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Empresa deve prever restrições a planejamento

Mary Elbe Queiroz

O permanente planejamento nos negócios é vital para as empresas não só sobreviverem no mercado competitivo, mas também para se fortalecerem. Uma das principais formas de exercitar o planejamento é buscar a redução dos custos operacionais, sendo um dos mais relevantes deles o custo fiscal.

Neste sentido, a elaboração de um planejamento tributário consiste em práticas não vedadas ou proibidas por lei, mas que buscam brechas na legislação, ou adotam caminhos lícitos ou permitidos em lei para a economia em tributos.

Não se enquadra, assim, no conceito de planejamento, qualquer procedimento ilícito, o que adentraria o campo da evasão e da sonegação. Além de lesarem o Erário, tais práticas afetariam na concorrência entre as empresas e resultariam em injustiça fiscal em relação àqueles que cumprem regularmente suas obrigações tributárias.

Nos últimos anos, contudo, os planejamentos tributários, mesmo quando lícitos e legais, foram colocados em xeque e sob a mira das fiscalizações, tendo passado a ser desconsiderados com base em deduções subjetivas, sob alegação de que teriam provocado redução de tributos. Em consequência, foram realizadas autuações para cobrar, além dos tributos, pesadas multas (75% ou 150%, podendo chegar até a 225%), com o agravante de que ainda são feitas representações fiscais para fins penais, que são enviadas para o Ministério Público após o encerramento do processo administrativo em que é mantida a autuação.

Tudo restará ainda mais agravado, pois, com o objetivo de “passar um pente fino” e “fechar o cerco” sobre as operações dos grandes contribuintes, a Receita Federal criou um corpo técnico altamente especializado para compor as Delegacias Especiais de Maiores Contribuintes (DEMAC).

São exemplos destas operações em “lista negra”, que receberão atenção especial: a) Ágio e contratos tidos como sobrevalorizados, em que o valor pago ultrapassa o preço de mercado; b) Incorporação às avessas; c) Dedução de despesas de juros de empréstimos entre empresas do mesmo grupo, coligadas, controladas etc.; d) Realização de empréstimos ao invés de aumento de capital; e) Operações “casa e separa” – aquisição de ações e venda imediata; f) Compensação de créditos e prejuízos fiscais; g) Falta de causa e/ou propósito negocial; h) Operações separadas que a fiscalização visualiza em conjunto como etapas de um planejamento tributário; i) Responsabilização e redirecionamento da ação fiscal para as pessoas físicas dos sócios e/ou administradores.

Isso além de qualquer operação em que se verifique: a) falta de motivo extratributário; b) operações em sequência; c) operações realizadas e desfeitas em tempo curto; d) sociedade não operada por todos os sócios; e) atos anormais de gestão; f) indicativos de não corresponderem à realidade fática e g) despesas indedutíveis de acordo com a interpretação subjetiva do caso.

A nova orientação da Receita tem conseguido a concordância do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais do Ministério da Fazenda (ex-Conselho de Contribuintes), que já há algum tempo vem alterando a sua jurisprudência para manter as autuações sobre atos e negócios das empresas, admitindo como cabível a desconsideração de operações lícitas, apenas para fins fiscais, desde que não exista propósito negocial e tudo tenha sido praticado em tempo exíguo, não importando se se trata ou não de planejamento que tenha observado as normas legais, bastando que haja a interpretação de que resultaram em redução de tributos.

Essa nova interpretação poderá ser questionada, pois a autorização para desconsideração de operações por falta de propósito negocial ou abuso de forma foi rechaçada pelo Congresso Nacional quando da votação da Medida Provisória 66/2002 e sua conversão na Lei 10.637/2002. Ficou clara, assim, a rejeição do parlamento à pretensão da regulamentação o artigo 116 do Código Tributário Nacional e à adoção de tais critérios no Brasil. Só que a não regulamentação produziu o efeito contrário, as regras passaram a ser aplicadas sem base legal e apenas com fundamento em interpretações subjetivas.

É importante, por conseguinte, que os empresários estejam alertas, pois a responsabilidade por irregularidades fiscais poderá alcançar também os sócios, administradores e dirigentes da pessoa jurídica. Assim, os gestores das empresas precisam estar preparados para examinar quaisquer operações de modo a prevenir posteriores consequências, sejam societárias e fiscais, sejam do ponto de vista da responsabilidade dos administradores e da empresa perante o mercado.

Diante da necessidade de se reorganizar e ao mesmo tempo se prevenir, a melhor estratégia é aquela que adote caminhos seguros, dentro do marco legal e que evite futuros ônus financeiros e/ou fiscais, bem como preserve a imagem da empresa no mercado. Para tanto, é importante que se faça o diagnóstico preciso para identificar a melhor alternativa aplicável à realidade específica de cada empresa, uma vez que é impossível se aplicar qualquer “fórmula de bolo” pronta para a generalidade dos casos.

É importante que as medidas preventivas sejam acompanhadas e adotadas desde o início da concepção das operações e realização de negócios para que o caminho a ser trilhado já observe todas as alternativas possíveis e evitar que, posteriormente, sejam passíveis de desconsideração ou interpretadas como sendo para fins meramente de redução do pagamento de tributos.

Com o objetivo de dar maiores subsídios aos gestores empresariais, o Centro de Estudos Avançados de Direito Tributários e Finanças Públicas do Brasil (CEAT), o IOB e a PricewaterhouseCoopers estão realizando Encontro Tributário com a pretensão de possibilitar o estudo no sentido de que as reorganizações empresarias estejam cercadas de maior segurança, mediante o exame das regras legais, da jurisprudência em constante mutação e de casos práticos, a fim de que sejam afastados procedimentos temerários e evitadas descaracterizações das operações e autuações e, paralelamente, a empresa não desperdice oportunidades de negócios.


http://www.conjur.com.br/2010-mai-18/novos-limites-fisco-planejamento-tributario-contestados

