DCI - 26/03/2012 - Prosoft no Caderno SPED

Sistema provoca apagão

Os escritórios de contabilidade tem investido na formação e capacitação de seus colaboradores. O mesmo vem ocorrendo com as software houses.

O Sistema Público de Escrituração Digital trouxe muutos desafios, como também oportunidades, ao profissionais e empresas contábeis. A antecipação e adaptação ao SPED tornaram-se vantagem competitiva em relação às demais empresas, gerando um importante diferencial no mundo corporativo e diminuindo a concorrência desleal.

Ainda que a implantação dos projetos do SPED venha sendo realizada gradualmente desde 2007 e até que se conteste - com razão - os prazos e o volume entre as empresas obrigadas a apresentar tais informações, é certo que o setor contábil está muito apreensivo com o caminho a se percorrer para capacitar seus colaboradores.

De certo, não é fácil conciliar dados atuais com os antigos. A fim de assegurar a qualidade das informações enviadas ao FISCO, é necessário que as empresas realizem mudanças significativas em sua cultura, estrutura organizacional, processos, capacitação de seu corpo de colaboradores e investimento em tecnologia da informação. Ressalta-se que os escritórios de contabilidade estão, desde o início, investindo na formação e capacitação de seus profissionais, uns mais outros menos. O mesmo vem ocorrendo com software houses, que estão se adaptando, até mais velozmente, na criação de soluções para a nova sistemática.

"A complexidade do SPED evidencia o remanejamento de receitas até mesmo a majoração de preços de produtos e serviços, com o objetivo de minimizar o impacto dos investimentos. Quem disser o contrário, está totalmente fora da realidade" afirma Carlos Meni (foto), presidente da Prosoft Tecnologia, empresa paulista que provê soluções completas de gestão empresarial baseadas em recursos de TI, processos e tratamento da legislação fiscal, trabalhista e tributária.

O executivo chama a atenção para a reconhecida escassez de profissionais qualificados para atender à demnda gerada pelo SPED, que só aumenta com o passar dos anos. O Sistema Público de Escrituração Digital, por exemplo, requer mão de obra especializada, em virtude dos projetos como a Nota Fiscal eletrônica (NF-e) e a mais recente EFD-Contribuições.

De acordo com Carlos Meni, as empresas não tem tempo hábil para capacitar seus profissionais estão driblando essa dificuldade caçando essa mão de obra do mercado. "Atrair gente preparada para cumprir as obrigações trazidas pelo SPED tem custado muito caro para as empresas. Como nem todas tem recursos para tal, acabam tendo de se adaptar à força", ressalta.

Para se ter ideia do tamanho do problema, basta lembrar que em maio de 2011 o Conselho Federal de Contabilidade (CFC) divulgou o resultado da primeira edição daquele ano do Exame de Suficiência para bacharéis e técnicos de contabilidade. O exame, que continha questões de contabilidade geral, custos, gerencial, setor público e controladoria, além de outras áreas correlacionadas, não foi considerado difícil por especialistas. Apesar disso, o índice de aprovação foi de apenas 30,83% para bacharel em Ciências Contábeis e 24,93% para técnico em Contabilidade, considerado insatisfatório para as necessidades do mercado.

"Os números do CFC revelam a baixa qualidade da formação dos estudantes de contabilidade. O mercado precisa de mais profissionais com habilidades específicas, mas as intituições de ensino não conseguem formá-los com a mesma velocidade requerido pelas empresas", afirma i empresário Carlos Meni, presidente da Prosoft Tecnologia, que hoje atende cerca de 30mil clientes e tem 53 franquias em todo o Brasil.

Congresso sobre o tema

O tema é tão importantee urgente que, em iniciativa inédita, a Prosoft Tecnologia e a FISCOsoft promoverão, nos dias 21 e 22 de maio, em São Paulo, o Congresso "O Impacto do SPED na Empresa Contábil", que debaterá com especialistas alternativas para enfrentar os desafios trazidos pela sistemática.

Meni acredita que ainda é possível reverter esse apagão de mão de obra, mas são necessárias medidas urgentes e eficazes, entre as quais, elevar o volume de investimentos em projetos de educação à distância (EaD); aumentar a fiscalização do Ministério da Educação em relação ao ensino das Ciências Contábeis; e as faculdades necessitam urgentemente rever seus métodos de ensino e a qualidade de seus corpos docentes.

"Já as empresas, por sua vez, precisam treinar e reciclar milhares de profissionais de suas equipes e clientes, a fim de multiplicar rapidamente o conhecimento, sempre aliando teoria à prática, afinal, o SPED é uma tecnologia benéfica, e como qualquer novidade enfrenta alguma resistência, pois sua complexidade deve demorar um pouco para descomplicar a intricada selva tributária nacional", argumentava o executivo. "ainda que traga dificuldades, o SPED pode ser trazido como um gerador de oportunidades para empresas brasileiras". Só assim as empresas ficarão livres de problemas, futuras fiscalizações e, consequentemente, as pesadas multas, afinal, os atuais sistemas de fiscalização do governo brasileiro são verdadeiros "fiscais eletrônicos" que não deixam passar batido nenhum detalhe.

http://www.prosoft.com.br/noticias/noticias-prosoft/102-noticias-sa...

