Ninguém quer gastar com eSocial

As empresas contábeis e departamentos de contabilidade não estão dispostos a gastar muito com a implementação do eSocial, subprojeto do Sistema Público de Escrituração Digital (SPED), focado em informações de Recursos Humanos.

Segundo levantamento da Wolters Kluwer Prosoft com 1.310 escritórios de contabilidade e 106 departamentos contábeis-financeiros, 45% admitiram não ter planos de promover investimentos adicionais.

Outro grande grupo (46%) pretendem desembolsar até R$ 10 mil e só 7% preveem alocar entre R$ 10 mil e R$ 50 mil para se adaptar ao eSocial.

O investimento em tecnologia da informação também faz parte dos planos de apenas 8% dos participantes da pesquisa. A ideia dessa parcela é direcionar verbas para a aquisição de banda larga, computadores e servidores mais potentes, redes, back-up e softwares. 

Atualmente, relata o estudo, quase um terço (30%) dos entrevistados disse contar com uma a quatro máquinas no escritório, enquanto 19% já possuem acima de 15 computadores.

Os baixos orçamentos podem ser produto do desconhecimento sobre a complexidade da nova regulação, que prevê a total integração do envio das informações trabalhistas e previdenciárias ao governo federal.

Embora a vigência do eSocial tenha começado no último dia 1º de janeiro, 39% das empresas contábeis brasileiras  sequer começaram a desenvolver estudos e estratégias de adaptação. 

Outros  36% dos entrevistados ainda não promoveram qualquer mudança de rumo.

Segundo o levantamento, 45% admitiram já investir na capacitação de seus colaboradores por meio de cursos e treinamentos. 

Entre os 10% que decidiram contratar mais mão de obra para dar conta do aumento da demanda, um quinto (20%) disse que pretende incrementar seus quadros com algo entre um e três novos funcionários.

Mesmo assim, a metade dos entrevistados, ou 50%, ressaltou que não vê necessidade de contratar mais profissionais. 

Outros 29% também informaram que não elevarão o número de colaboradores, pois realocarão recursos internos. 

Atualmente, 35% deste montante total têm entre um e cinco colaboradores, enquanto 24% se encaixam na faixa entre seis e dez funcionários.

A Wolters Kluwer Prosoft é resultado da aquisição realizada em maio de 2013, quando a holandesa Wolters Kluwer comprou as operações da Prosoft Tecnologia S/A. 

Primeiro negócio realizado pela multinacional no Brasil, ela entrou no mercado nacional com uma carteira formada por mais de 30 mil clientes, cerca de 150 mil usuários e 52 franquias, cujo faturamento em 2012 ficou em R$ 66 milhões.

http://www.baguete.com.br/noticias/24/01/2014/ninguem-quer-gastar-com-esocial

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