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1) revisão do conceito de procedimento fiscal 2) definição de critérios e parâmetros para sistemas nacionais mínimos para acesso a EFD e ECD 3) simplificação de obrigações e procedimentos tributários, sobrando apenas EFD, ECD, NF-e, CT-e, registro de trânsito e conta corrente fiscal. 4) aperfeiçoamento do controle de trânsito de mercadorias 5) aprimoramento do sistema de controle de produção de bebidas, combustíveis e demais líquidos 6) aperfeiçoamento da fiscalização digital dos contribuintes do Simples Nacional e do MEI 21/05/2010 - 17h10 As administrações tributárias da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos municípios definiram, nesta semana, os desafios conjuntos para o próximo ano, no intuito de melhorar a arrecadação de impostos e a eficácia da fiscalização tributária. Os desafios foram identificados durante o VI Encontro Nacional de Administradores Tributários (Enat), realizado de 17 a 19 de maio, no Rio de Janeiro. A Secretaria de Fazenda de Mato Grosso (Sefaz) foi representada no evento pelo secretário-adjunto da Receita Pública, Marcel Souza de Cursi. Segundo ele, uma das metas é a revisão do conceito de procedimento fiscal. “Isso porque, atualmente, os cruzamentos eletrônicos de dados e malhas parametrizadas já superam em volume e resultado a fiscalização tradicional”, afirma. Outro desafio é a definição de critérios e parâmetros que permitam desenvolver sistemas nacionais mínimos de controle e consistência da grande massa de dados da Escrituração Fiscal Digital e Escrituração Contábil Digital, cujo potencial pode deixar ser aproveitado, caso não haja uma reformulação e forte automação dos serviços internos dos Fiscos. Por outro lado, foi estipulada a simplificação de obrigações e procedimentos tributários, de modo que as únicas obrigações sejam a Escrituração Fiscal Digital, Escrituração Contábil Digital, Nota Fiscal Eletrônica, Conhecimento de Transporte Eletrônico, registro de trânsito e conta corrente fiscal. Também foi definido como meta o aperfeiçoamento do controle de trânsito de mercadorias, com a implantação de um registro nacional de trânsito; e aprimoramento do controle de exportação e do compartilhamento de dados entre União e estados para fiscalização digital. Outra meta é o aprimoramento do sistema de controle de produção de bebidas, combustíveis e demais líquidos, por meio de aplicativo da Casa da Moeda do Brasil, a ser instalado sem custo para o contribuinte, que poderá deduzir gastos de tributos federais. Os administradores tributários também identificaram como desafio o aperfeiçoamento da fiscalização digital dos contribuintes enquadrados no regime do Simples Nacional (Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte) e do Microempreendedor Individual (MEI). Da Sefaz de Mato Grosso, participaram também do evento o assessor de Política de Tributação, Jorge Luis da Silva, o assessor de Relações Federativas Fiscais, Fábio Pimenta e o agente de tributos estaduais Cesar Henrique Ruivo Gatti. Realizado anualmente pela Receita Federal, o Enat reúne representantes das administrações tributárias da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios para a discussão e definição de políticas e instrumentos de relacionamentos, objetivando a atuação de forma integrada para melhorar a arrecadação de impostos e a eficácia da fiscalização tributária. http://www.odocumento.com.br/materia.php?id=333240
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[Leitor] “Fiz todo o procedimento para a ECD paguei a taxa da Jucemg e estou aguardando a resposta deles para o registro. A minha duvida é a seguinte: se o registro não ficar pronto ate 30/06 isso quer dizer que a ECD não foi entregue? “ Resposta Livro Digital para a Receita Federal do Brasil (RFB) A Instrução Normativa RFB nº 787, de 19 de novembro de 2007, define uma obrigação acessória fiscal e previdenciária: “Art. 1º Fica instituída a Escrituração Contábil Digital (ECD), para fins fiscais e previdenciários, de acordo com o disposto nesta Instrução Normativa. Parágrafo único. A ECD deverá ser transmitida, pelas pessoas jurídicas a ela obrigadas, ao Sistema Público de Escrituração Digital (Sped), instituído pelo Decreto nº 6.022, de 22 de janeiro de 2007, e será considerada válida após a confirmação de recebimento do arquivo que a contém e, quando for o caso, após a autenticação pelos órgãos de registro. (…) Art. 5º A ECD será transmitida anualmente ao Sped até o último dia útil do mês de junho do ano seguinte ao ano-calendário a que se refira a escrituração. (…) Art. 10. A não apresentação da ECD no prazo fixado no art. 5º acarretará a aplicação de multa no valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) por mês-calendário ou fração. ” Livro Digital para o DNRC A Instrução Normativa Nº 107 do Departamento Nacional de Registro do Comércio – DNRC, de 23 de Maio de 2008, dispõe sobre procedimentos para a validade e eficácia dos instrumentos de escrituração dos empresários, sociedades empresárias, leiloeiros e tradutores públicos e intérpretes comerciais. Ela define os instrumentos de escrituração dos empresários e das sociedades empresárias. “Art. 1º Os procedimentos para validade e eficácia dos instrumentos de escrituração dos empresários e das sociedades empresárias ficam disciplinados pelo disposto nesta Instrução Normativa, sem prejuízo da legislação específica aplicável à matéria. (…) Art. 2º São instrumentos de escrituração dos empresários e das sociedades empresárias: I – livros, em papel; II – conjunto de fichas avulsas (art.1.180 – CC/2002); III – conjunto de fichas ou folhas contínuas (art.1.180 – CC/2002); IV – livros em microfichas geradas através de microfilmagem de saída direta do computador (COM); V – livros digitais.” Assim, o DNRC admite escrituração em papel, microficha ou digital. Ainda detalha, através da IN107, os procedimentos específicos para as 3 formas de autenticação. Conclusão Uma empresa cumpre a obrigação acessória fiscal e previdenciária ao transmitir os arquivos da ECD para RFB. Como garantia do cumprimento, a autoridade fiscal fornece um “Recibo de Transmissão”. Veja um caso real em: http://www.robertodiasduarte.com.br/files/ReciboTransmissao_v2 2008.pdf Por esse motivo, algumas empresas conseguiram enviar a ECD à RFB, autenticar livros em papel na Junta Comercial e ficar em dia com ambas obrigações. Ou seja, ECD é um instrumento para a RFB, que pode (ou não) ser utilizado para registro de livros na Junta. Para visualizar um caso real de “Termo de Autenticação”, acesse: http://www.robertodiasduarte.com.br/files/TermodeAutenticacao%202008.pdf By Roberto Dias Duarte | maio 21, 2010 http://www.robertodiasduarte.com.br/sped-ecd-obrigacao-para-com-a-rfb-x-obrigacao-para-com-a-junta-comercial/
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1) Entenda o que é e para que serve a reforma tributária. Conheça, em primeira mão, a cartilha que explica, de forma ilustrada, o que é e para que serve a chamada reforma tributária, que está em discussão no Congresso Nacional, para simplificar e melhorar o sistema de impostos, taxas e contribuições do país. A cartilha foi elaborada pelo movimento Brasil Eficiente, que defende maior transparência na cobrança de impostos e redução da carga tributária do país, será lançada no dia 27 de maio em São Paulo. No mesmo evento, será criado oficialmente o movimento Brasil Eficiente, que tem o apoio de diversas entidades da sociedade civil, entre elas a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e Federação do do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio).

2) O movimento Brasil Eficiente, que será lançado oficialmente no próximo dia 27, em São Paulo, preparou dois estudos aprofundados para fundamentar sua missão de atuar em defesa da redução da carga tributária do país e de uma maior transparência no pagamento de impostos pela população e pelas empresas. O primeiro, preparado pelo economista Raul Velloso, especialista em contas públicas, dá um mergulho na situação das finanças dos governos (federal, estaduais e municipais). O segundo, elaborado pelo economista Paulo Rabello de Castro, colunista de ÉPOCA, oferece uma proposta de reforma tributária para destravar o crescimento do país e a produção. Leia aqui, com exclusividade um sumário dos dois estudos, oferecido com exclusividade por ÉPOCA.

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Por que tudo é tão caro no Brasil?

...uma questão simples, que afeta nosso bolso: por que tudo custa tão caro no Brasil? Nossos jornalistas comparam os preços de 17 produtos em 13 países. Escolheram artigos globais idênticos: um iPod, um automóvel Corolla, uma caixa de aspirina, uma caneta Bic, 1 litro de gasolina, uma lata de Coca-Cola, e assim por diante. Em apenas quatro produtos o preço brasileiro ficou abaixo da média global. Na maioria dos casos, o Brasil é o primeiro ou segundo país mais caro.

Essa incômoda realidade é resultado de vários fatores, mas um se destaca: o peso de nossos impostos. O pior: os pobres pagam, proporcionalmente, mais imposto que os ricos. “Sem reduzir impostos, é impossível trazer para o mercado de consumo a grande massa da população brasileira”, diz o repórter especial José Fucs, autor da reportagem abaixo:

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Carta do diretor de redação Helio Gurovitz
http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI142138-15217,00-UMA+EDICAO+QUE+PODERIA+TER+DUAS+CAPAS.html

Como em qualquer situação complexa, há vários motivos. Mas os três principais são: impostos, impostos e mais impostos

José Fucs. Com Thiago Cid


O publicitário Eduardo Lopes, de 27 anos, trabalhou duro para realizar um de seus sonhos de consumo: comprar um Corolla 2.0, automático, zero-quilômetro, de R$ 75 mil. Há um mês, ele trocou seu Fiat Idea, comprado em 2008, pelo sedã da Toyota, o carro mais vendido no mundo, em uma concessionária de Goiânia, onde mora. Deu de entrada seu Idea, avaliado em R$ 32 mil, e pagou R$ 43 mil à vista. Para comprar um carro que custa 15 vezes sua renda média mensal, de R$ 5 mil, Lopes usou uma poupança de R$ 25 mil, formada durante dois anos à base de economias e alguns trabalhos extras. “Eu poderia partir para um carro popular, que é bem mais barato, mas gosto de conforto e acho que mereço”, diz.

