Uma pesquisa com 9 mil empregados em proteção de dados que integram a Associação Nacional dos Profissionais de Privacidade de Dados apontou para a relevância que já tomou a terceirização desse tipo de atividade nas empresas brasileiras. 

Segundo o Panorama da Conscientização Nacional sobre LGPD, divulgado nesta sexta, 26/3, durante congresso da ANPPD, pelo menos 28,4% dos profissionais da área atuam no modelo de ‘DPO como serviço’, sendo 24,8% atuando como encarregado de dados para um ou mais controladores e 3,6% para um ou mais operadores. 

Esse movimento parece estar diretamente relacionado à própria carência de profissionais qualificados no tema da proteção de dados. E como mostrou o diretor do comitê cientifico da ANPPD, Luiz Lima, é corroborado pelo grande número de empresas que ainda não conta com um encarregado de dados. 

“Ainda temos uma fatia de 31,4% das empresas que não tem DPO nomeado. E não têm porque ainda não existe profissional suficiente para todo mundo. O Brasil é enorme e não é simples preparar essa capacidade”, afirmou ao apresentar a pesquisa. 

Conforme os dados, as empresas estão buscando nomes para atuarem como DPOs nas suas próprias áreas de TI (30,6%), com a terceirização (DPO como serviço) em 25,2% delas. Em seguida, os nomes vêm das áreas de governança, risco e compliance (23%), ou do jurídico (18,3%). 

O levantamento indica que, até aqui, o medo das multas (39,2%) e as exigências externas (32,5%) são os principais motivos que levam as empresas a agir com relação à LGPD. A preocupação com os clientes aparece em terceiro lugar (15,4%), seguida do interesse em diferencial competitivo (12,6%). 

Além disso, a sucessão de denúncias de vazamentos parece ser responsável pelo assunto LGPD ser especialmente relevante para as áreas de segurança. “Os casos estão pipocando e onde bate primeiro é na segurança da informação, que é a área onde o assunto LGPD é mais falado (38%), seguido por jurídico (20,1%), alta administração (17,2%), compliance (16,5%), TI (8,2%)”, disse Lima. 

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