O fato de os maiores tributos incidirem sobre o assalariado e os consumidores, que respondem pela maior carga tributária de seu país, é outra reclamação do megainvestidor americano. Em suas afirmações, Warren Buffett chama atenção para o fato de que “enquanto a maioria dos americanos luta para fechar as contas do mês, nós, megarricos, continuamos com extraordinárias isenções fiscais. Esta e outras bençãos nos são concedidas por parlamentares em Washington que se sentem na obrigação de nos proteger, como se fôssemos uma espécie em extinção. É bom ter amigos em cargos elevados”.
O multimilionário ainda cita a discrepância entre a sua carga fiscal, em torno de 17%, e a de seus funcionários, algo entre 33% e 41%. E diz que os megarricos pagam 15% de IR (Imposto de Renda) sobre a maior parte dos seus ganhos, mas não pagam quase nada de contribuição previdenciária. Ele ainda avisa que os americanos estão perdendo a fé na capacidade do Congresso de lidar com os problemas fiscais.
Voltando aqui para o Brasil, a carga tributária também pesa mais sobre os trabalhadores e alivia os mais abastados. Em suas palestras para divulgar o estudo do Sindifisco, o presidente Pedro Delarue sempre discorre sobre medidas para dar o devido peso à tributação direta no sistema e alcançar maior justiça tributária, como a desoneração do imposto de renda pessoa física sobre os rendimentos do trabalhador assalariado de baixo e médio poder aquisitivo com aumento da faixa de isenção e criação de outras possibilidades de dedução de despesas, e a implementação do imposto sobre grandes fortunas.
Outras medidas propostas pelo estudo do Sindifisco Nacional são o fim da isenção na distribuição de lucros e dividendos das pessoas físicas e nas remessas de lucros ao exterior e a desoneração da tributação sobre o consumo.
Fonte: SINDIFISCO Nacional em http://www.sindifisconacional.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=14077:Justi%C3%A7afiscal&catid=248:estudos-tecnicos&Itemid=423&lang=pt
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