Em comparação com o preço cobrado pelo Corolla em outros países, Lopes pagou uma pequena fortuna. De 13 países pesquisados por ÉPOCA, o Brasil é onde ele custa mais caro (leia o quadro abaixo). Nos Estados Unidos, ele é vendido por R$ 32.800 (US$ 19 mil), menos da metade do preço daqui. Na China, por R$ 37.100. No México, por R$ 37.200. Na Alemanha, por R$ 50.700. O preço médio dos 13 países é de R$ 45.800, 60% do preço nacional. A diferença, de quase R$ 30 mil, poderia ter servido para Lopes fazer uma série de outros gastos – ou poupar mais.

O caso de Lopes e seu Corolla não é isolado. ÉPOCA pesquisou os preços de outros 16 produtos lá fora. Em 12 deles, os preços brasileiros ficaram acima da média internacional. Um litro de gasolina custa em torno de R$ 2,70 aqui, em comparação a uma média no exterior de R$ 2,25 – 17% a menos. Uma geladeira de 320 litros custa cerca de R$ 1.600; lá fora, a média é de R$ 941. Os únicos produtos em que os preços no Brasil são menores que a média internacional são uma caneta Bic tradicional, uma lata de Coca-Cola, um livro e um maço de Marlboro (o cigarro, sobretaxado nos países desenvolvidos por causa dos prejuízos à saúde, custa aqui 30% menos que no exterior).

Isso explica a volúpia com que os turistas brasileiros vão às compras quando viajam para o exterior. Segundo dados da Secretaria de Turismo dos Estados Unidos, os turistas que mais gastaram dinheiro no país em 2009 foram os brasileiros – US$ 4.800 per capita. Ficaram à frente de australianos e japoneses, conhecidos como os maiores gastadores do mundo. De acordo com o empresário gaúcho Henri Chazan, de 40 anos, presidente do Instituto da Liberdade, uma entidade voltada para a defesa da livre-iniciativa e dos direitos individuais, é possível pagar a passagem, de cerca de US$ 1.000 (R$ 1.800) só com a diferença entre os preços nos Estados Unidos e no Brasil. Chazan calcula que quem comprar seis camisas da griffe Tommy Hilfiger, quatro calças de sarja e dois tênis recém-lançados no mercado consegue tirar a passagem praticamente de graça. Lá, segundo ele, as camisas custam R$ 45 (US$ 25) num outlet perto de Miami. Aqui, R$ 150. As calças saem por R$ 55 (US$ 30) lá e por R$ 150 aqui. Os dois tênis custam R$ 300 lá e R$ 1.000 aqui. Some tudo: R$ 1.700 a menos. Chazan diz que recentemente ele e sua mulher compraram um carrinho de bebê Peg-Pérego Pliko P3 em Miami por R$ 410 (US$ 229). No Brasil, ele custa R$ 1.100, quase o triplo. “Como sou pobre, só compro nos Estados Unidos”, brinca. “Não é consumismo. É que lá é mais barato e o produto é melhor.”


22/05/2010 - 02:30 - Atualizado em 23/05/2010 - 17:47

http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/1,,EMI142111-15259,00.html
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Aproveitando a oportunidade criada pelas eleições presidenciais, um grupo de empresários está se organizando para ampliar a discussão sobre o tamanho e a qualidade dos gastos públicos no Brasil. O chamado Movimento Brasil Eficiente defende que o governo federal aplique melhor os recursos que arrecada, de forma que suas despesas cresçam em menor velocidade do que a economia do país. Dessa maneira, seria possível reduzir a carga tributária nacional em um ponto percentual ao ano, até que chegasse a 30% do PIB (Produto Interno Bruto) em 2020 -no momento, está em aproximadamente 34%. "O Brasil não consegue avançar a um ritmo de 6% ao ano [como os economistas preveem que cresça daqui para a frente] se não resolver essa questão", afirma Carlos Schneider, presidente da metalúrgica catarinense Ciser e líder do grupo. Segundo ele, a iniciativa já tem o apoio de grandes representantes do setor privado, como a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), a CNI (Confederação Nacional da Indústria), a Febraban (Federação Brasileira de Bancos) e associações do comércio varejista. O próximo passo é obter o apoio de organizações da sociedade civil. Na opinião de Schneider, outras ações lideradas por empresários não conseguiram atingir seus objetivos porque falharam em envolver a sociedade. Por isso, o Movimento Brasil Eficiente está preparando uma grande campanha a fim de conseguir a aprovação popular à causa. INTERESSES Uma pesquisa encomendada pelo grupo à consultoria MCI mostra que os interesses por trás do projeto são comuns a todos os cidadãos do país, diz o líder. No levantamento, realizado entre 27 e 31 de março em todo o território nacional, com 2.000 pessoas, 48% dos entrevistados afirmam que os recursos públicos são mal-administrados. Para 27%, as despesas são exageradas, e outros 23% acham que ocorrem as duas coisas. Para 55%, a reforma trabalhista é a mais importante para o progresso do Brasil, seguida pela mudança dos gastos do governo (apontada por 48% dos entrevistados) em uma pergunta que permitia várias respostas. A proposta do movimento empresarial está sendo elaborada pelos especialistas Raul Velloso e Paulo Rabello de Castro. Após receber sugestões de quem desejar contribuir, recolhidas a partir do seu site na internet, as propostas serão levadas à apreciação dos candidatos à Presidência. http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mercado/me2305201026.htm
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Para onde vão nossos impostos

Parcela dos tributos destinada a aposentadorias, benefícios sociais e educação no Brasil é comparável à do mundo desenvolvido De cada R$ 100 recolhidos em tributos no Brasil, R$ 34,19 pagam aposentadorias e outros benefícios de proteção social, uma proporção típica de países de renda mais alta e maior parcela de idosos na população. Levantamento feito pela Folha nos balanços orçamentários e estimativas de União, Estados e municípios aponta também que a fatia do gasto nacional destinada à educação é comparável à do mundo desenvolvido, enquanto a da saúde fica abaixo do padrão. Os programas classificados internacionalmente como de proteção social compreendem, além das despesas majoritárias com aposentadorias e pensões, o seguro desemprego e os auxílios em dinheiro a idosos, doentes e deficientes -no caso brasileiro, a conta inclui ainda o Bolsa Família, que consome exatos R$ 0,99 de cada R$ 100 em impostos, contribuições e taxas. Desconsideradas eventuais diferenças de metodologia na contagem dos valores, a proporção do gasto do Brasil nessa área é idêntica à média apurada em 26 países membros da Organização para Cooperação eD esenvolvimento Econômico, que reúne a elite global. Não por acaso, a expansão das despesas com seguridade social, ao lado dos encargos da dívida pública, é a principal explicação para a escalada da carga tributária no país nos últimos 15 anos. A carga chegou à casa dos 35% da renda nacional, patamar só encontrado ou superado no mundo rico e em países que viveram experiências socialistas ou socialdemocratas. Estados Unidos e Coreia do Sul destinam menos de 20% de suas receitas à proteção social; no alto do ranking, Alemanha, França, Dinamarca, Suécia, Áustria e Finlândia ostentam percentuais acima dos 40%; Japão, Espanha, Portugal e Reino Unido, como o Brasil, aplicam no setor cerca de um terço do dinheiro público. A diferença é que 22% dos japoneses e 17% dos espanhóis, por exemplo, têm mais de 65 anos, enquanto somente 11% dos brasileiros têm mais de 60. SAÚDE, ENSINO, OBRAS Principal despesa dos Estados e municípios, a educação fica com R$ 13,25 de cada R$ 100 pagos em tributos no país, pouco acima da média de 12,9% da amostra da OCDE. Nesses países ricos, porém, o gasto médio chega a 5,6% do Produto Interno Bruto, contra 4,7% no Brasil. A desvantagem da saúde, com 10,2% da despesa pública e 3,6% do PIB nacional, é mais evidente, ainda que possa haver discrepâncias nos critérios de apuração dos valores. Na OCDE, os percentuais médios são de 15,1% e 6,5%, respectivamente. Com o predomínio da área social e das despesas com pessoal (também nos níveis da OCDE, como a Folha noticiou anteontem), as obras e demais investimentos públicos recebem apenas R$ 7,04 decada R$ 100 em tributos. GUSTAVO PATU DE BRASÍLIA http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mercado/me2305201025.htm
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Pessoal,

Você sabia que o BNDES disponibilizou R$ 300 milhões de reais para o PMAE - PROGRAMA DE MODERNIZAÇÃO DAS ADMINISTRAÇÕES ESTADUAIS?

