Por Airton Kwitko

Começou no dia 1°/março a segunda fase de implantação do eSocial destinada a empresas com faturamento anual superior a R$ 78 milhões. Deverão ser enviados os denominados Eventos não-periódicos.

 

Na cronologia de implantação do eSocial Eventos de Saúde e Segurança do Trabalho (SST) irão requerer envios a partir de janeiro/2019. Entretanto, existem outros Eventos que, se não são os considerados como de SST, apresentam dados oriundos dessas áreas.  

 

São esses quatro os Eventos que contém algum dado de SST:

 

  • S-2200 – Cadastramento Inicial / Admissão / Ingresso de Trabalhador

Enviam-se dados de pessoa com deficiência (PCD) e exames toxicológicos para motoristas.

 

  • S-2206 – Alteração de contrato de trabalho

Enviam-se dados de treinamento.

 

  • S-2230 – Afastamento temporário

Enviam-se os afastamentos e entre os mesmos, aqueles originados por doenças/acidentes, sejam ou não causados pelo trabalho.

Requerem-se retificações de afastamentos, significativa para evitar inadimplência junto ao FGTS (sobre isso escrevemos um artigo que pode ser visto em www.sigoweb.com.br, em “Download de Artigos” (“eSocial Afastamento retificação”).

  

 

  • S-2299 – Desligamento.

Envia-se o grau de exposição a agentes nocivos.

 

Temos insistido que os módulos dos Sistemas de folha supostamente dirigidos para a SST não têm condições de atender as demandas da mesma.

 

Escrevemos sobre isso há bastante tempo (ver em www.sigoweb.com.br, em “Download de Artigos”):

ESOCIAL E SST - SOFTWARES DE GESTÃO AtENDERÃO A DEMANDA?

ESOCIAL E SST - SOFTWARES DE GESTÃO REALMENTE TÊM SOLUÇÕES?

 

Por ocasião da elaboração desses artigos o eSocial era apenas um projeto. Nesse momento tornou-se realidade embora a expressiva maioria dos dados de SST ainda siga sendo um projeto, se bem que agora com data para se tornar uma realidade.

 

Esses quatro Eventos e os dados requeridos das áreas de SST se constituem em relevante “ensaio de orquestra” para que se possa avaliar o grau de dificuldade que as empresas se depararam para atender as demandas requeridas.  Através dos mesmos, com dados reais e prazos bem definidos, é possível que as empresas tenham da parte dos reais usuários dos módulos de SST – médicos, engenheiros e/ou técnicos de segurança – um feedback de como foi seu trabalho.  

 

Por esse ensaio nos referimos tanto à forma como os dados estavam disponibilizados para serem obtidos – seja em algum sistema de SST, seja em planilhas ou outros meios -   como também os mesmos foram enviados a quem é o encarregado de os encaminhar ao ambiente do eSocial. E finalmente, qual a maneira como essa pessoa recebeu os dados e os preparou para envios no módulo oferecido pelo Sistemas de folha utilizado.

 

Recordo que esses dados – considerados como existentes em “eventos não-periódicos” se constituem na realidade em eventos periódicos, pois sempre haverá admissões, demissões, afastamentos e treinamentos, e com isso o trabalho se perpetuará. Por isso a estimativa desse mês é relevante para conhecer o que irá ocorrer nos próximos meses.

 

Empresas zelam pelo custo e mais exatamente, para o reduzir. Os tempos de processos de trabalho são cuidadosamente analisados pois os momentos perdidos significam custo maior. Com isso em mente, aí está um momento especial para pôr em prática a estimativa do tempo que médicos, engenheiros e/ou técnicos de segurança e pessoas ligadas ao RH dispenderão para informar dados do que segue:

 

  • Pessoa com deficiência (PCD) e exames toxicológicos para motoristas.
  • Afastamentos e entre os mesmos, aqueles originados por doenças/acidentes, sejam ou não causados pelo trabalho.
  • Grau de exposição a agentes nocivos.

 

A análise proposta poderá apresentar um cenário de tempos perdidos e consequentemente de custos elevados. Mas talvez mais do que isso, oferecer a possibilidade de que todo esse processo de se dispor de dados de SST e de como os enviar ao ambiente do eSocial seja projetado para o que se irá enfrentar em janeiro de 2019, quando os complexos Eventos de SST estiverem “atuando” na sua plenitude.

 

Em outras palavras: se nesse momento observarem-se tempos elevados (e custos idem), dificuldades que médicos, engenheiros e/ou técnicos de segurança tiverem na coleta de dados, assim como tempo excessivo despendido pelo pessoal de RH para efetuar inclusões de dados muitas vezes de forma artesanal em Sistemas de folha, há possibilidade de que ocorram alterações de processos e/ou sistemas sem muito “stress”. 

 

Há que se recordar que implantação e/ou mudança de sistemas de gestão – no caso de SST – não se fazem em minutos, nem horas e nem em poucos dias: algumas vezes requerem meses para que os mesmos possam estar funcionando de forma adequada, com todos os usuários devidamente treinados.

 

Esperar que as soluções de gestão de SST atualmente disponibilizadas se mostrem inoperantes há poucos meses das necessidades de envios, ou pior ainda, em plena vigência dos envios de SST, poderá trazer sérias dificuldades para as empresas que não tiveram o cuidado de se preparar de forma adequada. 

Fonte: 

http://blog.bluetax.com.br/profiles/blogs/eventos-de-sst-na-2a-fase-do-esocial-qual-o-tempo-custo-para-envi

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