Ao menos 60 empresas, incluindo Carrefour, Riachuelo e Braspress, reunidas no Instituto Unidos Brasil (IUB), vão entregar três propostas para serem votadas pelo Congresso antes das eleições. O objetivo, segundo empresários, é melhorar o ambiente de negócios.

A primeira tem o objetivo declarado de desconcentrar agências reguladoras; a segunda defende a desoneração da folha de salários de forma permanente, bancada pela criação de um tributo similar à CPMF; e a terceira quer acabar com o que os empresários chamam de “ativismo judicial”, dando respaldo às Medidas Provisórias (MPs) que englobam temas de liberdade econômica.

A ideia é apresentar as Propostas de Emenda à Constituição (PECs) na próxima terça-feira (12) em Brasília. “A gente tem de criar protagonismo, fortalecer e apressar tudo o que puder este ano. Não podemos parar o Brasil por causa das eleições”, afirmou o presidente do IUB, Nabil Sahyoun, ao Estadão/Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado).

Agências reguladoras

A primeira PEC foi batizada de “peso e contrapeso” e tem a intenção de descentralizar a atuação de agências reguladoras (como o Banco Central), que normatizam, supervisionam e fiscalizam diferentes setores de atividade.

Na segunda-feira (4), o presidente Jair Bolsonaro (PL) enviou 27 mensagens ao Congresso com indicações e trocas nesses órgãos. O documento do IUB diz que, ao evitar a concentração de poder de autarquias, o processo tenderia a se tornar menos burocrático e mais transparente.

Segundo a proposta, as agências reguladoras ficariam responsáveis apenas pela fiscalização e seriam criados conselhos nos ministérios, com participação do Executivo (com menor peso), de consumidores e de empresários do setor.

Nova CPMF

Já a proposta da PEC da desoneração da folha trata do fim dos impostos sobre salários. Os empresários propõem a criação da Contribuição sobre Movimentação ou Transmissão de Valores e de Créditos e Direitos de Natureza Financeira.

Para tentar afastar uma comparação com a antiga CPMF, eles sugerem que a alíquota seja definida por meio de lei complementar. A equipe técnica aponta que uma taxa próxima de 0,1% sobre as operações seria adequada (a CPMF era de 0,38%).

‘Ativismo judicial’

A terceira proposta é a PEC da liberdade econômica. A ideia é colocar na Constituição uma estrutura que daria respaldo a MPs já em vigor, mas que vêm sofrendo questionamentos jurídicos. A mudança na Constituição protegeria, por exemplo, a MP da Liberdade Econômica e a MP 1.040, que trata do ambiente de negócios.

https://www.infomoney.com.br/minhas-financas/60-empresas-apresentam-proposta-para-recriar-cpmf/

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