E, deste número vc sabe quais UFs solicitaram os recursos e qual o valor? e, mais importante, quanto realmente o Governo Federal liberou de recursos?


Informativo BNDES:
O PMAE terá dotação orçamentária de até R$ 300 milhões, montante autorizado pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), para contratar operações no âmbito das regras de contingenciamento de crédito ao setor público.

A nova linha de crédito será apresentada nesta quinta-feira, dia 29, pelo
superintendente da
Área de Inclusão Social do BNDES, Julio Ramundo, na reunião de representantes do
Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), em Natal (RN).

O PMAE visa, numa primeira etapa, à implantação do Sistema Público de Escrituração
Digital (SPED), prioridade estabelecida no Programa de Aceleração do Crescimento
(PAC), e do Cadastro Sincronizado, que permitirá a integração de dados
cadastrais dos fiscos das três esferas de governo. O Cadastro Sincronizado é um
mecanismo que atende a exigências da Lei que instituiu o Estatuto Nacional da
Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte.

Tanto o SPED, que inclui a Nota Fiscal Eletrônica, como o Cadastro Sincronizado têm impacto direto na
melhoria do ambiente de investimento e no aperfeiçoamento do sistema tributário,
pois permitirão a integração de dados cadastrais dos fiscos das três esferas de
governo.

As operações a serem contratadas no PMAE terão valores máximos de financiamento por estado e Distrito Federal, sendo até R$ 15 milhões para
SP,
RJ, MG, SC, RS e BA; até R$ 12 milhões para GO, PE, CE, ES, MT, PA, MS, AM, MA,
RN e DF; e até R$ 7 milhões para PI, RO, RR, AP, AC, TO, PB, AL e SE.

O critério de alocação dos recursos descontingenciados entre os estados foi
estabelecido em conjunto com o Ministério da Fazenda e teve como base a
arrecadação do ICMS e o número de empresas instaladas nas 27 unidades da
federação.



lista dos estados que solicitaram recursos ao BNDES e o valor real desembolsado até a presente data :

ALAGOAS


PMAE BNDES FINEM DIRETO14/04/2009APROVADA 7,000.00
0.00
CONTRIBUIR PARA A CONSOLIDACAO DA IMPLANTACAO DO CADASTRO
SINCRONIZADO NACIONAL E DO SISTEMA PUBLICO DE ESCRITURACAO DIGITAL, ESTE
COMPREENDENDO A NOTA FICAL ELETRONICA, O CONHECIMENTO DE TRANSPORTE ELETRONICO,
A ESCRITURACAO CONTABIL DIGITAL E ESCRITURACAO FISCAL DIGITAL



AMAPA


PMAEBNDES FINEM DIRETO10/03/2009APROVADA0 7,000.0 0.00CONTRIBUIR PARA A CONSOLIDACAO DA IMPLANTACAO DO CADASTRO SINCRONIZADO NACIONAL E DO SISTEMA
PUBLICO DE ESCRITURACAO DIGITRAL SPED , ESTE COMPREENDENDO: A NOTA FISCAL
ELETRONICA (N-FE), A ESCRITURACAO
FISCAL DIGITAL(EFD), A ESCRITURACAO CONTABIL DIGITAL (ECD) E O CONHECIMENTO DE TRANSPORTE ELETRONICO



BAHIA


PMAEBNDES FINEM DIRETO29/03/2010EM ANALISE 9,905.00 0.00 INVESTIMENTOS EM MODERNIZACAO ADMINISTRATIVA.



CEARÁ


PMAEBNDES FINEM DIRETO31/10/2008CONTRATADA 17,768.33 5,254.52 IMPLANTACAO DO SISTEMA PUBLICO DE ESCRITURACAO DIGITAL - SPED E DO CADASTRO SINCRONIZADO.




ESPIRITO SANTO


PMAEBNDES FINEM DIRETO25/09/2009CONTRATADA 11,970.00 0.00 CONTRIBUIR
PARA A CONSOLIDACAO DA IMPLANTACAO DO CADASTRO SINCRONIZADO NACIONAL E DO SISTEMA PUBLICO DE
ESCRITURACAO DIGITAL (SPID), ESTE COMPREENDENDO:A NOTA FISCAL ELETRONICA(NFE, A
ESCRITURACAL FISCAL DIGITAL(EFD), A ESCRITURACAO CONTABIL (ECD) E O CONHECIMENTO
DE TRANSPORTE ELETRONICO (CTE).



GOIÁS


PMAEBNDES FINEM DIRETO24/06/2008APROVADA 12,000.00 0.00 DESENVOLVIMENTO E IMPLANTACAO DO SISTEMA PUBLICO DE ESCRITURACAO DIGITAL - SPED E DO CADASTRO SINCRONIZADO
DO ESTADO DEGOIAS.



MATO GROSSO


PMAE BNDES FINEM DIRETO 14/08/2009 CONTRATADA 12,000.00 3,250.00
CONTRIBUIR PARA A CONSOLIDACAO DA IMPLANTACAO DO CADASTRO SINCRONIZADO NACIONAL E DO SISTEMA
PUBLICO DE ESCRITURACAO DIGITAL(SPED), ESTE COMPREENDENDO: A NOTA FISCAL
ELETRONICA (NFE), O CONHECIMENTO DE TRANSPORTE ELETRONICO (CTE), A ESCRITURACAO
CONTABIL DIGITAL(ECD) E A ESCRITURACAO FISCAL DIGITAL




MATO GROSSO DO SUL


PMAE BNDES FINEM DIRETO 09/06/2008 CONTRATADA 12,030.66 7,903.66 IMPLANTACAO DO SISTEMA PUBLICO DE ESCRITURACAO DIGITAL-SPED E DO CADASTRO SINCRONIZADO.




MARANHÃO


PMAEBNDES FINEM DIRETO30/12/2009CONTRATADA 12,000.00 664.20 CONSOLIDACAO DA IMPLANTACAO DO CADASTRO SINCRONIZADO
NACIONAL; IMPLANTACAO SISTEMA PUBLICO DE ESCRITURACAO DIGITAL (SPED),
COMPREENDENDO: NOTA FISCAL ELETRONICA (NFE), ESCRITURACAO CONTABIL DIGITAL (ECD) E CONHECIMENTO DE TRANSPORTE ELETRONICO (CTE), E
MELHORAMENTO DA GESTAO DA AUDITORIA FISCAL.



MINAS GERAIS


PMAE BNDES FINEM DIRETO09/11/2009EM ANALISE 9 ,225.00 0.00 IMPLEMENTACAO DO PROJETO 'DESCOMPLICAR', VISANDO A REVISAO E SIMPLIFICACAO DE PROCESSOS DE
PRESTACAO DE SERVICOS COM FOCO NA DESBUROCRATIZACAO DE PROCEDIMENTOS PARA
ABERTURA, FUNCIONAMENTO E FECHAMENTO DE EMPRESA


PARAIBA


PMAE BNDES FINEM DIRETO 14/10/2008 CONTRATADA 7,012.01
685.47 CONTRIBUIR PARA A CONSOLIDACAO DA IMPLANTACAO DO CADASTRO SINCRONIZADO NACIONAL E DO SISTEMA PUBLICO DE
ESCRITURACAO DIGITAL, QUE COMPREENDE O SPED CONTABIL, O SPED FISCAL E A NOTA
FISCLA ELETRONICA.



RIO GRANDE DO NORTE


PMAE BNDES FINEM DIRETO 11/03/2010 EM ANALISE 12,000.00
0.00 MODERNIZACAO DA ADMINISTRACAO TRIBUTARIA ESTADUAL, ATRAVES DA IMPLANTACAO DE NOVAS FERRAMENTAS DE TECNOLOGIA
DA INFORMACAO E IMPLEMENTACAO DE MELHORIAS, TAIS COMO SPED - SISTEMA PUBLICO DE
ESCRITURACAO DIGITAL, NOTA FISCAL ELETRONICA E CADASTRO SINCRONIZADO



RORAIMA


PMAE BNDES FINEM DIRETO 03/12/2007 PERSPECTIVA 6,498.00
0.00 MODERNIZAR A ADMINISTRACAO TRIBUTARIA ESTADUAL, ATRAVES DA AMPLIACAO DA SEDE DA SECRETARIA DA FAZENDA,
REDESENHO DOS PROCESSOS TRIBUTARIOS ADM., IMPLEMENTACAO DE NOVO SISTEMA DE
ADMINISTRACAO TRIBUTARIA PARA INTEGRACAO COM OS SISTEMAS
NACIONAIS (SPED, CADASTRO E CONHEC. DE TRANSP. ELETRONICOS).



