Vincent Baron No início de setembro, começou a valer o calendário definido pelo governo para implementação do Sistema Público de Escrituração Fiscal (SPED). Até o final de 2010, todas as empresas, independente do porte ou do segmento, precisão prestar contas à Receita Federal de forma digital. Ou seja, todos os procedimentos hoje realizados em papel, desde notas fiscais até livro caixa, serão realizados de forma eletrônica. A migração para a escrituração fiscal eletrônica começou de forma lenta, mas ainda é um desafio para muitas empresas. Nos últimos meses, de acordo com o calendário de migração, muitas companhias já tiveram de iniciar as mudanças na forma de envio das informações ao Fisco. Porém, muito mais do que ajustes contábeis ou recursos destinados à tecnologia, o SPED representa uma mudança estrutural e, consequentemente, exige maior profissionalização de pequenas e médias empresas. Em muitos casos, as mudanças poderão gerar, inclusive, necessidades de adaptação e reestruturação na forma de gestão da companhia. O maior problema pode estar relacionado à complexidade do nosso sistema tributário e à falta de conhecimento. Pequenos e médios empresários, ao adotarem a NF-e, podem se deparar, inclusive, com a queda de rentabilidade. Além da facilidade e agilidade de gestão, o problema da sonegação é um dos principais motivadores da implementação do registro eletrônico. No entanto, para muitos pequenos e médios empresários, dúvidas comuns e simples referentes ao registro de vendas e processos acabam gerando erros tributários que são eliminados com a NF-e. Neste contexto, há a possibilidade de queda imediata na rentabilidade pelo simples fato de adoção da NF-e. Além disso, apesar da facilidade e da agilidade no registro, para atender a todas as exigências do SPED, muitas vezes, é preciso investimentos em tecnologia, como softwares e até mesmo capacitação de funcionários. Todo este cenário, inicialmente, pode ser analisado como negativo para pequenos e médios empresários, uma vez que aumentam os gastos e reduzem a rentabilidade. No entanto, é preciso analisá-lo como oportuno. Trata-se de um momento delicado que pode favorecer a avaliação do negócio e da forma de gestão da empresa. Os gestores podem, e devem, aproveitar todas as mudanças para fazerem uma grande análise do seu negócio. É preciso identificar oportunidades para melhorar processos, aumentar a produtividade e a rentabilidade. Transições críticas exigem avaliação, planejamento e controle de gestão. Independente do porte ou do segmento da empresa, se há queda de receita, é preciso avaliar todo o posicionamento e identificar oportunidades de melhorar produtividade ou, até mesmo, novos nichos que podem ser explorados. Planejamento estratégico e profissionalização de gestão não são ferramentas utilizadas apenas para grandes empresas. Tratam-se de ferramentas necessárias para avaliar posicionamento, traçar objetivos e definir como alcançá-los. Com eles, a perda de rentabilidade devido ao maior controle da Receita é compensada por ganhos gerados pela maior eficiência da gestão. E quem sai na frente com gestão melhor se beneficia em relação aos demais, tendo até oportunidade de consolidar o setor no futuro. E, apenas seguindo estes passos, pequenos e médios empresários conseguem tornar suas empresas mais profissionais e crescer de forma estruturada. O SPED pode ser o impulsionador desta mudança. É preciso aproveitar a oportunidade e planejar as mudanças necessárias para manter rentabilidade e crescimento em alta. Fonte: - Administradores.com.br http://www.nfedobrasil.com.br/BlogNfe/index.php/2009/12/03/o-sped-e-a-profissionalizacao-de-pequenas-e-medias-empresas/?utm_campaign=twt&utm_medium=twitter&utm_source=twitter
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