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Já foi dito que para atender ao conjunto de habilidades desejadas para um profissional de liderança na área de Compliance, ele precisaria ser um super-herói. Talvez seja um pouco de exagero, decorrente do status que a profissão – uma ilustre desconhecida até pouco tempo – ganhou no ambiente corporativo nos últimos anos. O desconhecimento sobre a nova função fez com que muitas empresas simplesmente não soubessem muito bem como definir as habilidades que, de fato, são importantes para que uma pessoa possa desenvolver um bom trabalho na área de Compliance.

Passado a euforia inicial, podemos dizer que alguma depuração sobre a profissão já foi feita, permitindo um olhar mais crítico sobre as competências técnicas – que podem variar de mercado a mercado – e, principalmente, as comportamentais comuns aos compliance officers de sucesso.

Por mais que as demandas e os regulamentos com os quais o profissional de compliance precisa lidar cresçam e venham ficando mais complexos a

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Por Marco El Kalay

Os políticos não são os únicos a cometerem atos de corrupção. Pelo contrário, todos os dias surgem nos noticiários novos fatos antiéticos envolvendo pessoas comuns, funcionários de grandes, médias e pequenas empresas. É por isso que cada vez mais as organizações têm se preocupado em criar meios de estar em conformidade com as regras. Apesar disso, muita gente ainda não sabe o que é compliance.

De fato, segundo dados da KPMG, cerca de 43% das empresas de diferentes níveis ainda não possuem uma área de compliance. Inclusive, poucas contam com um estatuto de normas ou regras mais rígidas anticorrupção.

Além disso, erroneamente, algumas tarefas relativas a análise de risco são delegadas ao departamento jurídico. Se você ainda não sabe o que é compliance, continue a leitura do texto e saiba mais sobre o conceito, as responsabilidades e as boas práticas que podem ser adotadas pela sua empresa. Acompanhe!

AFINAL, O QUE É COMPLIANCE?

Primeiro, vamos explicar o significado d

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Em 14 de outubro do corrente ano, a International Organization for Standardization publicou a ISO 37001, localmente chamada de Sistema de Gestão Antissuborno. O trabalho envolveu a expertise de profissionais da área de 37 países, e os estudos duraram 4 anos.

Para que possa produzir efeitos no nosso país e ser reconhecida como uma certificação oficial, é necessário que seja adotada pelo sistema legal brasileiro através da ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas; a qual já começou a trabalhar na adoção, através de sua Comissão de Estudo Especial Antissuborno (ABNT/CEE-278). Futuramente e após adotada ela se chamará ABNT NBR ISSO 370001 – Sistema de Gestão Antissuborno[1].

Muito tem se falado sobre a certificação, esta tem sido celebrada e criticada.

De forma positiva, os comentários são no sentido do novo ISO trazer uma abordagem global para programas de Compliance através de suas diretrizes. Isso pode ser muito interessante em países onde a corrupção faz parte

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Compliance - Mercado a pino

O mercado para profissionais de compliance está aquecido, e a previsão para 2017 é que a temperatura continue alta.

As oportunidades oferecidas pelo mercado para profissionais de compliance seguem em clima tropical, ou seja, muito quente. E as oportunidades para quem se especializar na área devem continuar esquentando, mesmo com a crise econômica ainda prejudicando os resultados das empresas e o mercado de emprego. O ano de 2016 tem se mostrando muito positivo para a área, por conta do grande número de empresas que iniciaram ou avançaram na implementação de medidas mais estruturadas de compliance. Para Carlos Ayres, sócio de Compliance do Trench, Rossi & Watanabe, um dos principais escritórios de advocacia do Brasil, a crescente cultura de compliance vai resultar em um mercado forte, consolidado e com mais espaço ainda para profissionais especializados. Confira na entrevista abaixo.
LEC: De uma maneira geral, como foi o ano de 2016 para o mercado de compliance no Brasil?
Carlos Ayres: O

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Compliance - Conformidade no Limite

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Desnecessário comentar a tristeza que o acidente com o avião que transportava o time da Chapecoense e outros profissionais em terras colombianas causou a nós e ao mundo na madrugada e manhã do dia 29 de Novembro. Todos estamos consternados, independentemente se apreciador, conhecedor, torcedor ou fanático pelo futebol.

Um acidente aéreo com vítimas fatais sempre causa comoção, dor e reflexão sobre os fatos. Afinal, como sabemos, um acidente de tais proporções é causado por uma sequência de falhas, cujos sinais, muitas das vezes, são ignorados, sob uma série de argumentos e justificativas.

Mas o que este acidente em particular nos ensina no âmbito das práticas de governança, gestão de riscos e compliance – GRC, se comparado às práticas de gestão das organizações?