SERGIPE


PMAE BNDES FINEM DIRETO 05/04/2010 EM ANALISE 7,000.00
0.00 FORTALECER A INFRAESTRUTURA DE TECNOLOGIA E REDESENHAR O PROCESSO DE FISCALIZACAO TRIBUTARIA



RIO GRANDE DO SUL


PMAE BNDES FINEM DIRETO 10/02/2009 APROVADA 15,000.00 0.00
C
ONTRIBUIR PARA A CONSOLIDACAO DA IMPLANTACAO DO CADASTRO SINCRONIZADO NACIONAL E DO SISTEMA
PUBLICO DE ESCRITURACAO DIGITAL (SPED), ESTE COMPREENDENDO : NOTA FISCAL
ELETRONICA (NF-E), ESCRITURACAO FISCAL DIGITAL (EFD), ESCRITURACAO CONTABIL
DIGITAL (EFD) E O CONHECIMENTO DE TRANSPORTE ELETRONICO



SÃO PAULO


PMAE BNDES FINEM DIRETO 14/05/2009 CONTRATADA 15,004.74
1,643.10 IMPLANTAǦO DO SPED - SISTEMA PUBLICO DE ESCRITURAǦO DIGITAL.



SANTA CATARINA


PMAE BNDES FINEM DIRETO 11/09/2009 CONTRATADA 15,000.00 6,920.73 CONTRIBUI PARA A CONSOLIDACAO EDA IMPLANTACAO DO CADASTRO SINCRONIZADO NACIONAL E DO SISTEMA
PUBLICO DE ESCRITURACAO DIGITAL, ESTE COMPREENDENDO NF-E, CT-E, ECD E EFD POR
EMIO DE INVESTIMENTOS EM TECNOLOGIA DA INFORMACAO, CAPAC. DE RH E DESENVOLVIM,
EESTRUTURACAO E IMPLANT. APLICATIVOS E SISTEMAS.




Observações:

O valor da operação está expresso em milhares de reais e corresponde ao valor
total contratado, atualizado monetariamente pela variação da moeda contratual
até a data da consulta.

O valor desembolsado está expresso em milhares de reais e corresponde aos
montantes já liberados, atualizado monetariamente pela variação da moeda
contratual até a data da consulta.

Para operações em que a unidade monetária contratada for R$ (real), os valores
apresentados não estão atualizados monetariamente.

A presente consulta somente apresenta informações das operações realizadas a
partir de 30/06/1994.

Fonte: http://www.bndes.gov.br/SiteBNDES/bndes/bndes_pt/Institucional/BNDE...municipio


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Regulamentada em 2001 pela Medida Provisória 2.200, a Assi­natura Digital Certificada ainda não foi adotada por boa parte das empresas brasileiras. Neste ano, contu­do, a Instrução Normativa 995 da Receita Federal, que obriga a assinatura digital nas declarações de empre­sas tributadas por lucro real, presumido ou arbitrado, pode dar um impulso para fora desse ciclo – poucos usam porque há poucas aplicações e vice-versa.

“Até meados deste ano, pelo menos 1,4 milhão de certificados estarão nas mãos de empresários, con­tabilistas e executivos. É um público interessado em facilidade e eficiência. Além das obrigações tributá­rias, as operações financeiras fazem parte do dia-a-dia desses profissionais. À medida que o certificado é compulsório, pela Receita, o retorno melhora se for usado para financiamentos, contratos e outras atividades que envolvem circulação de papel”, argu­menta Igor Rocha, presidente de negócios de Iden­tidade Digital da Serasa Experian.

Para Sandra Turchi, superintendente de marketing da ACSP (Associação Comercial de São Paulo), o questionamento das empresas é legítimo. “Há um questionamento inicial legítimo: é obri­gatório, é um custo novo e quem ganha imediata­mente é o Governo. Mas a obrigatoriedade é um caminho que dá escala e acelera a migração (da autenticação manual à ele­trônica). Há um ‘custo cego’ com burocracia e temos agora uma boa oportunidade de criar e disseminar processos novos, apoiados na tecnologia”, pondera.

Junto às INs referentes às declarações, há ainda a evolução do Sped (Sistema Público de Escrituração Digital) que, no início do trimestre, estendeu a obriga­toriedade da NFe (Nota Fiscal Eletrônica) a mais cerca de 250 mil empresas. Igor Rocha explica que, embo­ra sejam tecnicamente iguais, na prática o certificado que assina as NFes tem aplicação diferente do eCPF e o eCNPJ, usados de forma mais pessoal e genérica. No caso da nota, geralmente se usa o Certificado de Pes­soa Jurídica, cujo titular tem procuração para uma fun­ção específica. Normalmente o certificado que assina as notas fica em uma máquina, que pode ser, inclusive, de um provedor terceirizado.

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Homolognet: nova malha fiscal para as empresas

O governo pretende colocar no ar a partir de julho de 2010, o sistema Homolognet que tem por objetivo realizar a conferência dos cálculos da rescisão de trabalho e a elaboração do Termo de Rescisão do Contrato de Trabalho (TRCT) de acordo com a legislação trabalhista, através de um software em ambiente web/internet que ficará residente no sítio do MTE (Ministério do Trabalho e Emprego). Porém, há ainda várias deficiências no âmbito da informatização por parte do Governo para execução do projeto. Para que o sistema de Homolognet possa ser implantado efetivamente, é necessária uma melhor automatização no acesso à internet. O sistema virtual usado atualmente por esse órgão é escasso frente a um projeto que tem por objetivo facilitar a rescisão do trabalho. Sendo assim, o Homologmet deve ser adequado às realidades tecnológicas e operacionais das empresas em geral. Além disso, o Governo desprezou normas específicas setoriais e sindicais que envolvem a rescisão de um contrato de trabalho, utilizando uma abordagem macro, tendo como referência apenas o regime da CLT. Mais uma vez, uma evolução de malha fiscal, onde o contribuinte deve aceitar, aprimorar e pagar a conta. Fonte: Informe Skill nº 077 (www.gruposkill.com.br)
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VI ENAT (Encontro Nacional de Administradores Tributários)

O ENAT é um evento da Receita Federal que acontece uma vez ao ano, cada ano num estado diferente. O estado escolhido apoia o evento por intermédio da Secretaria da Fazenda. Esse ano será no Rio de Janeiro, nos dias 17, 18 e 19 de maio no Rio Othon Palace.

Objetivo do evento

Discutir e aprovar protocolos no intuito de melhorar a arrecadação de impostos e a eficácia da fiscalização.


