setembro 2, 2009 Para Carlos Alberto Victorino, diretor de Tecnologia e Negócios da FENACON (Federação Nacional de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas), o SPED trará um ambiente de negócios muito mais saudável, mas poderia haver um incentivo fiscal para as empresas agilizarem a adequação de suas estruturas. Confira a seguir a entrevista completa que ele concedeu ao CertiNews. CertiNews – Como você avalia os impactos da chegada do SPED no seu setor? Carlos Alberto – Na verdade, o processo ainda está acontecendo, até porque está dividido em três partes: SPED Fiscal, Contábil e Nota Fiscal Eletrônica (NF-e). Para ser mais preciso, o Contábil está tendo adesão mais rápida pela exigência das empresas com lucro real, presumido ou pelo Simples; a NF-e está entrando por segmento; e o Fiscal por determinação do Estado. A partir de outubro, mais 62 novos segmentos serão obrigados, automaticamente, a se organizarem para aderir ao projeto. Em Santa Catarina, a partir de 2010 todas as empresas com lucro real terão que enviar a parte de escrituração fiscal de maneira eletrônica. É fato que quem aderir ao SPED não poderá mais voltar atrás, mas para que isso aconteça efetivamete é preciso estruturar o sistema para a emissão da NF-e. É preciso se organizar. Escrituração fiscal digital já tem algumas obrigações e, a partir de janeiro de 2010, cada estado definirá quem entra e quem não entra. Temos feito seminários “in door” nas empresas para explicar e tirar as dúvidas, alertamos sobre a obrigatoriedade e ressaltamos que, caso não se adequem a esse novo perfil, a multa pode chegar a até R$ 5 mil. A partir desse ano, todas as empresas com lucro real terão que entregar a contabilidade digital pelo formato SPED. Mas o que percebo é que muitos ainda não acordaram para isso tudo, e ainda acham que vai se resolver por si só. CertiNews – Quais são os principais benefícios desse projeto? Carlos Alberto – Primeiro, a integração total do cliente com as informação contábeis e fiscais e a padronização de tudo, do layout ao compartilhamento de dados. Há também a agilidade nos processos, uma vez que agora a nota tem que ser gerada na origem. O Fisco, por sua vez, também pretende com isso modernizar e agilizar processos, eliminar informações acessórias, trazer agilidade e melhoria à concorrência entre as empresas. Teremos um ambiente de negócios muito mais saudável. CertiNews – Quais os principais empecilhos que esse setor tem enfrentado para alavancar de vez a implantação? Carlos Alberto – A principal dificuldade é o fator investimento do cliente. Ou seja, o tempo, dinheiro, estrutura que ele vai ter que disponibilizar. Para ter uma maior adesão, acredito que deveria existir um benefício fiscal às empresas para se adequarem o mais rápido possível. Afinal, ou ela faz ou fica praticamente impedida de operar. Digo isso para os setores que terão a obrigatoriedade. CertiNews – E, para finalizarmos, quais os movimentos e principais mudanças que tem ocorrido tanto para que haja uma maior facilidade na aceitação quanto para adequação das empresas ao projeto? Carlos Alberto – O SPED vai fazer com que as empresas contábeis também se organizem. Como disse, a partir de janeiro de 2010 já estaremos com todos os sistemas novos, preparados para atender os clientes. Nas palestras, faço três caixas, uma é o cliente, a outra o SPED e a terceira, a da empresa contábil. Explico que a última deve estar com tudo pronto para o SPED e o cliente precisa se adequar para entregar as informações de acordo ao contador. Para isso, é preciso buscar sistemas que tenham suporte porque, caso contrário, estará fora desse mercado. Com tecnologia, é possível trabalhar sempre com antecedência e não deixar para a última hora. fonte: http://www.certisign.com.br/certinews/sped-os-pontos-determinantes-os-principais-empecilhos-e-o-andamento-do-processo-sob-o-ponto-de-vista-de-especialistas/por-um-ambiente-de-negocios-mais-saudavel http://www.robertodiasduarte.com.br/
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