CE-População não suporta mais peso dos tributos

Cassius Coelho: "é uma situação delicada. No entanto, não há como negar que já se paga muito imposto" 25/11/2009 O presidente eleito do CRC fala sobre a estrutura tributária brasileira e as propostas da nova administração O reajuste da tabela do IPTU acima da reposição da inflação acumulada nos últimos 12 meses, por conta da revisão da Planta Genérica de Valores Imobiliários (PGVI), poderá elevar a carga tributária paga pelo fortalezense a níveis acima do suportável pela população. É o que avalia o presidente eleito do Conselho Regional de Contabilidade (CRC-CE), Cassius Coelho. "A população e as empresas já assumem um nível insuportável de carga tributária. Não se aguenta mais aumento de impostos", avalia. Segundo ele, é fato que existe defasagem na planta de imóveis da Capital, gerando distorções nos valores venais desses bens. "Esta é uma situação delicada. Mexer no que está quieto. No entanto, não há como negar que já se paga muito imposto", argumenta Coelho. A explicação para a elevação nos tributos, afirma, remete à necessidade de os governos reforçarem o caixa para fazer frente às suas despesas. "Diferente das empresas que, quando têm problemas de caixa, procuram cortar custos, com os governos não acontece isso", fala. "Não somos contra pagar imposto. Porém, a sociedade precisa ter retorno em serviços como contrapartida do que se paga", diz. 76 tipos de tributos De acordo com o presidente eleito do CRC, atualmente existem 76 tributos em todas as esferas governamentais, o que castiga, sobretudo, o pequeno contribuinte, incluindo aí as pequenas empresas. "Diferente das grandes empresas, as pequenas são as que mais sofrem, pois não conseguem reduzir o impacto da carga tributária por não terem estrutura, planejamento tributário e orientação", explica. "Vale ressaltar ainda que quem paga imposto no Brasil é quem consome. Na cadeia produtiva há apenas o repasse dos impostos nos preços", destaca. Gestão Há menos de dois meses de assumir o mandato de dois anos à frente do CRC, Coelho aponta como carro chefe da sua administração a capacitação dos contabilistas para atuar face às mudanças na legislação fiscal e societária, assim como com o aprimoramento da máquina arrecadatória, com a introdução do Sped contábil e fiscal e da Nota Fiscal Eletrônica. "A classe dos contabilistas é a grande responsável pela implantação dessas mudanças. As empresas ainda estão alheias. Não se trata apenas de mudança fiscal. Vai envolver todas as empresas e processos e toda a cadeia produtiva estará coberta. Ninguém vai ficar de fora. Por isso se faz necessário preparar os profissionais", justifica o líder classista, não esquecendo ainda a capacitação dos profissionais que atuam no setor público. Tecnologia Para atingir o objetivo, fala, além dos treinamentos presenciais, a entidade também deverá fazer uso da tecnologia da informação como ferramenta de educação. Uma outra preocupação é em relação aos futuros profissionais que hoje estão nos bancos das faculdades de contabilidade no Ceará. Sem contar que Coelho destaca que pretende melhorar a estrutura das delegacias e representações do CRC no Estado. http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=696393
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Comentários

  • Levantamento da IOB apresenta 88 tributos, ao invés de 76.
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