Programação prevista

SPED, Simples Nacional, Cadastro Sincronizado, Siscomex, ITR, Educação Fiscal e Nota Fiscal Eletrônica de Mercadorias e de Serviços. Confira a agenda logo abaixo:


Dia 17 de maio de 2010 (manhã)

8h30
Recepção / distribuição de pastas e crachás.
9h15
Abertura Técnica
Modernização tributária, responsabilidade fiscal e as novas relações fisco-contribuinte

Palestrante: Luiz A. Villela - Banco Interamericano de Desenvolvimento - BID
Liderança em tempos de governança
Palestrante: Caio Marini - Diretor do Instituto Publix

Dia 17 de maio de 2010 (tarde)

SALA 1 - Coordenadora: Zayda Bastos Manatta - RFB/Superintendente da 5a. RF
14h00

Sistema Público de Escrituração Digital - SPED
Supervisor do tema: Carlos Sussumu Oda - RFB/Cofis - Supervisor geral do SPED
Atualizações sobre o Sped Fiscal
Clícia Boechat - Sefaz/RJ
Luciana Loureiro - Sefaz/RJ
Luis Tutomu Kubota Ando - RFB/Cofis
Escrituração Contábil Digital - ECD
Marcio Felicori Tonelli - RFB/6a. RF
Josenildo Soares - RFB/4a. RF
Integração de Sistemas (DW e Receitanet BX)
Willians Gonçalves Nogueira - RFB/8a. RF
Eliminação de Obrigações Acessórias
Marcio de Lacerda Martins - RFB/6a. RF

18h30
Término dos trabalhos do dia
SALA 2 - Coordenador: Luiz Bernardi - RFB/Superintendente da 9a. RF
14h00

Sistema e-Processo
João Paulo Ramos Fachada Martins da Silva - RFB/Codac

16h30 Microempreendedor Individual – MEI
Supervisor do tema: Roberto Freitas Soares da Silva Filho - Gerente de Cadastros Tributários da Secretaria
Municipal de Finanças de Belo Horizonte/MG
Situação atual e perspectivas
Flávio Luiz Andrade - Prefeitura de Belo Horizonte/MG
Experiência Prática
Alexandre Cialdini - Secretário de Finanças do Município de Fortaleza/CE
18h30
Término dos trabalhos do dia
SALA 3 - Coordenador: José Guilherme Antunes de Vasconcelos - RFB/Superintendente da 8a. RF
14h00
Siscomex
Visão geral do Sistema
Cézar Vasconcellos - RFB/Coana - Chefe da divisão de despacho aduaneiro
Situação atual de cobrança do ICMS nas importações
Experiência prática de São Paulo
João Marcos Winand e Elizabeth Lattmann - Sefaz / SP
Experiência prática de Minas Gerais
Mariana Moreira Alves - Sefaz/MG
Proposta de efetivação do débito do ICMS em conta do
importador no âmbito do Siscomex

Dércio Costa Carvalho - Sefaz/RJ
18h30
Término dos trabalhos do dia

Dia 18 de maio de 2010 (manhã)

SALA 1 - Coordenadora: Zayda Bastos Manatta - RFB/Superintendente da 5a. RF
8h30
Nota Fiscal Eletrônica de Mercadorias / Serviços (relativa ao ICMS)
Supervisor de tema: Eudaldo Almeida de Jesus - Coordenador-Geral do Encat
Visão Geral
Álvaro Bahia - Sefaz/BA
Modernização da Fiscalização
Damásio Nazaré Júnior - Sefaz/MA
Conhecimento de Transporte Eletrônico - CT-e
Eugênio Silva - Sefaz/GO
Projeto Brasil ID
Geraldo Marcelo Cabral de Souza - Sefaz/RN
Vitor Marcos Almeida Machado - RFB/Coana
SALA 2 - Coordenador: Luiz Bernardi - RFB/Superintendente da 9a. RF
8h30

Regime de Tributação Simples Nacional
Situação atual e perspectivas

Silas Santiago - RFB/Suara - Secretário-Executivo do Comitê Gestor do Simples Nacional
Papel do SN na integração entre os entes federados
José Luis Castro dos Santos - Sefaz/MG
A importância do Simples Nacional para os municípios
José Luis Patta - Sefin/SP
Experiência prática do Estado do Rio Grande do Norte no monitoramento de contribuintes do Simples Nacional
Saulo Roberto da Rocha e Silva - Sefaz/RN
Francisco Hermeneluce Vasco Fernandes - Sefaz/RN

SALA 3 - Coordenador: José Guilherme Antunes de Vasconcelos - RFB/Superintendente da 8a. RF
8h30

Cadastro Sincronizado Nacional
Modelo de negócios do Cadastro Sincronizado Nacional / Redesim
Situação de implantação e perspectivas

André Felipe Câmara Salvi - RFB/Suara Coordenador-Geral de Gestão de Cadastros
Experiência prática de integração ampla Descomplicar MG
Alex Francisco de Oliveira Barbosa - Diretor de Apoio Técnico Operacional da JUCEMG
Marcelo de Souza e Silva - Diretor de Projetos de JUCEMG
Pietro Giovanni Perugino - RFB/6a. RF
João Luiz Soares - Seplan/MG

Dia 18 de maio de 2010 (tarde)

SALA 1 - Coordenadora: Zayda Bastos Manatta - RFB/Superintendente da 5a. RF
14h00
Sistema de Controle da Produção de Bebidas – SICOBE - Síntese do funcionamento
Aluísio Bandeira Mello Cunha - RFB/Cofis
SICOBE-Gerencial
Marcelo Fisch de Berredo Menezes - RFB/Cofis
Utilização SMV x SICOBE
Aluísio Bandeira Mello Cunha - RFB/Cofis
Proposta de Protocolo Enat
16h30 Aplicativos e ferramentas para auditoria e monitoramento fiscal
Vinicius Pimentel Freitas - Sefaz/RS
Marcelo Fisch de Berredo Menezes - RFB/Cofis
Sessão de Pôsteres
Fatura Eletrônica (invoice) na Exportação (estudo para transmissão entre países)
Vinicius Pimentel Freitas - Sefaz/RS
18h30
Término dos trabalhos do dia
SALA 2 - Coordenador: Luiz Bernardi - RFB/Superintendente da 9a. RF
14h00
Gestão dos projetos estaduais de modernização
Programas de financiamento aos fiscos estaduais
O papel da Comissão de Gestão Fazendária - Cogef/Confaz/MF
Integração entre os fiscos estaduais e a RFB
Cooperação e intercâmbio nacional e internacional

Pedro Luiz Cesar Gonçalves Bezerra - SEF/MG - Presidente da Comissão de Gestão
Fazendária

16h30

Programa Nacional de Educação Fiscal
Claudemir Frigo - ESAF/MF - Coordenador do Programa Nacional de Educação Fiscal
Programa no Estado do Rio de Janeiro
Valéria Ferrari - Sefaz/RJ
A Educação Fiscal como Política Tributária de Redução da Evasão Fiscal
Antonio Henrique Lindemberg Baltazar - RFB/Coaef
Proposta de Protocolo Enat

Sessão de Pôsteres
Programa Nacional de Pesquisa em Finanças Públicas - ESAF
Projeto: Imposto sobre Produtos industrializados: curva de Laffer e evasão fiscal

Nélson Paes - RFB/4a. RF
18h30
Término dos trabalhos do dia
SALA 3 - Coordenador: José Guilherme Antunes de Vasconcelos - RFB/Superintendente da 8a. RF
14h00
Novo modelo de fiscalização do ITR - Síntese do funcionamento
Dorival Padovan - Secretário-Executivo do Comitê Gestor do ITR
Experiência prática de fiscalização do ITR
Juliano Lirani - Assessor Jurídico da Secretaria Municipal de Finanças da Prefeitura de Curitiba
16h30

Nota Fiscal Eletrônica de Serviços – NFS-e (ISS) Situação atual e perspectivas
Rubens Maurício Carvalho - CARF
Eugênio Veloso - Gerente de Tributos Mobiliários da Prefeitura de Belo Horizonte /
MG

Sessão de Pôsteres
Programa Nacional de Pesquisa em Finanças Públicas - ESAF
Projeto: Análise e controle do risco da arrecadação federal através de macrocarteiras de
tributos

Fábio Daros Freitas - RFB/DRF Vitória/ES e Christóvão Thiago de Brito Neto - RFB/ALF Porto
Vitória
18h30
Término dos trabalhos do dia

Dia 19 de maio de 2010 (manhã)

8h30
Abertura Oficial
10h00 Síntese dos trabalhos realizados e apresentação de propostas de protocolos / convênios
11h00 Término dos trabalhos técnicos
11h30
Assinatura dos Protocolos – Secretários da RFB e Estados (sala 3)
13h30 Encerramento do VI Enat

http://www.enatrio2010.com.br/
Saiba mais…
Marina Silva propõe um novo modelo de desenvolvimento para o Brasil. O que existe de concreto nas ideias da candidata do Partido Verde para a economia do país

...

