Por Carlos Peres

 

As empresas que melhor souberem utilizar a transformação digital e a inovação certamente irão se diferenciar dos concorrentes e transformar a experiência do cliente. No entanto, estimular a mudança está provando ser mais desafiador do que nunca. São as pessoas, não os sistemas, que impulsionam processos inovadores. É isso que os executivos precisam entender para, de fato, entrar na era da Indústria 4.0.
Uma pesquisa da PwC, com 188 CEOs do setor de bancos e mercado de capitais (BCM) em vários países, mostrou que as organizações desse setor que tentaram introduzir inovações tecnológicas, como automação de processos robóticos (RPA), blockchain e inteligência artificial (AI), sem ao mesmo tempo simplificar e racionalizar seus processos centrais, fracassaram. A pesquisa da área de BCM é parte da 21th Global Annual CEO Survey, que reúne as opiniões de mais de 1200 executivos dos EUA, Canadá, América Latina, Europa, África, Oriente e Ásia-Pacífico.
 É essencial que o líder saiba organizar talentos quando os seres humanos e as máquinas começam a atuar de maneira tão próxima, formando uma força de trabalho híbrida. A pesquisa mostrou que a maioria dos CEOs da área de BCM ainda está tentando descobrir como aproveitar ao máximo o potencial colaborativo.
As organizações também precisam lidar com ansiedades comuns causadas pelo impacto da automação e da IA em suas equipes. Quando perguntados se estão tratando com transparência entre os colaboradores a adoção de novas tecnologias, quase 66% dos CEOs de BCM disseram que sim e 10% disseram que planejam fazê-lo nos próximos 12 meses.  No entanto, mais de 20% não estão lidando com esse problema e não têm planos imediatos para isso.
A pesquisa também destaca a dificuldade em atrair talentos digitais. Menos de um quinto dos entrevistados consideram uma tarefa fácil. Embora grande parte do foco nessa busca por talentos esteja em incluir desenvolvedores de aplicativos, engenheiros de robótica e outros especialistas, é importante garantir que a conscientização técnica permeie toda a organização, incluindo a liderança sênior, que muitas vezes não se vê diretamente ligada a esse processo.
Com relação ao cliente, o cenário também é indefinido. Ao traçar estratégias de negócios, menos da metade (44%) tem clareza sobre como robótica e inteligência artificial (IA) podem melhorar a experiência do consumidor.
Muitas empresas, ao mirar nos resultados que a Indústria 4.0 oferece, não dão a devida importância aos ajustes necessários para que o ser humano – trabalhador e cliente – e a tecnologia convivam em harmonia.  A transformação digital não vai favorecer a inovação nem dar retorno se não mudarmos as formas de trabalho, como promover a colaboração entre humanos e máquinas e repensar como se conectar com os clientes.

 

https://www.bemparana.com.br/noticia/o-desafio-da-industria-40-nao-esta-nas-maquinas-mas-nas-pessoas

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