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Comentários

José Adriano Pinto 1 de Abril de 2012 as 6:04pm

DCI - 26/03/2012 - Prosoft no Caderno SPED

Sistema provoca apagão

Os escritórios de contabilidade tem investido na formação e capacitação de seus colaboradores. O mesmo vem ocorrendo com as software houses.

O Sistema Público de Escrituração Digital trouxe muutos desafios, como também oportunidades, ao profissionais e empresas contábeis. A antecipação e adaptação ao SPED tornaram-se vantagem competitiva em relação às demais empresas, gerando um importante diferencial no mundo corporativo e diminuindo a concorrência desleal.

Ainda que a implantação dos projetos do SPED venha sendo realizada gradualmente desde 2007 e até que se conteste - com razão - os prazos e o volume entre as empresas obrigadas a apresentar tais informações, é certo que o setor contábil está muito apreensivo com o caminho a se percorrer para capacitar seus colaboradores.

De certo, não é fácil conciliar dados atuais com os antigos. A fim de assegurar a qualidade das informações enviadas ao FISCO, é necessário que as empresas realizem mudanças significativas em sua cultura, estrutura organizacional, processos, capacitação de seu corpo de colaboradores e investimento em tecnologia da informação. Ressalta-se que os escritórios de contabilidade estão, desde o início, investindo na formação e capacitação de seus profissionais, uns mais outros menos. O mesmo vem ocorrendo com software houses, que estão se adaptando, até mais velozmente, na criação de soluções para a nova sistemática.

"A complexidade do SPED evidencia o remanejamento de receitas até mesmo a majoração de preços de produtos e serviços, com o objetivo de minimizar o impacto dos investimentos. Quem disser o contrário, está totalmente fora da realidade" afirma Carlos Meni (foto), presidente da Prosoft Tecnologia, empresa paulista que provê soluções completas de gestão empresarial baseadas em recursos de TI, processos e tratamento da legislação fiscal, trabalhista e tributária.

O executivo chama a atenção para a reconhecida escassez de profissionais qualificados para atender à demnda gerada pelo SPED, que só aumenta com o passar dos anos. O Sistema Público de Escrituração Digital, por exemplo, requer mão de obra especializada, em virtude dos projetos como a Nota Fiscal eletrônica (NF-e) e a mais recente EFD-Contribuições.

De acordo com Carlos Meni, as empresas não tem tempo hábil para capacitar seus profissionais estão driblando essa dificuldade caçando essa mão de obra do mercado. "Atrair gente preparada para cumprir as obrigações trazidas pelo SPED tem custado muito caro para as empresas. Como nem todas tem recursos para tal, acabam tendo de se adaptar à força", ressalta.

Para se ter ideia do tamanho do problema, basta lembrar que em maio de 2011 o Conselho Federal de Contabilidade (CFC) divulgou o resultado da primeira edição daquele ano do Exame de Suficiência para bacharéis e técnicos de contabilidade. O exame, que continha questões de contabilidade geral, custos, gerencial, setor público e controladoria, além de outras áreas correlacionadas, não foi considerado difícil por especialistas. Apesar disso, o índice de aprovação foi de apenas 30,83% para bacharel em Ciências Contábeis e 24,93% para técnico em Contabilidade, considerado insatisfatório para as necessidades do mercado.

"Os números do CFC revelam a baixa qualidade da formação dos estudantes de contabilidade. O mercado precisa de mais profissionais com habilidades específicas, mas as intituições de ensino não conseguem formá-los com a mesma velocidade requerido pelas empresas", afirma i empresário Carlos Meni, presidente da Prosoft Tecnologia, que hoje atende cerca de 30mil clientes e tem 53 franquias em todo o Brasil.

Congresso sobre o tema

O tema é tão importantee urgente que, em iniciativa inédita, a Prosoft Tecnologia e a FISCOsoft promoverão, nos dias 21 e 22 de maio, em São Paulo, o Congresso "O Impacto do SPED na Empresa Contábil", que debaterá com especialistas alternativas para enfrentar os desafios trazidos pela sistemática.

Meni acredita que ainda é possível reverter esse apagão de mão de obra, mas são necessárias medidas urgentes e eficazes, entre as quais, elevar o volume de investimentos em projetos de educação à distância (EaD); aumentar a fiscalização do Ministério da Educação em relação ao ensino das Ciências Contábeis; e as faculdades necessitam urgentemente rever seus métodos de ensino e a qualidade de seus corpos docentes.

"Já as empresas, por sua vez, precisam treinar e reciclar milhares de profissionais de suas equipes e clientes, a fim de multiplicar rapidamente o conhecimento, sempre aliando teoria à prática, afinal, o SPED é uma tecnologia benéfica, e como qualquer novidade enfrenta alguma resistência, pois sua complexidade deve demorar um pouco para descomplicar a intricada selva tributária nacional", argumentava o executivo. "ainda que traga dificuldades, o SPED pode ser trazido como um gerador de oportunidades para empresas brasileiras". Só assim as empresas ficarão livres de problemas, futuras fiscalizações e, consequentemente, as pesadas multas, afinal, os atuais sistemas de fiscalização do governo brasileiro são verdadeiros "fiscais eletrônicos" que não deixam passar batido nenhum detalhe.

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