Relembre o caso Daslu

No dia 27 de março de 2009, uma sexta-feira, a empresária Eliana Tranchesi, dona da multimarcas de luxo Daslu, deixou a Penitenciária Feminina do Carandiru, na Zona Norte de São Paulo, beneficiada por habeas corpus concedido pelo desembargador Luiz Stefanini, do Tribunal Regional Federal (TRF). Eliane estava presa desde a quinta-feira anterior, após ser condenada, em primeira instância, a 94 anos e seis meses de prisão pelos crimes de descaminho (importação de produtos legais sem pagamento de tributos), formação de quadrilha e falsidade ideológica.

A dona da Daslu ficou presa por pouco mais de 36 horas este ano. Em julho de 2005, quando foi deflagrada a Operação Narciso, da Polícia Federal, que originou toda a ação contra a Daslu, Eliana ficara presa por 12 horas.

A advogada Joyce Roysen pediu logo depois que Eliana foi solta o embargo da sentença, instrumento pelo qual se discutem apenas os aspectos técnicos da sentença, e não o mérito. Além de Eliana, a juíza Maria Isabel do Prado, da 2ª Vara Federal de Guarulhos, condenou o irmão da empresária, Antonio Carlos Piva de Albuquerque, e mais seis empresários, todos ligados a firmas de importação.

O habeas corpus que libertou Eliana também beneficiou os importadores Rodrigo Nardy Figueiredo, Roberto Fakhouri Junior, que não chegaram a ser presos, e Celso de Lima. Lima, dono da importadora Multimport, foi condenado a 53 anos e também estava detido. Piva de Albuquerque e mais dois condenados na mesma ação, que estavam foragidos, tiveram suas prisões revogadas por outro habeas corpus impetrado no Superior Tribunal de Justiça (STJ), em Brasília. Lima e o irmão de Eliana estavam presos no Centro de Detenção Provisória (CDP), em Pinheiros.

Joyce Roysen classificou o habeas corpus concedido a sua cliente como "uma decisão técnica e justa". Segundo ela, o desembargador Stefanini não considerou o estado de saúde de Eliana, que fazia tratamento contra um câncer pulmonar com metástase na coluna, mas a inconstitucionalidade da prisão.

Em julho de 2010, a Daslu entrou com pedido de recuperação judicial. Em nota, a empresa dizia que o objetivo era "criar condições para que a Daslu, de uma forma pública e transparente, possa se capitalizar".

Nos seus tempos áureos, a loja paulistana era frequentada por políticos e celebridades e reunia quase 300 marcas, incluindo a italiana Prada e a francesa Chanel.



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