Uma empresa sempre será movida por energia, desafios e entusiasmo. Era o caso da LaMia, sigla para a Línea Aérea Mérida Internacional de Aviación, empresa comprovadamente capacitada para a prestação do servi

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Compliance - Mercado de Oportunidades

A demanda não para e as contratações também não. A área de compliance segue sendo uma excelente opção profissional para os advogados

Que o mercado de compliance está quente não é segredo nenhum. A criação da Lei Anticorrupção e tanto rebuliço envolvendo escândalos de corrupção e lavagem de dinheiro, fizeram a demanda por serviços nessa área explodir criando um vácuo de profissionais que ainda não foi totalmente preenchido e, cuja tendência, é seguir em alta nos próximos anos. Um dos principais agentes da área, os escritórios de advocacia seguem apostando no bom momento do compliance no Brasil, até por conta do volume de trabalho, que não para e crescer. Isso faz do compliance uma ótima opção para advogados, sejam eles jovens recém-formados ou profissionais que já estão no mercado operando em diferentes áreas do Direito.

Para Thiago Jabor, sócio da área de compliance do escritório Mattos Filho, a área ainda não atingiu o ápice do crescimento, o que tende a manter a necessidade de contra

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Por  YURI SAHIONE

Elaboradas pela Força Tarefa do MPF que atua na Operação Lava-jato, as 10 Medidas Contra a Corrupção são uma proposta de alteração da legislação sobre o combate à corrupção apresentada a partir da experiência com as investigações realizadas no maior escândalo do país.

De todas as medidas, vamos destacar neste artigo, aquela que tem por fim instituir no direito brasileiro o chamado teste de integridade dos agentes públicos.

Os testes de integridade previstos na proposta são nada mais do que simulações de situações em que a honestidade do agente público é testada, ou seja, agentes da corregedoria ou órgão similar criam um contexto fictício em que o funcionário testado será tentado a se corromper.

Os destinatários das simulações podem ser escolhidos de forma aleatória ou dirigida, quando pairar alguma suspeita sob determinado funcionário.

A modalidade de teste sugerida pelo MPF foge dos usuais testes de integridade que são aplicados. As práticas que parecem ser as mais

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Por RODRIGO OLIVEIRA DE CAMARGO / LAIR WEBBER

No mundo empresarial, compliance refere-se, essencialmente, ao ato de estar em conformidade com normas internas e externas inerentes ao exercício profissional, objetivando-se a mitigação de riscos legais[1]. Para GIOVANINI, além do caráter legal, os deveres de compliance relacionam-se com a observância de princípios éticos ligados à honestidade e transparência, de forma que a desatenção desses preceitos certamente possui o condão de acarretar em penalidades à imagem da empresa e seus gestores.

A pedra angular das leis de combate à corrupção passa a ser o envolvimento de todos os membros de uma comunidade empresarial na prevenção de atos ilícitos, com adoção de medidas que, dentre outras, estabelece como necessária a criação de canais de comunicação entre empresa e funcionários em prol de transferência de informações que apresentem relevância na gestão e que envolvam riscos. Em outras palavras, significa implementar controles internos tende

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Por DANIEL SIBILLE

Certamente hoje para a maioria dos brasileiros a sensação é de um certo orgulho e alívio, pois depois de meses e meses de apreensão com crise política, econômica, enfim realizamos o primeiro jogos olímpicos na América Latina da história. E, que jogos!

Se no campo esportivo tudo ocorreu muito bem, com mais de 100 recordes olímpicos batidos, dois fatos tristes chamaram bastante a atenção. Primeiro, o multicampeão Ryan Lochte incorporou  um herói de filme de bang bang e armou uma grande confusão que não apenas gerou um pedido de desculpas formal do Comitê Norte-Americano, como também a perda significativa de patrocínios pessoais, como anunciou a gigante marca de vestuário “Speedo” hoje pela manhã. Outro fato lamentável ocorreu quando integrantes da seleção australiana supostamente tentaram falsificar credenciais para entrar em uma das arenas e foram pegos e tiveram as credenciais apreendidas. Ok, mas o que estes dois fatos tem a ver com compliance?

Pois bem, tudo! A cr

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Por Renato Pereira

A revolução tecnológica chegou. Não restam dúvidas quanto a isso. As equipes de Marketing e Produtos das grandes empresas já perceberam que este é um caminho inexorável e estão atuando fortemente para se capacitar e entregar o que o cliente espera. Novas formas de desenvolvimento de software, utilizando métodos ágeis, criação de equipes multidisciplinares, integração e parcerias com startups também estão surtindo ótimos resultados.

E as áreas de Risco e Auditoria, onde entram nesta história?

A profissão de auditor existe desde o império romano, quando altos funcionários eram encarregados da supervisão de operações financeiras das províncias. No século II, na França, os barões realizavam leitura pública das contas de seu domínio, e, na Inglaterra, o rei Eduardo cunhou o termo “Probatur Sobre as Contas” em documentos e contas públicas avaliados por especialistas, inclusive sobre o testamento de sua esposa.

Entretanto, a atividade de auditoria tomou a forma que conhece

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Por Ariosto Farias Jr/Carlos Ayres

Histórico da norma ISO 37001

A ISO 37001 nasceu de uma reunião realizada em Londres, em junho de 2013, e teve o seu escopo e título validado pelo ISO Technical Management Board, em Setembro de 2013. Foi então criado o ISO PC 278 Anti-bribery management systems (Sistemas de gestão antissuborno).

