fiscal na Secretaria da Fazenda do Estado do Tocantins dependerá muito da informática. As decisões sobre os sistemas de informação que serão disponibilizados para os auditores poderá potencializar ou não as auditorias. É necessário enxergar o futuro para garantir a adaptação a ele e sobreviver. O futuro da auditoria fiscal baseia-se no uso cada vez maior da tecnologia da informação.

 

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