...uma política de redução de IPI para veículos, como a que foi implantada pelo presidente Lula durante o auge da crise financeira internacional, é totalmente disparatada. Seu raciocínio é que não faz sentido usar como medida anticíclica um incentivo à compra de automóveis particulares quando o caos do trânsito nas cidades brasileiras é cada vez maior. "Por que não reduzir a carga tributária que incide sobre o salário do trabalhador e deixar que ele, com mais dinheiro no bolso, decida se quer gastar com carro, educação ou saúde?", diz Giannetti. O empresário Guilherme Leal, sócio-fundador da empresa de cosméticos Natura e o provável vice de Marina, critica outro aspecto da medida. "Obama está exigindo das montadoras melhorias de eficiência energética dos carros e Lula reduziu o IPI sem exigir nada", diz.

...

O que a senhora pretende fazer em relação ao sistema tributário?

A reforma tributária, assim como a trabalhista e a política, é, infelizmente, aquele consenso oco. Todo mundo diz que é prioridade, mas ninguém faz. Creio que três parâmetros devem nortear a discussão: oferecer competitividade à produção brasileira, estimular fortemente os processos produtivos sustentáveis - e onerar práticas que estão em desacordo com a sustentabilidade ambiental e social - e restabelecer o pacto federativo sobre novas
bases. Mas vários ajustes podem ser feitos independentemente de uma grande reforma, que pode demorar muito tempo para ser aprovada no Congresso.

Que ajustes seriam esses?

Isso é algo que ainda tem de ser pensado pela minha equipe. Aliás, não temos respostas para tudo, e acho que não precisamos ter. O Brasil não precisa de um gerente, mas de um líder, um estrategista. O presidente Fernando Henrique só conseconseguiu juntar bons economistas para fazer o Plano Real porque é um estrategista, não um gerente. O Lula só teve a clarividência de levar o Plano Real em frente e avançar com políticas sociais por ser um estrategista, não um gerente.

E quanto à reforma trabalhista?

Todo mundo concorda que é preciso rever a legislação, mas ninguém se dispõe a promover a mudança. Tenho claro que as alterações necessárias devem contemplar a necessidade de dar competitividade ao produto nacional, estimular a criação de empregos e, ao mesmo tempo, assegurar ao trabalhador que os benefícios conquistados em mais de 70 anos de luta sindical sejam preservados. Em razão disso, não há como dissociar essa discussão da que deve ser travada sobre a reforma tributária. Novamente, digo que é preciso criar um espaço político que busque o consenso ou que permita formar uma opinião hegemônica sobre os novos parâmetros que nortearão os contratos entre o capital e o trabalho.

...

O que fará em relação...

...Ao sistema tributário

Não acha possível uma grande reforma no curto prazo. Disse que pretende fazer alguns ajustes, mas ainda não sabe quais:

...À Legislação trabalhista

Pretende revisá-la para estimular a criação de empregos, mas diz que é preciso assegurar os direitos conquistados pelos trabalhadores e discutir a reforma com a sociedade.

...À previdência

Não fará mudanças. Acha que é possível equacionar o déficit ao incorporar à Previdência os jovens que estão no mercado informal de trabalho.

...


Por Ana Luiza Herzog | 11.05.2010 | 17h28

Saiba mais…
Informar enganosamente é ato que além de ferir a Ética é passível de enquadramento penal.

No presente momento, em relação à área contábil, estamos a viver um momento peculiar e notícias contraditórias criam um ambiente de insegurança, segundo estou podendo constatar pela volumosa informação que recebo.

Pelo mundo afora diversos relatos oficiais (como importante que acaba de ser produzido nos Estados Unidos) acusam duramente a falsidade de registros contábeis homologados por auditores transnacionais, inclusive
amparados por “normas”.

A dura crise que assola muitos países teve o respaldo de balanços falsos (não fossem dessa natureza e não teriam enganado tanta gente segundo denuncia relatório oficial entregue ao governo norte americano) amparados por “normas” incompetentes para proteger os interesses sociais e econômicos de populações inteiras.

Tão questionável é o que está a ocorrer que em marchas e contra marchas o IASB que se apresenta como
absoluto no assunto (embora não o seja) faz e desfaz regulamentações, como a que acabou de realizar em 11 de maio corrente em retificações ao “Valor Justo”.

Como se não bastassem os males referidos no momento procuram impor às empresas de menor dimensão o modelo denominado como “internacional”, esse que é alvo de tantas duras críticas.

Carece, todavia, de respaldo legal a obrigatoriedade de implantar nas pequenas e médias empresas os padrões denominados “Internacionais de Contabilidade”.

Não existe, igualmente, obrigatoriedade legal de implantação desse padrão sequer nas sociedades anônimas que não estejam com ações no mercado de capitais e que não possuam grande dimensão.

Tudo o que se tem veiculado sobre tal obrigatoriedade é informação enganosa posto que só a lei obrigue e tal lei não existe.

O padrão adotado por algumas entidades oficiais não tem qualquer força de lei.

Ademais, as sociedades menores, geralmente limitadas, não possuem obrigação de exibir suas escritas para serem fiscalizadas, a não ser pelos agentes fazendários ou por ordem judicial.

Portanto, ninguém pode fiscalizar (a não ser ao arrepio da lei) quem implanta as referidas normas e
muito menos qualquer entidade pública possui poder para punir as empresas que não implantarem as referidas (não há nenhum dispositivo de lei que isso imponha às empresas de pequena e média dimensão).

Alegar que as tais normas são vantajosas para as empresas é outra questão a ponderar, pois, as referidas
comprometem a realidade, além de abrirem portas a um subjetivismo que é absolutamente contrário ao interesse de uma gestão racional.

Acabei de produzir em livro o que isso bem esclarece: um já editado e lançado esta semana pela Juruá - NORMAS INTERNACIONAIS e FRAUDES EM CONTABILIDADE e outro que está no prelo: ANÁLISE CONTÁBIL GERENCIAL.

As duras críticas que mundialmente são feitas ao padrão do IASB, hoje em voga no Brasil sob forte pressão de interesses diversos de grupos, são egressas de autoridades de tal qualidade intelectual que não deixam dúvidas sobre os muitos defeitos das referidas normas.

As normas referidas, além de contrariarem a lei, implantarem burocracia inútil, possuírem vernáculo de
deficiente, serem contraditórias e plenas de erros em matéria científica, geram custos maiores e inúteis para as pequenas e médias empresas.

Sérios problemas poderão ter os que desobedecendo ao estabelecido no Código Civil Brasileiro (não revogado) adotarem as normas do IASB (entidade privada estrangeira).

A leitura do livro que acabo de editar e ao qual me referi fornece amplos argumentos ao profissional para que evite os aborrecimentos que poderá vir a ter em razão de aplicar os aludidos procedimentos nas empresas de
pequena e média dimensão.

Às milhares de consultas que me são feitas, cumprindo minha responsabilidade ética profissional, respondo simplesmente aos colegas e universitários que “cumpram a lei”, no caso o Código Civil Brasileiro que regula a questão das escritas contábeis das sociedades de menor dimensão.

As notícias que têm sido difundidas quase sempre pelos mesmos veículos, sobre a implantação das normas nas pequenas e médias empresas, insinuando seja obrigatória a adoção, não citam leis para dar-lhes
credibilidade.

Nem poderiam citar, sob pena de falsidade informativa, pois, não há uma só lei que imponha tal coisa, mas, há lei que regula, sim, o que deve ser adotado, ou seja, o Código Civil Brasileiro, esse que não segue as
denominadas normas internacionais de Contabilidade. (texto revisado pelo autor em 16.05.2010)

Antônio Lopes de Sá

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Esse tal de IFRS!

Acreditem ou não a globalização chegou até os modelos de contabilização!


IFRS! Este é o novo modelo de contabilização mundial, inclusive no Brasil.


Após diversas crises mundo afora, ficou claro para a comunidade financeira que as empresas usavam algumas práticas contábeis internas e não, necessariamente, as “geralmente aceitas”, demonstrando fragilidade no sistema.

Após a crise de 1997, surgiu um movimento de convergência de contabilidade para normas únicas. E assim apareceu o IFRS.

Em 2005, o IFRS foi largamente adotado pelos países da União Européia com o objetivo de harmonizar as demonstrações financeiras publicadas pelas empresas abertas.