A primeira reunião oficial aconteceu em Madri, em Março de 2014, onde foram tomadas duas importantes decisões: usar como base a Norma Britânica BS 10500, que trata de um Sistema de gestão Antissuborno, e adotar a mesma estrutura das Normas de Sistemas de Gestão da ISO, a exemplo da ISO 9001, para tornar compatíveis os vários Sistemas de Gestão das normas ISO, facilitando assim a sua implantação pelas organizações.

Para a consolidação da norma, foram realizadas mais quatro reuniões em Miami, Paris, Kuala Lumpur e México, sendo esta última na semana de 31 de maio a 02 de junho de 2016. Sessenta e cinco experts de trinta e três países participaram desta reunião.

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O Programa de Compliance e o Pão Levain

Por Alexandre Serpa

Olá,

Quero falar hoje com você sobre a implementação de um programa de compliance efetivo e ao pensar no tópico me veio à mente as similaridades com o processo de produção de um pão levain

Um pão levain requer bastante dedicação e se inicia com a produção de um fermento natural, que pode levar algumas semanas, passando pela efetiva mistura dos ingredientes, inclui o processo de descanso, ou fermentação, da massa e somente então essa bela massa, madura e saborosa, vai ao forno para ser assada com precisão e, ao final, temos um pão sem igual em sabor, textura, beleza e aroma. 

Todos os passos entre a produção do levain até a retirada do pão assado do forno terão sua total atenção, para que nada atrapalhe o resultado final. Você precisará de muitas tentativas para chegar ao pão levain perfeito. Terá que estudar muito sobre a fermentação, temperatura ambiente, umidade, temperatura do forno, forma de sovar a massa, qualidade dos ingredientes.Irá repetir e repetir o pr

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Corrupção: A lógica da confusão

R$ 200 bilhões! Esse é o número da Organização das Nações Unidas que nos dá conta (de modo aproximado, talvez subestimado) do prejuízo que sofremos, anualmente, no Brasil, com a grande corrupção. Trata-se de um assalto gigantesco aos cofres públicos viabilizado por poderosas relações de compadrio entre agentes públicos e empresários que fazem de tudo para obter do Estado, de forma ilegal, secreta e imoral, os mais variados favores e privilégios.

Nessa cena, nada importa além do dinheiro, de modo que, se um empresário estiver disposto a pagar para ganhar um contrato governamental e um agente público se dispuser a vendê-lo, será feito o negócio, bastando apenas acordarem o preço para que ambos sejam igualmente beneficiados (utilidade recíproca). Portanto, esse agente fará do seu ofício um negócio como outro qualquer, cuja renda ele deseja maximizar. Aqui não há lugar para quaisquer motivações não econômicas, como a amizade, a não ser que esta seja o meio para se obter o dinheiro, caso em

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Compliance, Vantagem Competitiva

Por Debora Lins Cattoni

Sem dúvida, o Brasil vem realizando avanços históricos em direção à quebra do paradigma do famoso “jeitinho brasileiro” e do fim da tolerância com a tão impregnada mania de “levar vantagem em tudo”, presentes no dia-a-dia.

A mudança no comportamento da justiça, que tem se tornado mais rigorosa e eficiente, aponta de forma irreversível, embora mais lenta do que gostaríamos, para o fim da impunidade. Mais recentemente, a condução das investigações e julgamentos da operação “Lava Jato” confirma que é possível haver muito mais agilidade e rigor nos julgamentos, principalmente dos casos de corrupção, improbidade administrativa e enriquecimento ilícito as custas do erário público.

Essa evolução, por enquanto, acontece bem mais por imposição da nova realidade do mundo globalizado, em que a transparência e o cumprimento das leis, normas, regras e acordos se afirmam como valores universais, do que a uma efetiva mudança cultural, a qual acontece de forma lenta e gradual.

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Como detonar seu programa de Compliance

Por Maria Maximina Borba Cartaxo

Existem várias formas…

No entanto, eu vou abordar nesta oportunidade duas formas, que tem estado bem presentes no meu pensamento ultimamente.

A primeira é (pasmem) linguagem. Simples, e absolutamente detonadora.

Quem escreve as Políticas da sua companhia? Você Compliance Officer? Ou o Jurídico, depois o RH, depois Segurança da Informação… aí ainda passa pelo departamento de documentos institucionais? Que linguagem é usada? Legalês e tecnicismos?

Bingo!

Você vai detonar o seu programa de Compliance de início. Porque? Simplesmente, sua função (Compliance) já é vista como “burocrática”, e se você criar e implementar um monte de regras incompreensíveis à maioria (e inúteis para muitos), seu programa poderá se transformar num dos temíveis “Programas de Fachada” ou “de Papel”. Muito bonito, mas ineficiente e inaplicável, se não incompreensível para a maioria dos seus colaboradores.

Seu Código de Ética tem que ser objetivo, direto e efetivamente versar sobre

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