Esta iniciativa foi rapidamente acolhida pela comunidade financeira internacional, pois traria o benefício de um padrão para a análise das empresas, maior transparência nas demonstrações financeiras, além de possibilitar a comparabilidade das demonstrações financeiras de companhias com outras do mesmo segmento no mundo todo, facilitando a captação de crédito ou de investimentos, abrindo portas para fusões e/ou aquisições.

No Brasil, a lei 6.404, que é de 15 de dezembro de 1976, foi modificada em 2007 pela Lei 11.638 que iniciou o processo de adoção no Brasil dos princípios do IFRS (International Financial Reporting Standard). De 2008 a 2010, o Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), emitiu mais de 50 novas normas e interpretações contábeis , todas alinhadas com o IFRS.

Porém, geralmente o que tem acontecido no mercado, é que as empresas maiores, principalmente aquelas de capital aberto, já estarão plenamente adequadas aos novos padrões contábeis internacionais até 31 de dezembro de 2010, mas as micros, pequenas e médias ainda não se deram conta da importância de adotar o IFRS – talvez porque não haja a obrigação de publicar seus resultados e nem haja uma definição de como se fiscalizar essas empresas que não são obrigadas a adotar tal prática.

Mas vale ressaltar que temos um modelo contábil único no país – hoje representado pelas normas do CPC – e isso faz com que empresas, independente do porte, tenham que se adaptar às normas do IFRS.

Vejam alguns exemplos de alterações que vão causar impacto nas demonstrações financeiras de qualquer empresa:

  • Vida útil de um bem
    • De acordo com a lei antiga (6.404/76), os parâmetros de vida útil de cada tipo de bem eram dados pela taxa fiscal. A nova lei exige que a vida útil seja estipulada pela empresa de acordo com a utilização de cada bem;
  • Criação do grupo de contas de Ativo Intangível
    • Trata-se de se contabilizar bens incorpóreos, tais como marcas, patentes, direitos de concessão, direitos de exploração, direitos de franquia, gastos com desenvolvimento de novos produtos e “goodwill” quando da aquisição de negócios (business combination);
  • Substituição da demonstração das origens e aplicações de recursos (DOAR), pela demonstração do fluxo de caixa (DFC).
  • Se, anteriormente, o fluxo de caixa já era importante para a análise do negócio, agora é obrigatória! A demonstração do fluxo de caixa (DFC) deve contemplar as alterações do caixa e dos recursos. A Demonstração dos Fluxos de Caixa poderá ser elaborada utilizando-se o Método Direto ou o Método Indireto. Entretanto, existe uma preferência pelo método indireto. O Método Indireto é aquele onde se parte do lucro líquido do período e o mesmo é ajustado até se obter o caixa das operações. Já o Método Direto, para o caixa gerado nas operações, é aquele onde as entradas e saídas referentes às operações aparecem pelos seus valores totais realizados, ou seja, mostra a efetiva movimentação de dinheiro.
  • Demonstração de Valor Adicionado (DVA)
    • Esta demonstração é uma particularidade do modelo brasileiro e representa um dos componentes do Balanço Social da empresa. Tem como objetivo principal, fornecer informações relativas à geração e distribuição da riqueza da companhia, ou seja, detalha-se a distribuição total da receita em grupos: pessoal e encargos; impostos, taxas e contribuições; juros e aluguéis; juros sobre o capital próprio e dividendos; lucros retidos/prejuízos do exercício. A DVA, por estar fundamentada em princípios macroeconômicos, demonstra a parcela de contribuição que a empresa tem na formação do Produto Interno Bruto (PIB) do país. Assim, investidores poderão avaliar as atividades da companhia dentro da sociedade.
  • CPC PME – Contabilidade para Pequenas e Médias Empresas
    • Em dezembro de 2009, o CPC emitiu um procedimento específico para as pequenas e médias empresas que, apesar de não serem obrigadas a apresentar prestação de contas publicamente, devem fazer suas demonstrações contábeis para os proprietários e/ou administradores, para as autoridades fiscais e governamentais e, finalmente, para os credores. Como muitas dessas companhias, futuramente, poderão estar obrigadas à prestação pública de contas, este alinhamento com as normas do IFRS se faz necessário por trazer benefício para a análise de investidores, e também para o processo de transição de média para grande empresa.

Portanto, fiquem de olho!

A micro, pequena ou média empresa de hoje é a grande empresa de amanhã, e o principal objetivo das demonstrações financeiras em IFRS é dar informações sobre a posição financeira, os resultados e as mudanças na posição financeira de uma determinada empresa, que seja útil ao maior número de usuários – investidores, empregados, fornecedores, clientes, instituições financeiras ou governamentais, agencias de notação, público, etc. – para a tomada de decisão para seus investimentos.


Maristela Ishikawa

Consultora em Controladoria e Planejamento Financeiro para PME’s


by Gestão Feminina

http://www.linkedin.com/news?viewArticle=&articleID=127574787&gid=1088807&articleURL=http%3A%2F%2Fgestaofeminina%2Ewordpress%2Ecom%2F2010%2F05%2F06%2Fesse-tal-de-ifrs%2F%23more-1528&urlhash=cwYJ&trk=news_discuss

Saiba mais…
Acaba de ser disponibilizada pela Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo a versão de testes do Programa Emissor Gratuito do Conhecimento de Transporte de Cargas Eletrônico - CT-e.

O download pode ser obtido a partir de navegação na página www.fazenda.sp.gov.br/cte => Emissor de CT-e Versão de testes “clique aqui para continuar” ou diretamente na página http://www.emissorctehom.fazenda.sp.gov.br/download.html.

Tal como ocorreu com a Nota Fiscal Eletrônica, também para o CT-e a Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo, cumpriu com seu compromisso e dentro do espírito de cooperação fiscal existente no âmbito do SPED,
disponibiliza um programa emissor gratuito do CT-e que poderá ser utilizado por
empresas transportadoras em todas as Unidades Federadas do país.
Saiba mais…

A Secretaria da Fazenda do Estado do Piauí prorrogou para 31.05.2010 o prazo para utilização da Nota Fiscal Eletrônica para os contribuintes do ICMS que estavam
obrigados ao cumprimento da referida exigência desde
1º.04.2010.


Fonte: Editorial IOB (www.iob.com.br)



* Este texto é a reprodução do original publicado no Diário Oficial, sem atualizações posteriores.

Portaria GSF nº 121, de 30.04.2010 - DOE PI de 05.05.2010

Prorroga o prazo para utilização da Nota Fiscal Eletrônica - NF-e, na forma que indica.

O Secretário da Fazenda do Estado do Piauí, no uso de suas atribuições legais, considerando o disposto no § 4º do art. 376 e no
art. 376-A do Decreto nº 13.500, de 23 de dezembro de
2008,

Resolve:

Art. 1º Fica prorrogado para 31 de maio de 2010, o prazo para utilização da Nota Fiscal Eletrônica - NF-e, de que trata a Subseção V da Seção VII do Capítulo III do
Título II do Livro II do Decreto nº 13.500, de 2008, relativamente aos
contribuintes cuja obrigação teve início em 1º de abril de 2010, conforme art.
376-A e Anexo CCLXXIX do
referido decreto.

§ 1º A prorrogação de que trata o caput assegura aos documentos fiscais emitidos nas operações internas até 31 de maio de 2010, todos os efeitos
legais previstos na legislação tributária.

§ 2º Não será aplicada penalidade ao contribuinte que realizar operações internas ou interestaduais acobertadas por documentos fiscais emitidos com observância
dos termos desta portaria.

Art. 2º A prorrogação prevista nesta Portaria não autoriza a restituição ou compensação de
importâncias já pagas a título de imposto ou penalidade aplicada em função da
não utilização da Nota Fiscal Eletrônica - NF-e.

Art. 3º Esta Portaria entra em vigor na data de sua assinatura.

Publique-se.

Cumpra-se.

GABINETE DO SECRETÁRIO DA FAZENDA-GSF, em Teresina (PI), 30 de abril de 2010.

ANTÔNIO SILVANO ALENCAR DE ALMEIDA

Secretário da Fazenda

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